sábado, 27 de fevereiro de 2021

ADEUS AMIGO ZÉ KODAK... "AINDA OUÇO A ÚLTIMA BATIDA DO SURDÃO..."

 

Foto: Leticya Bernadete

Nos deixou prematuramente nessa madrugada o querido amigo José Carlos Passos, nosso estimado Zé Kodak.

Juiz de Fora amanhece mais triste nesse nublado sábado de fevereiro, mês que ele tanto amava, pois nele nos levava felicidade com a sua Banda Daki.

Acompanhado com o saudoso amigo Luiz Soranço

Nascido na cidade de Bicas veio cedo, na década de 60, para Juiz de Fora e daqui não saiu mais, onde se estabeleceu como comerciante com a Focus Filmes, famosa loja do Zé Kodak, situada na "galeria da escada rolante" e se tornou o mais empolgado e vibrante carnavalesco de todos os tempo e logo depois se transformou nosso General da Banda.


A importância da Banda Daki ("não existe Banda Daki sem Zé Kodak") é tamanha que em dezembro de 2004, no apagar das luzes de sua administração o ex-prefeito Tarcísio Delgado a tornou "Patrimônio Imaterial" de Juiz de Fora.

O samba está de luto, Juiz de Fora está de luto...

Vá em paz meu querido amigo Zé Kodak, em breve nos reencontraremos ao lado de nosso criador e de tantos outros do mundo do samba que já nos deixaram.

Missão cumprida Zé e que Deus conforte a todos nós nesse momento de tamanha perda.

Fica como lembrança sua entrevista em "Encontro com CR".



quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

4º GAC L MTH CAPACITA SEUS MILITARES PARA AS ATIVIDADES DO ANO DE INSTRUÇAO

No dia 22 de fevereiro, o 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha (4º GAC L Mth), “Grupo Marquês de Barbacena”, deu início à capacitação técnica e tática do efetivo profissional (CTTEP) no ano de 2021.


O comandante do 4º GAC L Mth, Tenente-Coronel Rodrigo Coutinho Ferreira realizou a abertura da atividade, apresentando as Diretrizes de Comando 2020-2021. Na sequência, o oficial de prevenção de acidentes da instrução do Grupo ministrou a primeira Instrução, versando sobre "Prevenção de Acidentes e Gerenciamento de Risco nas Atividades Militares", marcando o início da CTTEP-2021.


A primeira semana tem por objetivo principal realizar a preparação e a atualização dos militares responsáveis pela formação básica do efetivo a ser incorporado a partir de 1º março do corrente ano.

Fonte: 4º GAC L Mth

Credito fotos: Sd Santos

4º GAC L MTH REALIZA SOLENIDADE DE MATRÍCULA DOS ALUNOS DO NPOR

No dia 22 de fevereiro, o 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha (4º GAC L Mth), “Grupo Marquês de Barbacena”, realizou a solenidade de matrícula de 20 novos alunos do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR).


A solenidade teve início com a tradicional abertura do Portão das Armas pelo aluno Lucas Macedo de Castro, mais novo entre os alunos matriculados no corrente ano. Após a entrada, ocorreu, no Pátio General Fassheber, a formatura de matrícula, presidida pelo comandante do 4º GAC L Mth, Tenente-Coronel Rodrigo Coutinho Ferreira.


O NPOR se destina a formar o aspirante a oficial da reserva, habilitando-o a ingressar no corpo de oficiais da reserva do Exército Brasileiro. O NPOR do 4º GAC L Mth iniciou suas atividades em 1948, destacando-se dentre os aspirantes a oficial de Artilharia formados na primeira turma o ex-presidente Itamar Franco, que dá nome ao pavilhão escolar da Unidade.


Fonte: 4º GAC L Mth

Crédito fotos: 2º Sgt Barela, Sd Wellyson e Sd Santos

Profissão militar: um sacerdócio - Por Otávio Santana do Rêgo Barros

 


Nos primórdios da carreira militar essa frase título nos é apresentada e seu significado permanece entranhado em cada um de nós: dedicação incondicional à Pátria, submissão constitucional aos poderes da República e perfeito entendimento de que somos uma Instituição estritamente de Estado. 

Passados mais de quarenta e cinco anos do meu primeiro contato com a farda, percebo que esses princípios em nada mudaram.

A manutenção de um padrão de comportamento tão austero exige dos integrantes das Forças Armadas abdicar de envolver-se em “armadilhas” que possam desvirtuar o core da Instituição. Não somos melhores nem piores. Somos distintos, já que carregamos a responsabilidade de agentes da violência em nome do Estado.

Os atributos inatos da profissão servem para sustentar posturas, nem sempre bem compreendidas pela sociedade em geral, que são essenciais para o encaminhamento do sacerdócio.

Nos últimos trinta e cinco anos - período pós governo militar -, o Exército fixou-se em procedimentos ainda mais rígidos de comportamento, com a finalidade de profissionalizar o estamento e, pouco a pouco, alargar a confiança com a qual a sociedade sempre o qualificou. 

Estou convicto do êxito dessa empreitada.

A mais importante dessas condutas foi, a bem da verdade, um posicionamento reativo: não introduzir a política partidária dentro dos muros dos quartéis. 

A história se renderá ao comportamento de todos os comandantes da Força, cada um ao seu tempo, no objetivo de proteger, particularmente os mais jovens, do contato com os movimentos eleitoreiros que nublam a consciência do jovem soldado, inapto para entender todas as nuanças desse envolvimento.

Os militares participam de cerimônias, próprias de liturgias seculares, que demarcam a ascensão ao longo da carreira, repletas de profundos significados.

Lembro-me do dia (03 de março de 1975) em que entramos pelos portões da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) em Campinas, eu ainda vestindo a farda de aluno de Colégio Militar, para dar início à caminhada de oficial do Exército. 

Cerimônia simples, intimista, apenas familiares e membros do corpo permanente daquela organização de ensino militar. Se teve discurso, não me lembro quem o proferiu, tampouco o seu conteúdo, mas seguro estou que nada havia de política. 

Naquele mesmo ano, juramos à Bandeira, em admirável formatura no pátio central da Escola. Se teve discurso, não me lembro o conteúdo, tampouco quem o proferiu, mas seguro estou de que nada havia de política.

Após três anos, lá concluímos o ensino médio e nos aprumávamos para a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), o nível universitário na formação dos oficiais do Exército. Bela cerimônia. Se teve discurso, não me lembro quem o proferiu, tampouco o seu conteúdo, mas seguro estou que nada havia de política.

Não preciso ir adiante nessa trajetória. O objetivo deste artigo é alertar, veementemente, para a inadequação, a qualquer tempo, do uso de púlpitos militares, para recados políticos. 

Nessas ocasiões, o que os perfilados imóveis e seus convidados extasiados de alegria esperam ouvir são incentivos motivacionais, sustentados em predicados militares, elaborados por autoridades militares ciosas da importância de não misturar água (sacerdócio militar) com azeite (política partidária). Não se mesclam.

Não é justo que a pureza de momentos tão especiais seja turvada por quaisquer pronunciamentos que não estejam alinhados no profissionalismo militar, na servidão de coração e na ética militar.

Paz e Bem!

Otávio Santana do Rêgo Barros

General de Divisão R1