Porteiro de 32 anos pode ser peça fundamental nas investigações
POR RENATA BRUM
Anderson mostra o local onde começou a busca pelo jovem Matheus na última segunda-feira
Um porteiro, de 32 anos, pode ser uma peça fundamental para desvendar o quebra-cabeças do caso do jovem Matheus Goldoni Ribeiro, 18 anos, achado morto no final da manhã de segunda-feira, nas águas da cachoeira do Vale do Ipê, entre a região central e a Cidade Alta. Desconhecido da família, Anderson Moreira da Silva, que é morador das imediações, foi quem localizou o corpo do jovem na queda d’água, em meio à vegetação vizinha à casa noturna Privilège. Acostumado a brincar e frequentar a mata quando criança e sensibilizado com a dor da família, ele decidiu ajudar a encontrar o garoto. Em entrevista exclusiva à Tribuna, ele narrou o passo a passo até avistar Matheus, sem vida, de bruços dentro do curso d’água.
Tribuna – O que o levou a procurar na mata uma pessoa que não conhecia?
Anderson Moreira da Silva – Passei por lá, indo trabalhar e vi a aflição da família em busca de uma resposta para o que havia acontecido e realizando a manifestação para que os Bombeiros recomeçassem as buscas. Conversei com o pai e falei: Vou em casa trocar de roupa e volto. Vou achar seu filho.
- Como foram as buscas?
- Conheço bem a mata, pois moro perto e costumava brincar de caçar no local. É uma área muito íngreme e de mata fechada em alguns trechos. Vi que os Bombeiros tinham direcionado as buscas mais para próximo da casa noturna e do condomínio. Decidi ir para o outro lado. A mata em cima estava muito revirada porque haviam feito buscas no domingo. Decidi descer mais, onde a vegetação ainda estava preservada, no sentido da cachoeira. Avistei uma marca típica de escorregamento num barranco e desci atrás, segurando nos bambus. Saí próximo às pedras e vi uma mancha escura, preta em meio à espuma de poluição da cachoeira. Peguei um bambu e mexi. Era a camisa dele, levantei e vi a cabeça e o cordão. Deixei como estava, mas como eu estava sozinho, longe de todos, não sabia o que fazer. Fiquei sentado olhando e tive a ideia de ligar para o 190, dando minha localização. Cheguei a fazer uma fogueira para sinalizar, mas fiquei uma meia hora, 40 minutos esperando. Foi então que vi um rapaz do outro lado da cachoeira, gritei, mas ele não me ouviu por conta do barulho da queda. Depois de um tempo, ele me avistou e o ajudei a atravessar. Ele me contou que era um dos tios do jovem. Foram chegando outros familiares, um primo e um irmão, parece. Depois a polícia, a perícia, e então os bombeiros.
- O local fica distante da casa noturna? Havia algum sinal de violência?
- É bem longe da casa noturna e um local de mata fechada. O corpo não tinha sinais de violência, só escoriações na face. E no lugar onde o achei, a mata estava preservada. Aparentemente, parecia que só uma pessoa havia estado ali, como a marca de escorregão ou pisões de que falei.
O processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do COngresso. Já a rejeição das contas impede a diplomação. A decisão fica com o Judiciário. Este é o golpe paraguaio.
Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.
As etapas do golpe são as seguintes:
1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).
2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. Dentre milhares de processos, os dois principais - referentes às contas de campanha de Dilma - foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe. Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.
3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto - que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.
4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.
5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.
Com o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro.
O golpe final - já planejado - consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.
Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.
Com a operação em curso, arrisca a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda. A história o colocará em uma galeria ao lado de notórios similares, como o Cabo Anselmo e Joaquim Silvério dos Reis.
Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64.
Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe.
Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas.
Conduta do acusado se amolda ao crime de uso indevido de uniforme, descrito no artigo 172 do Código Penal Militar. Pena é de 30 dias de detenção, com o benefício do sursis (suspensão condicional da pena) pelo prazo de dois anos.
