quinta-feira, 21 de janeiro de 2021
O PODER DA VONTADE - POR OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS
No alvorecer da terça-feira, 6 de junho de 1944, tropas aliadas desembarcavam em solo europeu, em extensa faixa de praia na região da Normandia, território francês.
Era o primeiro passo da marcha em direção à vitória na Segunda Guerra Mundial. Antes, porém, muitas vidas foram ceifadas e equipamentos destruídos nas batalhas em direção à Berlim.
No dia 25 de agosto de 1944, as tropas aliadas entravam na “cidade luz” sob os aplausos dos parisienses aliviados, mas ainda contidos, com a libertação do jugo nazifascista.
Até a vitória final, em 8 de maio de 1945, os aliados tiveram que estabelecer um corredor logístico nunca antes imaginado em operações de guerra.
Havia um esforço conjunto de diversos países, incluído o Brasil, em debelar definitivamente a maldade, a hipocrisia e a insensatez representadas por Hitler, Mussolini e outros. Resultado: a vitória inconteste dos aliados ante o inimigo atroz.
Hoje à tarde (19 Jan 2021), durante o telejornal, assisti o alívio da população de Niterói, materializado nas palmas e gritos de apoio a um comboio, conduzindo uma parcela da vacina contra a COVID-19. É possível que a cena tenha se repetido em outros lugares.
Essa alegria, tomada as devidas precauções, assemelha-se àquela parisiense quando da libertação de sua capital. A alegria da esperança!
Todas aquelas operações exigiram planejamento operacional, logístico, de inteligência, de comunicação social, de assuntos civis etc. para que pudessem lograr êxito. E mais que tudo isso, firmeza de propósito dos comandantes.
Quando os primeiros homens desembarcaram nas praias de Omaha, Juno, Sword, Utah e Gold eles tinham confiança de que seriam apoiados. Seguiram em frente. Ainda assim, somente onze meses depois, e após dezenas de milhares de vidas, os nazistas estavam derrotados.
Imaginem se as tropas que avançavam em direção à Paris não recebessem o suprimento na quantidade e adequação devida, das dotações de combustível, alimentação e munição.
Estamos diante de uma grande operação de guerra, com o inimigo invisível firmemente estabelecido no nosso dia a dia, a nos infligir baixas da ordem de mil vidas a cada jornada.
Já sabemos o único instrumento capaz de combatê-lo. O armamento mais sofisticado que a ciência cooperativa mundial desenvolveu: as vacinas certificadas.
Nós não queremos mais perdas de gente brasileira, se por acaso as vacinas esperadas com tanta ansiedade não cheguem a cada posto de saúde de nosso imenso país por planejamento ineficiente.
Estão ocorrendo atrasos preocupantes na disponibilização dos imunizantes. Para a população não interessa a razão desse problema. Só lhe interessa a vacina aplicada em seu braço. E ponto final! As escusas que já não se sustentam.
Autoridades, façam-nas chegar!
A solidariedade do povo brasileiro se encarregará de promover o sucesso dessa marcha para a vitória. Contará com o apoio em transporte, hospitalar e segurança de suas Forças Armadas. Terá o escrutínio das organizações de controle e adesão de entidades civis, todos, enfim.
Vamos precisar nos unir para conseguirmos carrear até nós os insumos e as vacinas já disponíveis. Sem eles, apenas nos restará um fio esgarçado de esperança.
A pandemia continuará a nos impactar após a cessação de sua transmissibilidade. Será preciso desde já elaborar um plano que aponte um caminho seguro a seguir.
A economia capengando, os empregos em baixa, os empresários receosos e o governo sem foco. Serão aspectos com os quais nós nos acostumaremos a conviver em próximos anos. E ressalte-se, mundo afora. Quanto mais pronto tenhamos injetado a arma da vacina, mais breve será nosso emergir da incerteza.
“Nada está tanto em nosso poder quanto a própria vontade”, assim nos estimula Santo Agostinho, portanto assumamos prontamente uma atitude que possa promover, em futuro próximo, um sopro de expectativa positiva por uma vida melhor.
Paz e Bem
Otávio Santana do Rêgo Barros é general do Exército e ex-porta-voz da presidência da República.
Meu comentário; Gen Div RÊGO BARROS, além do carisma pessoal e de seu alto grau de relacionamento social é escritor de estilo fácil e de agradável leitura. Aborda um tema de conhecimento público geral, discorrendo sobre ele de forma de fácil interpretação e de conclusão com raciocínio lógico.
Paulo Cezar Rossi - Juiz aposentado
ARMAS EM FUNERAL - GEN EX GERALDO ANTONIO MIOTTO
É com profunda tristeza e pesar que recebi a notícia do falecimento do General de Exército Geraldo Antonio Miotto, exemplo de líder militar, do início ao fim de sua impecável carreira no Exército Brasileiro.
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
TRANSPARÊNCIA - POR WILSON REZATO
Transparência
Desde a antiguidade, a política é entendida como um conceito primordial da busca por uma sociedade melhor. O cidadão é, também, parte integrante desta busca e deve estar sempre atento às ações dos governantes, acompanhando e cobrando uma atuação eficiente para o bem estar da população. Para que isso aconteça, entra em pauta a palavra transparência, para que o cidadão possa se informar sobre a real situação de sua cidade, estado ou país.
