Livraria Península
Logo ali na Marechal, em um tempo em que não havia tablets, smartphones e computador era coisa de (uns poucos) escritórios, a Livraria Península era um chamariz para a criançada. Quem viveu a infância dos anos 1980 deve se recordar das marcas de pegadas que levavam a uma escada de acesso a uma espécie de porão da loja, onde ficavam os livros infantis. Você se lembra?
“Me lembro da Livraria Península, na Rio Branco, tinha um mundo fantástico naquele espaço no subsolo!!! Que nostalgia!!!”
Mônica Andrade
Faisão Dourado
(Imagens: Arquivo TM/ Roberta Lockwood)
Tradicionalíssimo para diferentes gerações, o Faisão remete, em vários sentidos, a uma JF hoje inexistente. Primeiro, porque a primeira sede da casa, na Galeria Azarias Villela, ao lado do Cine-Theatro Central, foi demolida para dar lugar à atual Galeria General Roberto Neves. O outro endereço da casa, fechada nos anos 2000, também faz referência a algo que desapareceu: a parte baixa da rua Halfeld (onde ficava o restaurante) vista como ponto nobre. Seja como ponto para esticada das madrugadas ou para um almoço ou jantar mais cerimonioso, o Faisão faz parte da história da cidade e de muitas vidas dos juiz-foranos. (Lembram-se da “parede da fama” assinada por artistas e personalidades?). Qual é a sua?
“Não sou de JF, porém me lembro de quase todos estes espaços pois frequentava bastante a cidade. Importante lembrar também do Restaurante Faisão Dourado (ao lado do Cine Teatro Central e que depois se mudou para a Halfeld parte baixa, já perdendo a originalidade). Meu pai, sempre que nos levava para passear por JF, tinha que passar por lá.”
Luciano
Miscelânea de memórias
“Me lembro de mais alguns locais como o Corazon e o Prova Oral. Quarta double no boliche do Santa Cruz Shopping, a Cantina Halfeld em frente ao CES…. Que viagem….”
Henrique
“Morei em Juiz de Fora de 1967 a 1978 e ainda tenho familiares que aí residem. Eu e minha mãe íamos muito a um cinema que existia no Bairro Bonfim. Fui a muitos bailes na Casa D’Itália, na Av. Rio Branco, que por sinal tinha só duas pistas. Aos domingos, era certo irmos a feira que ficava na Av. Marginal. Me lembro dos carnavais no largo do Cine Central onde, se não me engano, havia um chafariz.”
Geraldo Oliveira Paiva
“Para quem já curtia computador (MSX, TK90 naquela época), tinha uma única loja na galeria Constança Valadares onde vendiam jogos. A gente levava um disquete, e o pessoal da loja gravava o jogo ou programa. Se levasse um cartucho, eles trocavam um disquete com jogo. Frequentava essa loja todos os dias praticamente. Lá pelos anos 90, quando a febre foram os videogames, tinha uma loja de um japonês na galeria do cursinho Cave que também era bem frequentada pelos jogadores.”
Frederico
“Reportagem continua boa. Nossa, quanta coisa boa, quanta recordação boa. Lembrei de mais coisas também. Falando em cachorro-quente, lembro da loja que inauguraram dentro do Del Center que era a sensação do momento, chamava-se Cachorro Quente de Raça. Parece até que nesta época a moda era cachorro-quente. Daí veio o Pekika’s, parada obrigatória depois da night, final dos 80, início dos 90. Surgiu também mais tarde o cachorro-quente da roça.”
Francisco
RAFFA'S CHOPP
(Imagens: Arquivo TM)
Funcionando por décadas, o Raffa’s foi o point de juiz-foranos de diversas gerações na noitada. Fundada em 1955, a casa só encerrou o trabalho em 2001, e o proprietário Rafael Jorge, que chegou a abrir outras casas noturnas na cidade, como a boate Karavan e o scotch bar Del Rey, chegou a ser considerado “O rei da noite de Juiz de Fora”. Pelo salão do Raffa’s, que ficava na Galeria Pio X, bem no Calçadão da Halfeld, passaram artistas de renome dos anos de ouro, como Ângela Maria, Maysa, Dolores Duran, Agostinho dos Santos, Ataulpho Alves, Cauby Peixoto, Grande Otelo, Marlene, Dorival Caymmi e muitos outros.
“A boate tinha três ambientes e era chique demais. Cheguei a trabalhar no final do funcionamento dela como DJ com a ajuda do DJ Ronaldo, que comandava todo o som do local.”