Civil apresentava brevê de engenheiro militar do IME
O relatório do Ministério Público Militar aponta que o civil esteve diversas vezes no posto da Delegacia de Polícia Rodoviária Federal, localizado na BR 040, em Juiz de Fora (MG), trajando uniforme do Exército, com insígnias de capitão, brevê do Curso de Engenharia Militar do Instituto Militar de Engenharia (IME) e barreta de dez anos de serviço. Ele mantinha um relacionamento amoroso com uma policial rodoviária e se passou por um oficial do Exército, tendo, inclusive, contado várias histórias relacionadas ao serviço militar e de sua relação com os superiores hierárquicos.
O civil foi condenado em primeira instância na Auditoria de Juiz de Fora. Entretanto, no entendimento da Defensoria Pública da União, o crime descrito no artigo 172 do CPM necessita, para a sua configuração, que o agente pretenda realizar a prática de algum crime com a utilização indevida do uniforme militar, o que não restou demonstrado nos autos.
Para o ministro relator da apelação, José Américo dos Santos, o comportamento do civil amolda-se ao tipo penal, já que, por deliberada vontade de se fazer passar por militar da ativa, o acusado vestiu-se com uniforme militar e sustentou perante policiais rodoviários federais identidade que não possuía de fato.
“A comprovação da autoria delitiva e a apuração das circunstâncias em que se desenvolveu a conduta típica, ilícita e culpável autorizam a atribuição de responsabilidade penal ao acusado”, considerou o magistrado, que manteve a sentença de primeiro grau, sendo seguido por unanimidade pelos demais ministros do STM. A pena foi fixada em 30 dias de detenção, com o benefício do sursis (suspensão condicional da pena) pelo prazo de dois anos.
33 dos 58 membros da comissão obtiveram recursos eleitorais das construtoras alvo da Lava Jato. Líderes petistas foram os mais beneficiados.
Junior Pinheiro/Folhapress
Levantamento do site de VEJA mostra que 33 dos 58 integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras já receberam doações de campanha de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato da Polícia Federal. A impressionante engrenagem financeira atingida pelas investigações expôs a estreita ligação entre grandes construtoras e políticos. De acordo com os investigadores, parte dos valores desviados da Petrobras era doada legalmente durante as campanhas. E, embora a simples doação não signifique que o político contemplado tenha cometido alguma irregularidade, a dimensão da lista de parlamentares beneficiados pelo setor chama a atenção.
Mais do que contabilizar o valor doado, o levantamento tem como objetivo mensurar a influência das empreiteiras entre os que integram a comissão que tem a missão de investigá-las. Por isso, a tabela priorizou os dados de 2014. No caso dos parlamentares que não foram beneficiados por uma dessas empresas na eleição deste ano, foi feita uma segunda checagem: a das finanças da campanha que garantiu a eles o atual mandato - em 2010 ou, no caso de alguns senadores, 2006.
A conclusão é essa: dezessete dos 31 titulares e dezesseis dos 27 suplentes da CPI receberam recursos dessas companhias. É uma bancada suprapartidária. Mas dois petistas parecem ser os preferidos das grandes construtoras. O senador José Pimentel (PT-CE) obteve 1 milhão de reais da Camargo Corrêa na eleição que lhe garantiu o atual mandato, quatro anos atrás. O parlamentar é líder do governo no Congresso. Também em 2010, o atual líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), recebeu 1 milhão de reais da Camargo Corrêa, 500.000 reais da OAS e 30.000 reais da Galvão Engenharia. São os maiores valores dentre todas as doações compiladas pelo site de VEJA.
A Polícia Federal encontrou a contabilidade da quadrilha que causou um prejuízo de mais de R$ 7 milhões aos cofres do Correios, entre agosto de 2011 e abril de 2013. Na casa de um dos envolvidos no esquema de fraudes no plano de saúde da estatal, havia uma agenda com a divisão do dinheiro desviado por meio de cirurgias superfaturadas — algumas nunca realizadas.
Nas anotações feitas à mão, do valor da nota fiscal enviada à Gerência de Saúde do Correios, subtraía-se o imposto a ser pago. O saldo era dividido entre médico, empresa de material cirúrgico e o que eles chamavam de “grupo dos 8”. Dependendo do hospital, o “lucro” era repartido pelo “grupo dos 6”. Numa única cirurgia, cada integrante chegava a receber R$ 6.300.
