sábado, 20 de maio de 2023

ARTILHARIA DE MONTANHA - DIA DA ARTILHARIA 2023

 


O propósito dos militares em buscar a paz - Por Otávio Santana do Rêgo Barros

 

Soldados da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti) em Porto Príncipe recolhem a bandeira brasileira, simbolizando o fim das operações do país no Haiti (Crédito: AFP)

O militar é o mais pacifista dos cidadãos. Ele conhece a barbárie da guerra e contra ela luta para não lutá-la.

Eis a razão, paradoxalmente, para que militares assumam como propósito de vida manter a paz e a estabilidade nas suas áreas de responsabilidade, em benefício daqueles a quem devem servidão democrática: a população de seu país.

Um desafio ambicioso que exige lastro profissional e inteligência emocional de cada soldado, atenção permanente à ambiência informacional e entendimento elaborado da conjuntura interna e externa.

Vencer essa empreitada depende de três condicionantes.

A primeira é manter-se forte o suficiente para dissuadir aventuras de qualquer natureza.

A segunda é antecipar-se em soluções para evitar os potenciais riscos que possam afetar a soberania futura do Estado.

A terceira é isentar-se dos embates políticos, próprios da democracia, que não se coadunam com a profissão das armas.

A capacidade de dissuasão do Brasil está alicerçada pelos acordos da diplomacia militar, pela dimensão territorial e populacional, e pelo potencial de mobilização dos poderes nacionais.

Para o bem ou para o mal, a histórica inexistência de conflitos – recordemos que o último emprego organizado de forças militares em um teatro de operações convencional foi na Segunda Guerra Mundial – afasta a percepção das ameaças.

A normalidade continuada faz-nos esquecer que a paz é uma condição arduamente trabalhada e não um direito divino inconteste.

A dissuasão será tanto maior quanto maior for o entendimento coletivo sobre o flagelo da guerra e, em consequência, o valor da paz.

Antever soluções contra potenciais riscos é mais complexo. Exige disciplina no trato da história e resiliência para converter os descrentes.

É necessário coragem e comprometimento das lideranças políticas, sociais e militares com os valores maiores da nação, fugindo do conforto da leniência, ao tempo em que projetam soluções, desconsiderando reconhecimentos ou apupos.

A isenção nas disputas pelo poder, no quadro das oscilações naturais de uma democracia, é sinal de maturidade de Forças Armadas profissionais.

Instituições militares são permanentes na linha do tempo. Ultrapassam governos. Quanto mais temperadas na forja das experiências pretéritas, mais inabaladas elas estarão diante dos futuros desafios.

O comportamento da organização não pode se atrelar a modismos extemporâneos ou excitações juvenis. O primeiro passo para garantir a condição indeclinável de instituição de Estado é ter uma clara consciência sobre isso.

As Forças Armadas brasileiras vêm oferecendo seguidas entregas. Por isso, é fato, a marca dos militares é valiosa. Cresceu nos últimos tempos, tornou-se ainda mais atrativa e cortejada.


Mas, diante do cenário de agora, o momento é de circunspecção construtiva. Para alcançar esse intento, as Forças Armadas devem se fortalecer pela coesão.

Traçar as cláusulas pétreas para sobrevivência dos valores e tradições, comunicando-as adequadamente, gerará energia impulsionadora no cumprimento das missões e o mais genuíno respeito da opinião pública.

Amainará, também, quaisquer dúvidas quanto à postura institucional das Forças Armadas.

Soldados jovens e maduros, mulheres e homens, da ativa e da reserva, indistintamente, são responsáveis pelo trançar da rede protetora de nosso país.

Da parte dos militares, conscientes de seus direitos e deveres, não há dúvidas quanto a essa tarefa.

A sociedade precisa compreender que divididos seremos mais fracos. E questionar, a quem interessa a desordem?

É hora de o país corrigir os equívocos, cobrar dos devedores, ajustar os alforjes para a viagem e, então, romper o passo em marcha organizada rumo ao objetivo permanente de equilíbrio institucional, de respeito ao legal e de defesa do social.

Colunista

Otávio do Rêgo Barros

O General da Reserva Otávio do Rêgo Barros é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, bacharel em Administração, com pós-graduação na Escola Superior de Guerra e doutorado pela Escola de Estado-Maior do Exército. Comandou o Batalhão de Força de Paz no Haiti, a Brigada de Montanha em Juiz de Fora e a Força de Pacificação nos complexos da Penha e do Alemão no Rio de Janeiro. Foi chefe da comunicação social do Exército e porta-voz da Presidência da República.


https://istoe.com.br/o-proposito-dos-militares-em-buscar-a-paz/

quinta-feira, 18 de maio de 2023

ISA DELGADO - UM EXEMPLO DE PRIMEIRA DAMA

 


Aloysa Rosa Delgado foi referência em pautas assistenciais e educacionais. Simultaneamente, esteve sempre ao lado de seu esposo, o então prefeito de Juiz de Fora, Tarcísio Delgado, por três mandatos, desde 1961. Seu olhar especial foi para as creches. Dona Isa atuou com incentivo constante à construção de creches públicas por toda cidade, participou dos programas de combate à fome, auxiliou no atendimento público aos idosos e no auxílio ao hospital de tratamento de câncer.