A transparência, portanto, deve ser mais do que uma ação de qualquer governo. Ela tem que ser um princípio fundamental da administração pública.
Wilson Rezato - Político e empresário no ramo da Construção Civil
NOTA DE REPÚDIO DO COMANDO DO EXÉRCITO À EDITORA-CHEFE DA REVISTA ÉPOCA
Brasília-DF, 18 de janeiro de 2021.
Senhora Ana Clara Costa, Editora-Chefe da Revista Época.
Incumbiu-me o Senhor Comandante do Exército Brasileiro de expressar indignação e o mais veemente repúdio ao texto de autoria de Luiz Fernando Vianna, publicado nesse veículo de imprensa em 17 de janeiro de 2021.
A argumentação apresentada pelo articulista revela ignorância histórica e irresponsabilidade, não compatíveis com o exercício da atividade jornalística. Atribuir a morte de brasileiros a uma Instituição de Estado, cuja história se confunde com a da própria Nação, nas lutas pela manutenção de sua integridade, caracteriza comportamento leviano e possivelmente criminoso.
Afirmações dessa natureza, motivadas por sentimento de ódio e pelo desprezo pelos fatos, além de temerárias, atentam contra a própria liberdade de imprensa, um dos esteios da democracia, pela qual o Exército combateu nos campos de batalha da II Guerra Mundial e por cuja preservação tem se notabilizado em missões de paz em todos os continentes.
Cabe ressaltar que, durante a pandemia, o Exército, junto às demais Forças Armadas e a diversas agências, tem-se empenhado exatamente em preservar vidas.
Para isso, vem empregando seus homens e mulheres por todo o território nacional, particularmente em áreas inóspitas, onde se constitui na única presença do Estado, realizando atendimentos médicos, aumentando estoques de sangue por meio de milhares de doações, transportando e entregando medicamentos e equipamentos, montando instalações, desinfetando áreas públicas, enfim, estendendo a Mão Amiga a uma sociedade que lhe atribui os mais altos índices de credibilidade.
Por fim, o Exército Brasileiro exige imediata e explícita retratação dessa publicação, de modo a que a Revista Época afaste qualquer desconfiança de cumplicidade com a conduta repugnante do autor e de haver-se transformado em mero panfleto tendencioso e inconsequente.
General de Divisão Richard Fernandez Nunes
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
ESPERANÇA - POR ALEXIS VALDÉS
OLHEM QUE BELEZA DE POEMA
Quando a tempestade passar
E se amassem os caminhos
e sejamos sobreviventes
de um naufrágio coletivo.
Com o coração choroso
e o destino abençoado
Nós nos sentiremos felizes
Só por estar vivo.
E nós daremos um abraço
ao primeiro desconhecido
e louvaremos a sorte
de manter um amigo.
E aí nós vamos lembrar
tudo o que perdemos
e de uma vez aprenderemos
tudo o que não aprendemos.
Não teremos mais inveja
pois todos terão sofrido.
Não teremos mais desídia.
Seremos mais compassivos.
Valerá mais o que é de todos.
Que o jamais conseguido
Seremos mais generosos.
E muito mais comprometidos
Vamos entender o quão frágil
o que significa estar vivo
Sentiremos empatia
por quem está e quem se foi.
Sentiremos falta do velho
que pedia uma esmola no mercado,
que você não sabia o nome dele
e sempre esteve ao seu lado.
E talvez o velho pobre
Era Deus disfarçado.
Você nunca perguntou o nome
Porque você estava com pressa.
E tudo será um milagre
E tudo será um legado
E a vida será respeitada,
a vida que ganhamos.
Quando a tempestade passar
Eu te peço Deus, desculpe.
que nos tornes melhores,
como você sonhava com a gente.
Alexis Valdés - Cuba
domingo, 17 de janeiro de 2021
Voltar a viver de forma plena - Por Wilson Rezato
As perspectivas na economia brasileira ficaram agora mais claras com os dados revelados hoje pelo IBGE. A divulgação oficial da inflação de 2020, que veio apenas para confirmar o que a população já sente a cada ida ao supermercado, além de mostrar os efeitos de um ano atípico em todos os sentidos, aponta para um período que exigirá muito trabalho da equipe econômica do Governo Federal. O aumento da inflação (IPCA 2020 = 4,52%), além da composição de indicadores para o mercado e para os ajustes que precisam ser feitos, foi especialmente agravada por conta dos alimentos, muitos com elevação na casa dos dois dígitos percentuais, criando um obstáculo a mais. Isso penaliza diretamente o cidadão, que está lidando, ao mesmo tempo, com o achatamento nos seus rendimentos ou com o desemprego e uma alta de preços que há muito não se via no Brasil.
A saúde é e precisa continuar a ser prioridade, e a vacina que tanto esperamos precisa vir acompanhada de um grande projeto para recuperação da economia, para que possamos crescer, gerar novas oportunidades e viver de forma lena.