A agenda foi apenas um dos documentos recolhidos pela PF, na manhã desta quarta-feira, durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão nas residências de sete envolvidos no esquema de corrupção e no Hospital Espanhol. Na última sexta-feira, a PF já havia cumprido mandado na casa do diretor regional do Correios no Rio Omar de Assis Moreira, afastado do cargo por decisão judicial. Ele teve os bens bloqueados.
De acordo com o delegado da PF Lorenzo Martins Pompílio da Hora, que conduziu as investigações, “foram obtidos fartos elementos de prova relacionados ao esquema criminoso que causou prejuízo milionário ao Correios. O trabalho continua com a análise do material arrecadado hoje nas buscas e apreensões realizadas”.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o esquema era articulado por Daniel de Melo Nunes e o médico Carlos Alberto Alonso, que negociavam privilégios para hospitais no Rio, com o aval do diretor regional e do ex-gerente de Saúde da estatal Marcos da Silva Esteves. Nove pessoas já foram denunciadas e, nas próximas semanas, outras seis serão alvo da investigação.
— Os empregados públicos permitiram a antecipação de pagamentos para esses hospitais e, em troca, Omar e Marcos receberam, cada, R$ 144 mil — disse o procurador Sérgio Luiz Pinel Dias.
Esquema de fraudes foi revelado pelo EXTRA
O esquema de fraudes, revelado pelo EXTRA em agosto de 2013, além de superfaturar o pagamento de cirurgias elevou os valores das tabelas de diárias e taxas pagas a alguns hospitais, bem como pagou por serviços não prestados, que eram lançados como se fossem devoluções de valores estornados pelo plano de saúde do Correios.
O MPF denunciou os funcionários públicos Omar Moreira e Marcos Esteves, além de Daniel de Melo Nunes, Luciano Sampaio Balbino (representante do Hospital Balbino), Paulo Maurício Fernandes de Oliveira, Arnaldo Gama Arzua Alves Barbosa, Júlio Teixeira Ramos (representante do Hospital Espanhol), Carlos Alberto Alonso Filho e Nivaldo Lopes de Oliveira Neto.
O Correios respondeu que o caso vem sendo apurado pela empresa, com apoio da PF, desde 2013, e que Omar Moreira foi quem solicitou a investigação. Em nota, a empresa afirma que Moreira também instaurou processo de sindicância interno e constituiu grupo de trabalho para apoiar a apuração da PF. Denúncia sobre o caso foi encaminhada ao Ministério Público Federal, em setembro de 2013, pela Administração Central dos Correios em Brasília. “A sindicância interna a respeito dos fatos, conduzida atualmente por órgão corregedor dos Correios em Brasília, está em fase final e é acompanhada pela Controladoria Geral da União (CGU).”
Delação premiada
Em depoimento prestado ao Ministério Público, o ex-assessor da diretoria do Correios, João Maurício Gomes da Silva, o Janjão, denunciou o esquema de corrupção no plano de saúde da estatal. Após ser exonerado do cargo, no ano passado, ele fez um acordo de delação premiada em troca de redução de pena. A informação foi divulgada pelo “RJTV”, da Rede Globo.
No depoimento, Janjão afirma que o então diretor regional do Correios, Omar de Assis Moreira, deu sinal verde para início do esquema. Ainda segundo ele, cada um dos integrantes do grupo recebia R$15 mil, mas o valor foi diminuído nos meses seguintes. No documento, ele relata que Omar chegou a reclamar da redução.
O ex-assessor também afirma que a última vez que entregou dinheiro a Omar foi em maio de 2013. Ele disse que um dos pagamentos foi entregue em um posto de gasolina no final da Linha Amarela, via expressa que cruza a cidade. Janjão contou que os encontros para os pagamentos ocorriam na última semana do mês ou início do mês seguinte.
Acusados respondem
Procurada, a direção do Hospital Balbino negou as acusações. Segundo o advogado que representa o hospital, Ricardo Pieri, a Polícia Federal fez, em maio, uma apreensão de documentos que comprovam que todos os serviços foram prestados e justificam os pagamentos realizados. Pieri acrescentou que “recebeu com surpresa” a existência da delação premiada. A nota do hospital conclui que o fato de ainda não ter tido acesso ao documento em questão “inviabiliza pronunciamento mais detalhado”.