Fabrício de Mello
“Eu era vassourinha do Raffas. Tempo muito mas muito bom! Eita saudade bandida!”
Eleni Nunes da Silva
Cine Veneza
(Imagens: Arquivo TM/ Matheus Pinheiro Teutschbein)
Situado na Avenida Rio Branco, perto da Rua Espírito Santo, o Cine Veneza encerrou as atividades no ano 2000, mas ainda hoje é ponto de referência geográfica para muitos juiz-foranos que assistiram a várias fitas em sua ampla sala de 650 lugares: “Me encontra ali em frente ao Veneza”. Nas páginas da Tribuna, o leitor pôde conferir a história do cinema, desde o furor de sua abertura, em 1987, à programação durante todo o seu funcionamento, e, claro, a triste notícia do encerramento das atividades. Entre as memórias que muitos têm do antigo cinema está a exibição de “Titanic” (1998), que ficou em cartaz por vários meses, com longas filas na calçada.
“Frequentei o Cine Veneza, onde assisti a bons filmes. Era um cinema de rua muito frequentado. Lembro da exibição do filme Titanic, quando a fila para entrar no cinema dobrava o quarteirão. Outro filme a que ali assisti foi “Uma babá quase perfeita”, também um grande sucesso de bilheteria, e também vi lá “Entrevista com Vampiro”. No final , o cinema já estava abandonado, lembro-me de assistir filmes em época de chuva, as goteiras eram muitas dentro do cinema! “
Tancredo Braga de Oliveira
“Sobre o Cine Veneza, me lembro de uma promoção/pesquisa que elegeu os cinco filmes mais queridos do ano de inauguração. Os frequentadores votavam e, no final do ano, os filmes escolhidos foram exibidos novamente, um por dia. Não perdi um dia sequer nessa nova exibição. Perdi sim, uma semana de aula na faculdade.”
Luiz Pacheco
Café Apollo
(Imagens: Arquivo Maria do Resguardo)
Situado na Rua Marechal Deodoro, ao lado de onde ainda funciona a agência dos Correios, o Café Apollo (ou lanchonete Apollo, homônima à marca de café que também teve fábrica em Juiz de Fora) era mais um dos pontos clássicos de parada para um lanchinho no Centro. Bastava virar a esquina da Rio Branco com a Marechal e já era possível sentir o cheirinho de café que vinha de lá e tomava toda a rua. Fundado no fim dos anos 1960, o Café Apollo funcionou até meados dos anos 1990, e o salão amplo com mesas e atendimento também no balcão foi cenário de criação de memórias gastronômicas e afetivas de várias gerações de juiz-foranos.
“Lembro-me que, na minha infância, minha mãe nos levava para comer o famoso ‘misto quente’ e a deliciosa ‘banana split’ de lá, que era enorme! Eu ficava encantada vendo a balconista preparar, minha mãe pedia uma e dividia entre eu e minha irmã, cada uma com sua colher, disputando cada porção daquela delicia.”
Luciana dos Santos, 45 anos, educadora financeira
“A melhor torta de frango da cidade.”
Roberto Scafuto
“Minhas lembranças do Café Apollo são muitas. Mas a mais marcante era o lanchinho que fazia com minha mãe após as compras na rua. Íamos fazer compras de Natal e sempre tínhamos que lanchar no Café Apollo. Aqueles doces eram maravilhosos. Lembro-me de que era grande o lugar e que eles fizeram uma ampliação depois. Eu adorava mesmo era o lugar em si, com as mesinhas e aquele balcão enorme com os doces à exposição. Muito bom.”
Felipe Almeida
“Excelente Matéria! Poderia virar uma revista! Minha mãe e meu pai se conheceram trabalhando no Café Apollo e estão juntos até hoje, 35 anos juntos.”
