terça-feira, 27 de abril de 2021

Não atrapalhem - Por Otávio Santana do Rêgo Barros

 


Morei algumas vezes na cidade do Rio de Janeiro — a maravilhosa — e tenho ótimas recordações desses períodos que a vida profissional concedeu a mim e a minha família. Gostávamos de ir ao teatro. Quando o tempo permitia, elegíamos uma peça em cartaz e fazíamos o programa cultural de fim de semana. O da Gávea estava entre os preferidos. Apreciávamos o trabalho dos artistas que subiam ao palco solitariamente e se submetiam ao crivo da atenta plateia daqueles espetáculos. Monólogos exigem muito dos intérpretes. Demanda atenção redobrada nos ensaios e na execução do texto. Os sucesso ou fracasso está ligado à capacidade de entrar, sem pedir licença, na mente e no coração de seus ouvintes. Alcançar isso é uma arte. Se um indivíduo possui esse dom e se propõe a usá-lo em benefício da sociedade, emoldure-o, eis um líder inspirador.

Essa liderança pode abarcar vários setores da vida humana (artistas, empresários, religiosos, militares, cientistas, professores ... e até políticos). Diante do que se assiste pela imprensa, tratar do comportamento dos políticos passa a ser uma catarse. O desafortunado momento de crise sanitária aguda, a lembrança afetiva de monólogos teatrais e a leitura de um pequeno trabalho do Yuval Harari: “Na batalha contra o coronavírus, faltam líderes à humanidade” me fizeram retomar o tema liderança.

A propósito, hoje (27 de abril), após lamentável crise de liderança e gestão dos governantes, inicia-se a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, sob a batuta do Senado Federal. A sociedade espera efetividade! Para a sorte da humanidade, alguns países com habilidosos “condottieres” estão enxergando a planície além do cimo da montanha. A vastidão plana e descortinada à frente está semeada de boas expectativas.

Outros países, lastimosamente, não. Nesses rincões, a complexidade da pandemia transformou os detentores do poder em vigias sonolentos de faróis marítimos apagados durante uma tempestade bravia. Para esses mandatários, o poder afrodisíaco (expressão cunhada por Henry Kissinger) parece ter-lhes inebriado a ponto de escancarar suas insensibilidades morais. Serão responsabilizados pelo naufrágio dos navios que se chocarem nos arrecifes pontiagudos durante a borrasca.

No texto, Harari defende que o verdadeiro antídoto para epidemias é a cooperação e que a melhor defesa contra os patógenos é a informação. Informação que precisa ser gerada por especialistas confiáveis e difundida por atores qualificados.

Atores que, como em um monólogo de sucesso, precisam entrar sem pedir licença no imaginário de seus ouvintes, seguidores ou não. O público, mesmo o mais humilde, consegue entender nuances se apresentadas com honestidade.

Em seu livro Dez lições para o mundo pós-pandemia (Intrínseca, 2020), o jornalista Fareed Zakaria cita o Brasil como antiexemplo de combate à pandemia. A razão, alega ele, alguns de seus dirigentes questionarem abusivamente as recomendações dos agentes de saúde e, em alguns casos, se recusarem a acatá-las. Uma questão de mau exemplo. Isso dificultou o enfrentamento do assombroso desafio que teima em não ceder.

Com os números de mortes e infecções crescendo e gritando impiedosamente nos ouvidos da população, vamos precisar envolver mais especialistas para administrarem as questões pandêmicas sem viés ideológico. Atribua-se à ciência o dever de proteger a humanidade.

Como arremata Zakaria, ao avaliar as lideranças mundiais, a alternativa impensável na era moderna é: “Governar por instinto e celebrar a ignorância. Até onde isso foi tentado recentemente os resultados foram desanimadores”.

O próximo monólogo sobre a existência humana, seja qual for o teatro ou ator principal, deverá trazer ao respeitável público uma mensagem de equilíbrio, baseada no conhecimento provado dos especialistas e na necessidade de sobreviver da maioria das pessoas. Essas, aceitando as orientações, aqueles, escutando com humildade as tribulações da massa.

Infere-se, da profusão de estudos acadêmicos, que outras pandemias se farão presentes no caminho da humanidade. Precisaremos acender as luzes dos faróis. Os faroleiros, se não quiserem ajudar, que não atrapalhem!

Paz e Bem!

General da Reserva do Exército

segunda-feira, 26 de abril de 2021

TODAS AS SUAS AFLIÇÕES EM UM VIDEO

 


NOTA DE FALECIMENTO - PAULO AUGUSTO DE MELLO

 





4ª Brigada de Infantaria Leve - Montanha - Vídeo institucional

 



4° GAC L Mth realiza formatura alusiva ao Dia do Exército


No dia 19 de abril de 2021, no quartel do 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha, comandado pelo Ten Cel Rodrigo Coutinho, foi realizada a formatura da Guarnição de Juiz de Fora alusiva ao Dia do Exército. A data remonta à Batalha dos Guararapes, ocorrida em abril de 1648, quando brancos, negros e índios derrotaram as tropas holandesas de ocupação. A vitória conseguida nesta batalha é cercada de importância por ter sido o prelúdio da construção da identidade do Brasil como nação soberana.


Na solenidade, o comandante da Brigada de Montanha, Gen Felipe,  procedeu a entrega das seguintes condecorações: Medalha Ordem do Mérito Militar (Grau Oficial) ao 1º Ten QAO SAMUEL DE AZEVEDO SANTOS do 4º D Sup; Medalha Ordem do Mérito Militar (Grau Cavaleiro) ao 1º Ten QAO MARCUS VINICIUS DETONI DE SOUZA e Ten QAO DENILSON GOMES DE OLIVEIRA, ambos do 4º CGCFEx, S Ten Sau RENATO FERNANDES DE SOUZA do HGeJF e S Ten Cav RONI RIBEIRO BALDANZA do CMJF;



 A Medalha Exército Brasileiro (MEB) à Senhora ANA PAULA FRACETTI DE OLIVEIRA NASCIMENTO



O Diploma de Colaborador Emérito do Exército foi entregue ao Dr CIL FARNE GUIMARÃES, Procurador-Chefe da Procuradoria Seccional da União em Juiz de Fora e ao Cel NEIR ADRIANO DE SOUZA, Comandante da 4ª Região de Polícia Militar de Minas Gerais.


Oração do Combatente de Montanha, conduzida pelo Ten Augusto

O evento contou com a presença de representações de todas as Organizações Militares da guarnição de Juiz de Fora e atendeu a todas as medidas de prevenção à pandemia da COVI-19.


Fonte e fotos: Comunicação Social 4ª Bda Inf L Mth

domingo, 25 de abril de 2021

NOTA DE FALECIMENTO - PAULO DURÃES


 NOTA DE FALECIMENTO:

É com profundo pesar que comunico o falecimento do nosso presidente da Liga de Futebol de Juiz de Fora, PAULO CESAR DURÃES LUIZ, vítima de complicações da Covid-19. A LIGA DE FUTEBOL DE JUIZ DE FORA DECRETA LUTO OFICIAL POR 07 DIAS. Aguardamos novas informações dos familiares. Nesse momento hipotecamos nossa solidariedade, e sentimentos aos familiares e amigos.

Liga de Futebol de Juiz de Fora


Paulo foi sepultado no cemitério Parque da Saudade..


A diretoria do Esporte Clube São Carlos deseja a todos os familiares e amigos os mais sinceros sentimentos por perda tão significante para todos nós.

Vá em paz amigo Paulo e muito obrigado por tudo que fez em prol do EC São Carlos.


Rafael Teles David - Presidente