08 de Novembro de 2013 - 18:29
O Corpo de Bombeiros interditou nesta sexta-feira (8) as quadras das escolas de samba Mocidade Independente do Bairro Progresso, Juventude Imperial, Vale do Paraibuna e Rivais da Primavera.
Segundo o tenente Santana, da 5ª Companhia de Prevenção e Vistoria do Corpo de Bombeiros, todas as quatro agremiações estavam com processo tramitando há mais de dois anos. "Elas sofreram uma advertência escrita e duas multas. Ainda assim, não regularizaram sua situação. Mediante essa situação de inércia chegou à interdição", explica. Segundo o tenente, as escolas precisam elaborar um projeto de prevenção contra incêndio e pânico, que deverá ser analisado, colocado em prática e depois aprovado em vistoria. "Existe maneira de elas se recuperarem. Só depende delas", comenta o bombeiro, afirmando que os trâmites são rápidos e, até o final de dezembro, tudo pode ser resolvido.
De acordo com o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, as interdições já haviam sido anunciadas pelo Corpo de Bombeiros, e agora a situação do carnaval de 2014 será discutida. "Precisamos sentar e negociar com a Liga das Escolas de Samba. Aguardo um posicionamento deles. Esse fechamento independe da Funalfa, e a Prefeitura não tem poder sobre os bombeiros", observa, pontuando que os trabalhos para que o desfile do próximo ano aconteçam já estão sendo feitos.
Menos sete agremiações
As quatro escolas fechadas nesta sexta-feira somam-se a Acadêmicos do Manoel Honório, Turunas do Riachuelo e Real Grandeza, interditadas em outubro. Dessa forma, das 13 agremiações (seis escolas do Grupo A, seis do Grupo B e uma do Grupo C) que confirmaram presença no desfile do próximo ano, sete estão impedidas de abrirem suas quadras. De acordo com o diretor de comunicação da Liga, Fernando Baldioti, a situação é complicada e merece atenção. "Estamos tentando mobilizar a sociedade para conseguirmos autorização para permitir os ensaios e o almoço", diz, afirmando que todas as agremiações já estão com seus projetos prontos e profissionais contratados. Baldioti destaca, ainda, que os CDs já foram gravados e aguardam a situação se resolver para que sejam lançados.