Anderson Rossi
Miscelânea de memórias
“Fui criança nos anos 80 e adolescente nos 90. Na virada do milênio, eu tentava o vestibular. E fica uma saudade imensa da Juiz de Fora daqueles anos 80 e 90. Lembro-me, na infância, dos passeios no trenzinho do Parque Halfeld, lanche na Lojas Americanas, ou uma passada na Loja de Frios da CCPL, onde hoje está a Faculdade Universo. A Rio Branco não tinha todo o trânsito que tem hoje e a Getúlio Vargas ainda era mão dupla. A gente podia também fazer um passeio no saudoso trem Xangai, ou então pegar um cineminha no Cine Excelsior, ou no Cine Veneza ou no Cine Star, no Mister Shopping. Ou talvez alugar uma fita de videocassete na Locadora Carioca. Depois veio a adolescência, e, com ela, as festinhas e baladinhas. Ouvíamos Engenheiros do Hawaii e Legião Urbana, e ficávamos horas esperando a música nova do Guns N’ Roses tocar na Rádio Cidade – para gravar na fita cassete comprada no Museu do Disco ou na Kika Colorida. Dentre as casas noturnas, tenho muita saudade do Arriba, que ficava no Alto dos Passos. Era point certo depois da última aula no cursinho sexta-feira. E a expectativa maior era pelo show do último dia do vestibular da UFJF, que acontecia no Tupynambás. Aquilo tudo era muito ‘venas’ (gíria da época que queria dizer que era “legal”, “maneiro”). Fica a saudade. E um prazer imenso de viajar no tempo pelo passado de nossa querida Juiz de Fora.”
Cristiano Casagrande, professor universitário
“Lembro-me bem de ir, com a minha mãe, às Casas Regente, na Marechal, comprar tecidos, cortinas, tapetes, etc. Em seguida, a gente se fartava com as delícias dos doces e das tortas da Caramelada, na Galeria Pio X. À noite, geralmente nos finais de semana, meu pai costumava nos levar para jantar no restaurante do Posto Elefantinho, na Av. Brasil, bem como no Restaurante Avenida, na Rio Branco, ambos de propriedade do Luiz, um dos melhores comerciantes do gênero na época. Já, adolescente, ia ao Pingo’s.”
Sidney Marcel Lara Ferreira
“Estou muito emocionada, sou juiz-forana e filha de Luiz Roberto Grassi, um paulistano de alma e coração juiz-forano.Vocês tocaram lá no fundo a minha alma relembrando da Billbox, a loja que meu pai e minha mãe criaram e inauguraram aí na cidade. Aos poucos fomos crescendo para outros estados, mas o começo de tudo foi aí . A cidade de Juiz de Fora sempre foi o xodó do meu pai. Ler a matéria foi uma das melhores sensações que já tive na minha vida, agradeço a lembrança, o carinho e reconhecimento. Chorei lembrando da Murilândia e do Supermercado Disco. Meu pai estaria muito orgulhoso e agradecido pelo carinho.”
Renata Verde Grassi
Livraria Península
Logo ali na Marechal, em um tempo em que não havia tablets, smartphones e computador era coisa de (uns poucos) escritórios, a Livraria Península era um chamariz para a criançada. Quem viveu a infância dos anos 1980 deve se recordar das marcas de pegadas que levavam a uma escada de acesso a uma espécie de porão da loja, onde ficavam os livros infantis. Você se lembra?
“Me lembro da Livraria Península, na Rio Branco, tinha um mundo fantástico naquele espaço no subsolo!!! Que nostalgia!!!”
Mônica Andrade
Faisão Dourado
(Imagens: Arquivo TM/ Roberta Lockwood)
Tradicionalíssimo para diferentes gerações, o Faisão remete, em vários sentidos, a uma JF hoje inexistente. Primeiro, porque a primeira sede da casa, na Galeria Azarias Villela, ao lado do Cine-Theatro Central, fo demolida para dar lugar à atual Galeria General Roberto Neves. O outro endereço da casa, fechada nos anos 2000, também faz referência a algo que desapareceu: a parte baixa da rua Halfeld (onde ficava o restaurante) vista como ponto nobre. Seja como ponto para esticada das madrugadas ou para um almoço ou jantar mais cerimonioso, o Faisão faz parte da história da cidade e de muitas vidas dos juiz-foranos. (Lembram-se da “parede da fama” assinada por artistas e personalidades?). Qual é a sua?
“Não sou de JF, porém me lembro de quase todos estes espaços pois frequentava bastante a cidade. Importante lembrar também do Restaurante Faisão Dourado (ao lado do Cine Teatro Central e que depois se mudou para a Halfeld parte baixa, já perdendo a originalidade). Meu pai, sempre que nos levava para passear por JF, tinha que passar por lá.”
Luciano
Miscelânea de memórias
“Me lembro de mais alguns locais como o Corazon e o Prova Oral. Quarta double no boliche do Santa Cruz Shopping, a Cantina Halfeld em frente ao CES…. Que viagem….”
Henrique
“Morei em Juiz de Fora de 1967 a 1978 e ainda tenho familiares que aí residem. Eu e minha mãe íamos muito a um cinema que existia no Bairro Bonfim. Fui a muitos bailes na Casa D’Itália, na Av. Rio Branco, que por sinal tinha só duas pistas. Aos domingos, era certo irmos a feira que ficava na Av. Marginal. Me lembro dos carnavais no largo do Cine Central onde, se não me engano, havia um chafariz.”