Afonso Destri, advogado de Omar de Assis, também garantiu que seu cliente é inocente. Segundo ele, João Maurício Gomes da Silva, ex-assessor de Omar, que citou o antigo chefe em depoimento, foi exonerado por ter sido flagrado “praticando ilicitudes”. O advogado afirma ainda que Omar “tem décadas no Correios sem nenhum deslize”.
Marcos Esteves, Nivaldo Lopes de Oliveira Neto, Arnaldo Gama Arzua Alves Barbosa, Carlos Alberto Alonso Filho e Daniel de Melo Nunes não foram localizados pelo EXTRA.
Paulo Maurício Fernandes de Oliveira afirmou “não ter nada a ver com isso”, e não quis se pronunciar. Já Júlio Teixeira Ramos, por meio do advogado Francisco Ortigão, informou que não foi notificado ou citado, e que portanto “não tem nada a declarar”.
Bastos foi internado na terça (18) para tratamento de fibrose pulmonar. O ex-ministro morreu no Hospital Sírio-Libanês aos 79 anos.
Ex-ministro Márcio Thomaz Bastos morreu no
Hospital Sírio Libanês, em SP (Foto: José Cruz/ABr)
O advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de 79 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (20) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. A informação foi confirmada pela equipe médica.
Bastos foi internado na terça-feira (18) para tratamento de descompensação de fibrose pulmonar, segundo boletim médico divulgado pelo hospital.
Um dos advogados criminalistas mais influentes do país, Bastos foi convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para compor a equipe do primeiro mandato. Comandou o Ministério da Justiça entre 2003 e 2007.
Mesmo depois de deixar o ministério, continuou em evidência ao atuar em casos de grande repercussão nacional. Atuou, por exemplo, no julgamento do processo do mensalão, no Supremo Tribunal Federal, em 2012. Na ocasião, defendeu o ex-vice-presidente do Banco Rural, José Salgado.
Durante o período do julgamento, entrou com reclamação contra o então presidente do STF, Joaquim Barbosa, questionando o fato de Barbosa não ter levado pedidos da defesa dos réus para análise do plenário do tribunal.
Também foi o responsável pela defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que responde a processo por suspeita de participação em esquema de jogos ilegais.
Bastos atuou ainda na defesa do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 48 ataques sexuais a 37 vítimas.
A acusação dos assassinos de Chico Mendes, do cantor Lindomar Castilho e do jornalista Pimenta Neves são outros trabalhos de repercussão nacional no currículo do ex-ministro.
Bastos era formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na turma de 1958.
Em 1990, após a eleição do presidente Fernando Collor, integrou o governo paralelo instituído pelo Partido dos Trabalhadores como encarregado do setor de Justiça e Segurança. Em 1992, participou ao lado do jurista Evandro Lins e Silva da redação da petição que resultou no impeachment de Collor.
É fundador do movimento Ação pela Cidadania, juntamente com Severo Gomes, Jair Meneghelli e Dom Luciano Mendes de Almeida. É fundador do Instituto de Defesa do Direito de Defesa.
Whatsapp aumenta segurança e implementa criptografia para usuários Android
A ação é uma uma aprimoração na proteção à privacidade, o que tornará muito menor a possibilidade de outras pessoas lerem a conversa de um usuário - até a própria empresa
da Redação
Para quem estava preocupado com os relatos de casos em que os próprios governos andavam bisbilhotando a vida de seus cidadãos, chega uma boa notícia. O Whatsapp, aplicativo de mensagens que praticamente substituiu o serviço de SMS nos celulares, anunciou que implementará encriptação ponta-a-ponta (direto para o usuário) como uma aprimoração na sua proteção à privacidade, o que tornará muito menor a possibilidade de outras pessoas lerem a conversa de um usuário - até a própria empresa. A novidade por enquanto está limitada a aparelhos com Android.
O aplicativo usará o software livre Textsecure, criado pela Open Whisper Systems, uma empresa sem fins lucrativos focada na área de proteção à privacidade. O programa embaralha as mensagens com uma chave criptográfica que apenas o usuário pode acessar e nunca deixa o seu aparelho.