Não à estupidez - Por Otávio Santana do Rêgo Barros
Estou cansado, mas quem não está? As notícias sobre os números alarmantes do coronavírus e sobre a preparação letárgica para a vacinação não são alvissareiras.
Desde o primeiro caso de COVID-19 assistimos a um bate-cabeça em todas as instâncias da administração pública. Ademais, uma antecipação grotesca de disputas eleitorais.
A “verdade” hoje é fluida. Logo, os interesses prioritários da sociedade exigem transparência das autoridades por meio de uma comunicação profissional. A comunicação sobre o tema vacina é amadora. Esperanças por dias melhores se evaporam, na crescente desconfiança da imunização.
Vejamos o exemplo do Instituto Butantã, referência acadêmica, tendo que se “virar nos trinta” para atender a três santos: o governo federal, o governo estadual e a empresa SINOVAC.
Em função de interesses diversos, o Butantã antecipou dados, ainda que verdadeiros, dissociados do padrão usado para pesquisas mundo afora.
Cobrado pela imprensa, pela academia, pela sociedade (escoimo os extremistas, esses criticariam mesmo que fosse estrondoso sucesso) precisou vir a público outra vez e apresentar a chamada taxa de eficácia geral. Aquela no “limiar da aceitação” pela OMS. Para leigos, foi um balde de água fria.
Com a população impactada pela desinformação das mídias sociais, do WhatsApp, de pronunciamentos levianos de autoridades vamos ter dificuldade em convencê-la a imunizar-se, especialmente a parcela mais simples e menos intelectualizada.
Vimos, ainda, ideológicos obtusos que se comportavam como hoolingans em final de campeonato, a torcer desbragadamente para que o índice de eficácia do Butantã ficasse abaixo do considerado aceitável pela OMS.
Domingo passado, na TV aberta, um senhor destroçado por perdas de pessoas queridas afirmou: “são duas situações, antes de acontecer (a perda) e depois”. Ele teve perdas, eu tive perdas, muito tiveram perdas.
A COVID não é brincadeira, ela mata, ela deixa sequelas, ela muda o nosso psicológico. Não há fórmula mágica para contê-la. Ou tomamos a vacina (de qualquer instituto) que seja certificada; ou partimos para um lockdown que não aguentamos mais; ou vamos para a galera ver o mundo acabar, deitados no barranco da insensatez e hipocrisia.
“Eu não tenho nada contra os estúpidos, e sim contra a estupidez” (Jacques du Lorens). Aceitem, se quiserem, os estúpidos, mas não comprem a sua estupidez. A escolha é sua.
Paz e bem!
Otávio Santana do Rêgo Barros
General da Reserva e ex-porta-voz da Presidência da República
ATÉ BREVE CEL ALEXANDRE ROBERTO DA SILVA
No ultimo dia 12 de janeiro o Cel Alexandre Roberto da Silva transmitiu o comando do do 4º Grupo de Artilharia Leve de Montanha, Grupo Marquês de Barbacena, ao Ten Cel Rodrigo Coutinho, em uma solenidade restrita ao publico interno, familiares dos comandantes substituído e substituto e antigos comandantes.
A Reserva Ativa, tão presente em solenidades, dessa vez não pode participar.
Durante seu comando o Cel Roberto sempre teve como um dos seus principais objetivos manter um estreito laço com a Res Atv, elo de extrema importância junto a sociedade brasileira e no nosso caso especifico junto a população de Juiz de Fora.
Sabedores de sua enorme tristeza de não poder se despedir dos seus amigos da Res Atv, reunimos um grupo de amigos em minha residência, na ultima sexta-feira, 15 de janeiro, para nos despedirmos do Cel Roberto, poucos amigos, mas não deixamos de dar um "até breve" ao chefe e amigo.
Estiveram presentes além deste editor que é 1º Ten R/2 Art, o juiz aposentado Paulo Cezar Rossi, Cap R/2 Art Sérgio Carneiro, Asp R/2 Art Arthur Guarçoni, primeiro colocado no curso do NPOR de 2020, colunista Caca Salermo e meu afilhado Antonelle Gomes da Rocha sempre presentes nas reuniões com a Res Atv em nossa residência
Para marcar a forma como o Cel Roberto tratou a todos nós durante o seu comando entregamos a ele o diploma de "Pescador de Amigos", que foi-lhe entregue pelo mais antigo e o mais moderno representantes da Res Atv presentes.
Como forma de agradecimento o Cel Roberto presenteou a todos com o livro que comemora os 90 anos de criação do 4º GAC L Mth.
Obrigado Cel Roberto pelo prestigio a todos nós que durante seu comando no 4º GAC L Mth e em sua estada em nossa querida e acolhedora Juiz de Fora.
Em breve nos reencontraremos.
Cel Roberto fixa residência em Brasília e terá um ano de estudos na Escola Superior de Guerra.
Ao amigo e "eterno" comandante, sua esposa Ten Joana e filhas desejamos pleno sucesso na nova missão que hora se inicia.
Missão cumprida!
Para frente e para o alto.