Geraldo Oliveira Paiva
“Para quem já curtia computador (MSX, TK90 naquela época), tinha uma única loja na galeria Constança Valadares onde vendiam jogos. A gente levava um disquete, e o pessoal da loja gravava o jogo ou programa. Se levasse um cartucho, eles trocavam um disquete com jogo. Frequentava essa loja todos os dias praticamente. Lá pelos anos 90, quando a febre foram os videogames, tinha uma loja de um japonês na galeria do cursinho Cave que também era bem frequentada pelos jogadores.”
Frederico
“Reportagem continua boa. Nossa, quanta coisa boa, quanta recordação boa. Lembrei de mais coisas também. Falando em cachorro-quente, lembro da loja que inauguraram dentro do Del Center que era a sensação do momento, chamava-se Cachorro Quente de Raça. Parece até que nesta época a moda era cachorro-quente. Daí veio o Pekika’s, parada obrigatória depois da night, final dos 80, início dos 90. Surgiu também mais tarde o cachorro-quente da roça.”
Francisco
Terça-feira, 10 de novembro de 2015
(Imagens: Arquivo TM)
Funcionando por décadas, o Raffa’s foi o point de juiz-foranos de diversas gerações na noitada. Fundada em 1955, a casa só encerrou o trabalho em 2001, e o proprietário Rafael Jorge, que chegou a abrir outras casas noturnas na cidade, como a boate Karavan e o scotch bar Del Rey, chegou a ser considerado “O rei da noite de Juiz de Fora”. Pelo salão do Raffa’s, que ficava na Galeria Pio X, bem no Calçadão da Halfeld, passaram artistas de renome dos anos de ouro, como Ângela Maria, Maysa, Dolores Duran, Agostinho dos Santos, Ataulpho Alves, Cauby Peixoto, Grande Otelo, Marlene, Dorival Caymmi e muitos outros.
“A boate tinha três ambientes e era chique demais. Cheguei a trabalhar no final do funcionamento dela como DJ com a ajuda do DJ Ronaldo, que comandava todo o som do local.”
Fabrício de Mello
“Eu era vassourinha do Raffas. Tempo muito mas muito bom! Eita saudade bandida!”
Eleni Nunes da Silva
Cine Veneza
(Imagens: Arquivo TM/ Matheus Pinheiro Teutschbein)
Situado na Avenida Rio Branco, perto da Rua Espírito Santo, o Cine Veneza encerrou as atividades no ano 2000, mas ainda hoje é ponto de referência geográfica para muitos juiz-foranos que assistiram a várias fitas em sua ampla sala de 650 lugares: “Me encontra ali em frente ao Veneza”. Nas páginas da Tribuna, o leitor pôde conferir a história do cinema, desde o furor de sua abertura, em 1987, à programação durante todo o seu funcionamento, e, claro, a triste notícia do encerramento das atividades. Entre as memórias que muitos têm do antigo cinema está a exibição de “Titanic” (1998), que ficou em cartaz por vários meses, com longas filas na calçada.
“Frequentei o Cine Veneza, onde assisti a bons filmes. Era um cinema de rua muito frequentado. Lembro da exibição do filme Titanic, quando a fila para entrar no cinema dobrava o quarteirão. Outro filme a que ali assisti foi “Uma babá quase perfeita”, também um grande sucesso de bilheteria, e também vi lá “Entrevista com Vampiro”. No final , o cinema já estava abandonado, lembro-me de assistir filmes em época de chuva, as goteiras eram muitas dentro do cinema! “
Tancredo Braga de Oliveira
“Sobre o Cine Veneza, me lembro de uma promoção/pesquisa que elegeu os cinco filmes mais queridos do ano de inauguração. Os frequentadores votavam e, no final do ano, os filmes escolhidos foram exibidos novamente, um por dia. Não perdi um dia sequer nessa nova exibição. Perdi sim, uma semana de aula na faculdade.”
Luiz Pacheco
Café Apollo
(Imagens: Arquivo Maria do Resguardo)
Situado na Rua Marechal Deodoro, ao lado de onde ainda funciona a agência dos Correios, o Café Apollo (ou lanchonete Apollo, homônima à marca de café que também teve fábrica em Juiz de Fora) era mais um dos pontos clássicos de parada para um lanchinho no Centro. Bastava virar a esquina da Rio Branco com a Marechal e já era possível sentir o cheirinho de café que vinha de lá e tomava toda a rua. Fundado no fim dos anos 1960, o Café Apollo funcionou até meados dos anos 1990, e o salão amplo com mesas e atendimento também no balcão foi cenário de criação de memórias gastronômicas e afetivas de várias gerações de juiz-foranos.