Mãe de 5 filhos, avó de 13 netos e bisavó de duas bisnetas. Foi uma mulher discreta e afetuosa. Gostava de gente, de abraços. De origem humilde, Dona Isa nunca se esqueceu de olhar para os que mais precisavam de apoio e sempre se destacou por seu sorriso amigo a todos e todas. Foi uma mulher à frente de seu tempo, tendo sido desde sempre uma fiel companheira do homem público Tarcísio Delgado. Sempre com conselhos assertivos diante dos desafios que se apresentavam na gestão pública, fosse no parlamento ou no executivo municipal.
Através dessa presença, era uma pessoa querida e reverenciada por importantes nomes da política nacional e pela sociedade, de maneira geral.
Seus cincos filhos são Juliana Delgado Fornari, Eduardo Francisquini Delgado, Júlio César Delgado, Érica Delgado e Lucas Delgado. Isa, como gostava de ser chamada, findou o seu processo de semeadura para a comunidade juizforana no dia 7 de janeiro de 2023. Para a família, amigos e colegas de trabalho deixou muita saudade, e para toda cidade os frutos do seu plantio.
Foi uma mulher que se esforçava todos os dias para fazer o bem, o que em si representa um exemplo na busca de uma cidadania consciente e merecedora da justa homenagem que a Feserp Minas e sua filha Érica presta à sua memória.
Para descrever Dona Isa, Érica, sua filha, deixa as belas palavras a seguir para tentar transmitir ao leitor (a) a grandiosidade de sua mãe.
Brincalhona,
De sorriso largo,
Mãos macias de um lado,
do outro dura!
Dureza que veio cedo,
Menina moça, perdeu os seus e
viu-se sozinha pela primeira vez,
desde sua concepção.
Começou sua missão:
formar família, ainda menina e
sem apoio afetivo e emocional.
Mãe se tornou e formou,
e como amou!
Érica Delgado

Fonte: https://www.feserpmg.com.br/2023/05/17/voce-fez-a-diferenca-aloysa-rosa-delgado-in-memoriam/?fbclid=IwAR3C6mElJwexop7_2_uztLs-Kd71ife48AdgUmAxcow52f_yjxzidgoPv0o

segunda-feira, 15 de maio de 2023

BRIGADA DE MONTANHA - CAMPANHA DE DOAÇÕES DE AGASALHOS E COBERTORES

 


INTERDIÇÃO DA RUA BENJAMIN CONSTANT

 


Com o início das obras do novo viaduto, a travessia da linha férrea da Rua Benjamin Constant foi totalmente interditada na manhã desta segunda-feira, 15, conforme já estava programado e comunicado pela Secretaria de Mobilidade Urbana. Com a mudança, os veículos que utilizavam a via para acessar o Centro devem utilizar outras rotas. 

As obras interditam a Rua Benjamin Constant após a entrada da Rua Professor Oswaldo Veloso. Com isso, a Rua José Calil Ahouagi passa a funcionar em mão dupla em toda a sua extensão, com o acesso para o lado esquerdo da via fechado, tendo entrada somente pela Avenida Brasil e estacionamento proibido. Já no lado direito da via, em direção à Rua Deputado Oliveira Souza, haverá passagem apenas para veículos pequenos pela Rua Benjamin Constant.  

Os veículos oriundos do bairro Vitorino Braga têm como opção acessar o Centro após transpor a ponte da Rua Benjamin Constant, seguir a margem direita da Avenida Brasil e utilizar o Viaduto Augusto Franco. Para a ligação da Região Leste com outros bairros, como o Morro da Glória, também há a possibilidade dos condutores utilizarem o trajeto via margem esquerda da Avenida Brasil até a ponte do bairro Manoel Honório, convergindo na Avenida Rio Branco para chegar à Avenida dos Andradas.  

A orientação da Secretaria de Mobilidade Urbana é que os motoristas evitem ir ao Centro em veículos particulares, priorizando o transporte coletivo, pois há retenções nas vias de toda a região, com impactos maiores de congestionamentos na Avenida Brasil, Avenida Itamar Franco, Avenida Francisco Bernardino, Avenida Getúlio Vargas e ruas como São Sebastião, Floriano Peixoto, Marechal Deodoro, Halfeld e Santa Rita. 

Já os ônibus do transporte público, linhas 400, 413, 416, 420, 423, 425, 426, 427, 428, 429, 435 e 436 estão realizando o seguinte itinerário no sentido Bairro/Centro: “…Av. Garibaldi Campinhos, Rua Benjamin Constant, Av. Brasil (margem direita), Viaduto Augusto Franco, Alça Radialista José Maria de Barros, Rua Angelo Falci, Av. Francisco Bernardino, Rua São Sebastião e Av. Getúlio Vargas”. O ponto de ônibus da Rua Benjamin Constant, 570, em frente ao supermercado está desativado.

Fonte e foto: PJF e Ricardo Ribeiro