De acordo com o site da revista americana “Wired”, o Textsecure já vem encriptografando mensagens de Whatsapp em Android há uma semana. Ainda não há previsão para que o serviço seja implementado em aparelhos Apple ou com Windows Mobile, mas o criador da Open Whisper Systems, Moxie Marlinspike diz que a expansão para outros dispositivos deve acontecer em breve. Ele também afirma que a ação foi planejada por seis meses, desde que que o aplicativo de mensagens foi comprado pelo Facebook, em fevereiro.
“Eu realmente acho que este é a maior implementação de encriptação ponta-a-ponta na história”, disse Marlinspike. Na Google Play, site de download de aplicativos do Android, o Whatsapp foi baixado mais de 500 milhões de vezes.
Com o novo sistema, as mensagens agora viajarão até o aparelho do usuário antes de ser descriptografadas, ao invés de serem encriptografadas no servidor do aplicativo.
Segundo Marlinspike, o Whatsapp adicionará uma ferramenta que permitirá aos usuários verificarem as identidades dos outros baseado na sua chave criptográfica. “Usuários normais nem saberão a diferença. É totalmente sem atritos”, afirma.
Veículo consignado pelo clube foi rapidamente consumido pelo fogo. Suspeita inicial é de que incêndio tenha sido criminoso. Ainda não há definição sobre perícia.
Por Bruno Ribeiro e Gullit Castro
Um incêndio destruiu o ônibus do Tupi-MG na tarde desta quarta-feira, no Estádio Salles de Oliveira, no bairro Santa Terezinha, em Juiz de Fora. O veículo, que era consignado pelo clube, foi encontrado em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado, chegou ao local pouco antes das 17h, arrombou o portão que dá acesso ao CT e controlou as chamas. Não houve feridos.
O sargento Henrique Fonseca, do Corpo de Bombeiros, foi um dos quatro militares que atenderam a ocorrência. Segundo ele, a suspeita inicial é de que o incêndio tenha sido criminoso.
- Não havia testemunhas no momento, mas, de acordo com o zelador, alguns adolescentes costumam brincar de bola e soltar pipas aqui dentro, por não ter segurança 24 horas. Apenas uma perícia seria capaz de determinar o que aconteceu de fato, mas a hipótese de ter sido criminoso existe. Para ser algum problema elétrico, ele deveria estar em funcionamento e não era o caso. Desta forma, é improvável que a origem do fogo tenha sido espontânea – disse.
Ônibus do Tupi-MG ficou destruído (Foto: Bruno Ribeiro)
Os bombeiros tiveram dificuldades para conter as chamas. O tanque de combustível tinha cerca de 80 litros de diesel e isso fez com que o fogo consumisse todo o ônibus. A diretoria do clube registrou o Boletim de Ocorrência na Polícia Militar e ainda não há uma definição sobre a realização da perícia.
PRESIDENTE LAMENTA
A presidente do Tupi-MG, Myriam Fortuna, lamentou o ocorrido e apontou usuários de drogas, que invadiriam as propriedades do clube, como responsáveis, indo ao encontro da suspeita do Corpo de Bombeiros.
- Isso acontece com frequência (invadirem o CT), quase toda semana. Roubam material esportivo, invadem nossa administração, e tivemos que tirar tudo de lá. Toda semana tem invasão. Eles entram também para uso de droga. A que ponto chega a insegurança - disse.
De acordo com a mandatária alvinegra, havia planos para levar o ônibus em outro local.
- Essa semana que passou, pensamos em tirar o ônibus de lá, mas ainda não tinha onde colocar. Agora que achamos, íamos deixá-lo encostado em outro local e acontece isso - lamentou.
Ainda sobre o incidente, Myriam acredita que o fato de os muros do CT serem baixos pode ter auxiliado em uma suposta invasão.
- Colocamos cerca mais alta, eles arrancam. Cerca espiral, eles pulam. Rede mais alta, eles puxam e arrebentam, eles quebram o muro. As pessoas da comunidade têm que conscientizar também, porque o Tupi dá oportunidade para os meninos brincarem lá, dá ingresso e faz escolinha.