“Lembro-me que, na minha infância, minha mãe nos levava para comer o famoso ‘misto quente’ e a deliciosa ‘banana split’ de lá, que era enorme! Eu ficava encantada vendo a balconista preparar, minha mãe pedia uma e dividia entre eu e minha irmã, cada uma com sua colher, disputando cada porção daquela delicia.”
Luciana dos Santos, 45 anos, educadora financeira
“A melhor torta de frango da cidade.”
Roberto Scafuto
“Minhas lembranças do Café Apollo são muitas. Mas a mais marcante era o lanchinho que fazia com minha mãe após as compras na rua. Íamos fazer compras de Natal e sempre tínhamos que lanchar no Café Apollo. Aqueles doces eram maravilhosos. Lembro-me de que era grande o lugar e que eles fizeram uma ampliação depois. Eu adorava mesmo era o lugar em si, com as mesinhas e aquele balcão enorme com os doces à exposição. Muito bom.”
Felipe Almeida
“Excelente Matéria! Poderia virar uma revista! Minha mãe e meu pai se conheceram trabalhando no Café Apollo e estão juntos até hoje, 35 anos juntos.”
Anderson Rossi
Miscelânea de memórias
“Fui criança nos anos 80 e adolescente nos 90. Na virada do milênio, eu tentava o vestibular. E fica uma saudade imensa da Juiz de Fora daqueles anos 80 e 90. Lembro-me, na infância, dos passeios no trenzinho do Parque Halfeld, lanche na Lojas Americanas, ou uma passada na Loja de Frios da CCPL, onde hoje está a Faculdade Universo. A Rio Branco não tinha todo o trânsito que tem hoje e a Getúlio Vargas ainda era mão dupla. A gente podia também fazer um passeio no saudoso trem Xangai, ou então pegar um cineminha no Cine Excelsior, ou no Cine Veneza ou no Cine Star, no Mister Shopping. Ou talvez alugar uma fita de videocassete na Locadora Carioca. Depois veio a adolescência, e, com ela, as festinhas e baladinhas. Ouvíamos Engenheiros do Hawaii e Legião Urbana, e ficávamos horas esperando a música nova do Guns N’ Roses tocar na Rádio Cidade – para gravar na fita cassete comprada no Museu do Disco ou na Kika Colorida. Dentre as casas noturnas, tenho muita saudade do Arriba, que ficava no Alto dos Passos. Era point certo depois da última aula no cursinho sexta-feira. E a expectativa maior era pelo show do último dia do vestibular da UFJF, que acontecia no Tupynambás. Aquilo tudo era muito ‘venas’ (gíria da época que queria dizer que era “legal”, “maneiro”). Fica a saudade. E um prazer imenso de viajar no tempo pelo passado de nossa querida Juiz de Fora.”
Cristiano Casagrande, professor universitário
“Lembro-me bem de ir, com a minha mãe, às Casas Regente, na Marechal, comprar tecidos, cortinas, tapetes, etc. Em seguida, a gente se fartava com as delícias dos doces e das tortas da Caramelada, na Galeria Pio X. À noite, geralmente nos finais de semana, meu pai costumava nos levar para jantar no restaurante do Posto Elefantinho, na Av. Brasil, bem como no Restaurante Avenida, na Rio Branco, ambos de propriedade do Luiz, um dos melhores comerciantes do gênero na época. Já, adolescente, ia ao Pingo’s.”
Sidney Marcel Lara Ferreira
“Estou muito emocionada, sou juiz-forana e filha de Luiz Roberto Grassi, um paulistano de alma e coração juiz-forano.Vocês tocaram lá no fundo a minha alma relembrando da Billbox, a loja que meu pai e minha mãe criaram e inauguraram aí na cidade. Aos poucos fomos crescendo para outros estados, mas o começo de tudo foi aí . A cidade de Juiz de Fora sempre foi o xodó do meu pai. Ler a matéria foi uma das melhores sensações que já tive na minha vida, agradeço a lembrança, o carinho e reconhecimento. Chorei lembrando da Murilândia e do Supermercado Disco. Meu pai estaria muito orgulhoso e agradecido pelo carinho.”
Renata Verde Grassi