Completou 95 anos, no ultimo dia 19 de maio, nossa querida dona Maria das Neves de Morais Dias, genitora do nosso amigo Ten Sérgio Morais.
Nossos parabéns!
O governo aboletado no trono àquela época respirava dificuldades. Desperdiçara a bonança das commodities em maus projetos e em apoios ideológicos ultrapassados.
Simples vinte centavos agitaram multidões com colorações de todos os matizes. Gente ordeira, gente bagunceira e gente arruaceira.
A continuação, um impeachment (mais um), um governo de transição e a eleição de novo grupo político de direita supostamente antenado com os anseios da sociedade do século 21.
Consumado o transpasso da faixa - com fidalguia pelo antecessor - o governo iniciou uma hipotética batalha do bem contra o mal que ainda o faz sangrar.
A coletividade perplexa diante de brigas infantis, conchavos espúrios, novas verdades e, sobretudo, com a quebra de contrato assinado em 2018 (a tese do “novo” está se desmilinguindo) se pergunta onde errou.
Perante os desacertos no atual grupo de mando e da perspectiva de ressurgimento daqueles que provocaram tanta ansiedade por mudanças, frustradas até o momento, vale esclarecer.
Não se trata de arrependimento. Afinal, nos dispusemos a encarar as aleivosias pretéritas. A transformação estava madura.
Constatação de erro sim, ao reconhecer que precisaremos saltar outra vez no precipício da incerteza de uma escolha eleitoral, rejeitando os maus políticos que não justificaram em faina o voto confiado de suas respectivas maiorias.
Recorde-se Hanna Arendt ao afirmar que não pode haver partidos acima de todos os outros partidos. É contra essa luta odienta e irracional que se peleja.
Quando se infringe o direito de uma única pessoa, infringem-se os direitos de todas as pessoas, mesmo daquelas que se coloquem ao lado do violador.
Os direitos vêm sendo atacados. É consequência do recuo gradual nas questões morais que leva à irreverência de gestores apaixonados pelo cinismo anárquico.
Defenda-se o pensamento: “uma escolha do que se julga ‘um mal menor’ é ainda uma escolha simplesmente de um mal (Hannah Arendt).
A opção não pode se transformar em dilema. Uma escolha de Sofia. Seremos, sempre, forçados democraticamente a enfrentá-la.
Deixemos o dilema para os grupos radicalizados e autofágicos. Encontremos em nossa consciência não maniqueísta a opção aos males menores que parecem teimar em renascer das cinzas.
Paz e Bem!
Otávio Santana do Rêgo Barros
General de Divisão do Exército
Sua mansão, com vista para o lago, na área mais nobre de Brasília, fora palco de uma peregrinação política em busca de bastidores, de informações sigilosas que emparedassem os inimigos.
Os últimos eventos na capital federal e os rumores de que a canoa está furada e fazendo água alvoroçaram os locadores do poder, sempre os primeiros a pularem diante do soçobrar de remadores vaidosos (enfraquecidos e míopes quanto à efemeridade do poder).
Ela precisou encontrar sutilmente uma frase misteriosa para cada cliente e com isso manter a sua credibilidade inatacável de leitora do futuro. Sussurrava enigmática:
- Ao final da batalha no cerrado, meu filho, o mal se ajoelhará diante do bem.
- Só a viagem final desta vida mesquinha é certa, tudo mais são negócios.
Madame Natasha chegou a estudar psicologia, mas abandonou o curso ao não ver perspectiva de enriquecer sem trabalhar. Contudo, guardou o mais importante: pessoas acreditam naquilo que, diante mão, já se convenceram. A charlatã joga com as debilidades humana para se sustentar na ribalta.
Os ouvintes bebem dos seus prenúncios, ajustando-os àquilo que anseiam encontrar: um seguro caminho para não sair da bolha dos apaniguados (mesmo que trilhado pelo grupo adversário). Lealdade é coisa de fracos.
O espetáculo mórbido que a comissão parlamentar de inquérito sobre a COVID-19 vem apresentando à sociedade é um exemplo do baixo nível político e do mau-caratismo de alguns personagens do poder.
Os profanadores da verdade nem se alteraram diante do polígrafo, são profissionais da tergiversação. Declarações insolentes e desrespeitosas são protegidas por uma feição impávida que costumamos chamar de “cara de paisagem” ou “cara de pau”. Uma quase certeza paira no ar: a secular impunidade.
É um circo de péssima qualidade, no qual a politicalha ainda sobrevive em virtude da falta de arrojo da sociedade para alijá-la. Daí, seus atores se transmutam como camaleão, a cada legislatura, conforme a cor do ambiente lhes exija naquele momento.
A folha de papel sulfite afixada à frente da bancada da CPI, indicando o número 425.711 (mortos!), foi um tapa na cara da sociedade indignada. Perplexa, ainda teve que assistir, durante os intervalos das arguições, a uma briga de galo (aquilo nada mais é que uma rinha à moda antiga).
A comissão deveria ter o papel de ser o farol, de ser o verbo do princípio. Deveria apontar e marcar indelevelmente a ferro em brasa os ineptos gestores - em todos os níveis -, seus asseclas descerebrados e seus apoiadores entorpecidos.
Entretanto, não nos enganemos. Naquela rinha há poucos santos e muitos pecadores capitais. Que cobiçam, que não amam e que não respeitam.
São poucas as esperanças da comissão ter um relatório justo com absolvição aos inocentes e severa punição aos culpados. Nós nunca fomos brindados com um “The End” que nos deixasse de alma lavada em pretéritas CPIs. Os finais foram rotineiramente infelizes, decepcionantes e amorais.
Talvez devêssemos consultar Madame Natasha para que, do alto de sua sabedoria, ela nos contasse algo que não fosse mais outra empulhação ou lorota de político. Uma opção aos extremos, quem sabe?
A propósito, caro leitor, Madame Natasha é uma ficção com muito de nossa realidade.
Paz e Bem!
Otávio Santana do Rêgo Barros
General de Divisão do Exército
Como isso é possível??
Desde pequenos vimos o Tarzan andando nu.
Cinderela chegava meia noite.
Pinóquio mentia pra caramba.
Aladim era ladrão.
Batman dirigia a 320km/h.
Branca de Neve morava com 7 homens e o Popeye fumava uma ervinha muito estranha e ficava loucão!
Cascão não tomava banho.
Cebolinha falava tudo errado.
Monica baixava o pau nos meninos.
Magali era gulosa.
Mickey nunca casou com a Minnie.
Pato Donald, também não casou com a Margarida, não trabalhava e os três sobrinhos sempre faltavam as aulas.
Tio Patinhas era pão duro.
Gastão vivia da sorte.
Dick vigarista vivia de falcatruas.
Esses foram os exemplos que tivemos desde pequenos...
E depois querem que tenhamos juízo!
E ainda cantávamos Atirei o pau no gato e o lobo mau comia a vovozinha.