sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

ESTAMOS DE COSTAS ? - POR OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS


 Ao final do carnaval pandêmico, após observar nos meios de comunicação uma série de notícias que tanto me chocaram, arrisco-me a tratar de um tema que já foi, por muito tempo, adstrito quase que exclusivamente ao estamento militar: a liderança.

Existem muitas correntes de estudiosos a analisar a liderança. As que defendem que liderança é natural, já nasce com o indivíduo. As que defendem que liderança é adquirida do exemplo de outros líderes. As que defendem que liderança pode ser construída pelo estudo sistemático. E há, finalmente, as que defendem que as ações de liderança são desencadeadas a partir de curtos-circuitos emocionais provocados pelas situações de momento.

O retrato de festas e bares lotados, além de outras situações dantescas notadas nesse período, é fruto da dificuldade que a sociedade brasileira tem para edificar padrões de comportamento que respeitem os direitos coletivos.

Continuamos todos, após cinco séculos do achamento, egoisticamente de costas para o Brasil, ainda esperançosos de retornarmos ao continente mãe, levando as riquezas aqui bateadas, como comentou Vianna Moog em seu livro Bandeirantes e Desbravadores (Editora José Olympio - 2011)?

Se há um tema que ultrapassou as desavenças editoriais entre os grandes órgãos de imprensa, fazendo-os caminhar em paralelo, é a confiança de que o recurso diante da pandemia é evitar aglomerações e empregar medidas sanitárias. Só elas evitarão a propagação do coronavírus, fator gerador do aumento dos casos, de internações leves ou graves e de perdas em vidas queridas.

Mesmo perante esse esforço diário dos meios de imprensa - diria até maçante -, o que mais enxergamos no final de semana foram as pessoas, consciente ou inconscientemente, afrontando a orientação sanitária na busca insana por demonstrar o desapreço por sua própria vida.

Talvez não tenham observado alguém que se mostre capaz de conquistar a sua confiança, colaborando para um comportamento social saudável de grupo. Um líder que arraste pelo exemplo intelectual, físico e moral.

Alguns governantes não possuem esses atributos. Agem como jogadores de roleta russa ao promoverem ajuntamentos insensatos ou ao exigirem o seu direito de ir e vir, quando aos seus liderados é imposto apenas o direito de estar.

Líderes podem ser cunhados por propagandas bem elaboradas, nem sempre refletoras da verdade. Independente, para exercerem uma liderança catalisadora precisam cumprir e exigir o fiel respeito às leis; precisam administrar com honestidade de propósito; precisam angariar a confiança e a legitimidade que permitam induzir a sociedade a agir dentro do alargado conceito da cidadania.

Desde dezembro, quando tivemos as festas de Natal e Ano-Novo, somos informados por sanitaristas, acadêmicos, imprensa e infectologistas que “não existe jantar de graça”. Que a cada aglomeração promovida nesses dias especiais de nossas vidas, quinze dias depois teremos uma conta a pagar em vidas ceifadas.

A sociedade clama, daqueles que a dirigem, por não se omitirem diante de fatos e informações que possam ajudar a debelar o desafio. A enfrentarem com seriedade e atitude cristã a complexidade de gerir este momento do nosso país.

Perdoem a cegueira social desses foliões entusiasmados, senhores líderes, pois, em breve tempo, diante da continuada e dolorida perda de entes queridos e de seus meios de sustento, é para vocês que olharão implorando a solução. Se não encontrarem o amparo esperado aguardarão, em sofrimento, a abertura das urnas para a desforra.

Paz e bem!

Otavio Santana do Rego Barros - Gen do Exército e ex-porta-voz da Presidência da República

GRUPO MARQUÊS DE BARBACENA COMEMOROU SEU 91° ANIVERSÁRIO


No dia 12 de fevereiro, o 4° Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha (4º GAC L Mth), "Grupo Marquês de Barbacena", comemorou seu 91° Aniversário. Inicialmente, foi realizada a cerimônia de entrega do Medalhão Marquês de Barbacena ao Comandante da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, General de Brigada João Felipe Dias Alves que presidiu a solenidade, que contou, também, com a presença dos comandantes das organizações militares da Brigada e da guarnição de Juiz de Fora. Na oportunidade, foram homenageados o Marquês de Barbacena e os amigos do Grupo, por meio da entrega do Medalhão.


O 4° GAC L Mth, primeira Unidade de montanha do Exército Brasileiro, é originário da 1ª Bateria do 4º Grupo de Artilharia de Montanha, criada em 14 de fevereiro de 1930. Em 1998, o Grupo recebeu a denominação histórica de "Grupo Marquês de Barbacena", em homenagem ao ilustre cidadão mineiro, Felisberto Caldeira Brant Pontes de Oliveira Horta, primeiro comandante de forças nacionais, em campanha externa, após a Independência do Brasil.


No escopo do processo de transformação da 4ª Bda Inf L Mth, em 6 de junho de 2019, a Unidade recebeu a denominação atual ratificando a vocação do Grupo para operar em ambiente de Montanha.


Fonte: 4º GAC L Mth

Fotos: Sds Santos e Marinho

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

NOSSO AMIGO ZÉ KODAK ESTÁ INTERNADO NA SANTA CASA

 


O carnavalesco José Carlos Passos, mais conhecido como Zé Kodak, está internado desde sábado na Santa Casa de Juiz de Fora devido a Covid-19. Seu estado de saúde não foi informado. O comerciante e carnavalesco mora em Juiz de Fora desde 1960 quando veio de Bicas sua cidade natal. 

Zé Kodak é Marechal da Banda Daki tradicional no carnaval da cidade e já desfila há a quase 50 anos.

Mais informações

O carnavalesco teve uma melhora em seu quadro e foi transferido para o quarto, mas continua internado na Santa Casa de Juiz de Fora.

https://www.rcwtv.com.br/noticia/ze-kodak-esta-internado-com-covid-19?fbclid=IwAR1AwGj-J272qCn0eKGnp2T9aA6U0jmguWxOmlr5nsCygTuR9ClPJzYszck

 

Eita carnaval bom! - Por Otávio Santana do Rêgo Barros

 


“Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço, quero ver novamente "Vassoura" na rua abafando, tomar umas e outras e cair no passo”. Grande Luiz Bandeira! 

Fosse um sábado natural, desfrutaríamos do carnaval, brincado na Avenida Guararapes com o Galo da Madrugada, subindo as ladeiras de Olinda acompanhando alguma troça ou nos preparando para o baile do Clube Português. Eita carnaval bom!

O período momesco marcaria o encerramento do ano e, ao vestirmos a fantasia, daríamos partida a 2021. Afinal, o ano no Brasil começa após o carnaval.

Não foi assim. Infelizmente! Esse é o carnaval da Covid-19. Passada a ressaca do retiro pandêmico, vamos nos preparar para retomarmos a rotina de nossas fainas.

Conhecendo a índole do nosso povo, lastimo que ainda veremos neste feriado as pessoas, incluindo autoridades, burlando o dever da proteção sanitária.

 Como Sísifo, juntos empurremos a nossa pedra da sensatez montanha acima. Seguro de que ela, desta feita, não rolará ladeira abaixo. 

As vacinas estão chegando e com elas a esperança de dias melhores. Muitos analistas advogam que criada a defesa imunizante – o efeito rebanho -, teremos empuxo para aquecer a economia. 

Custou entenderem as autoridades a importância da variável sanitária nessa equação do progresso. Recursos humanos com higidez física e emocional.

As galés, impulsionadas por remadores, por vezes ficavam à deriva na medida em que seus braços tratores eram chicoteados por inescrupulosos feitores, adoeciam, morriam e, como carga imprestável, descartados ao mar. 

Muitos países sofreram com as perdas irrecuperáveis de suas produções, as quedas substanciais de seus PIB e o desemprego galopante em razão de se ajustarem ao princípio científico de primeiro proteger seus remadores.

No entanto, os que logo entenderam o dilema, logo se farão ao mar com sua potencialidade renovada e seus braços produtivos em plena forma.

Ainda que estejamos atrasados, por razões sobejamente conhecidas de tantos de vocês, tenho expectativa de que se possa, em ação integrada do governo e da sociedade, voltarmos a cadenciar as batidas dos remos rumo ao porto do desenvolvimento. Basta de crescimentos pífios que afetem o bem-estar e a paz social. 

E, vencido este ano, com os confetes e as serpentinas da esperança restaurada cantar: “ei pessoal, ei moçada, carnaval começa no Galo da Madrugada”. 

Paz e bem!

Otávio Santana do Rêgo Barros - General do Exército e ex-porta-voz da Presidência da República

domingo, 14 de fevereiro de 2021

ÚLTIMA GUARDA EM FORMA, 4º GAC L MTH - CEL ROBERTO

 


PARABÉNS 4º GAC L MTH - 91 ANOS DE CRIAÇÃO


 Na pessoa do chefe e amigo Ten Cel Rodrigo Coutinho, cumprimentamos aos atuais e eternos integrantes do 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha, Grupo Marquês de Barbacena, pelo aniversário de 91 anos de trabalhos em prol da comunidade e do nosso querido Brasil.