sexta-feira, 30 de outubro de 2020

SUJOU? MARCOS LAVA TUDO JF É A SOLUÇÃO

 


REZATO JUSTIFICA SUA AUSÊNCIA EM DEBATE DA CMJF

 


Ao Exmo. Presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de JF

29 de outubro de 2020

Em atenção à realização do Debate com os candidatos à Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, cumpre-nos evidenciar alguns pontos que consideramos de extrema relevância para a compreensão do processo.

Visto que:

• a JFTV Câmara é, hoje, coordenada por pessoas ligadas diretamente a outra candidatura, inclusive o seu coordenador, que é marido da apresentadora do programa eleitoral da mesma candidatura; 

• a Mesa Diretora, conforme constam nas gravações da reunião ocorrida na última terça-feira, não foi consultada de forma adequada sobre a realização do debate citado anteriormente. Na gravação da sessão, forçando a finalização das falas, o presidente diz que “parece que foi comunicado a ele, mas ele está falando que não foi.”, ao que um dos vereadores da Mesa responde com sinal negativo. Ainda sob este aspecto, é bom transcrever a matéria da Tribuna de Minas de 29/10/2020, em que assinala que “Cabe lembrar que, dos cinco nomes que integram a Mesa Diretora, quatro apoiam a candidatura (...)” acima mencionada;

• a organização do debate está a cargo de profissional que faz questão de ostentar, em sua foto de perfil e durante as discussões sobre o debate em grupo de WhatsApp, o nome, o número e a logomarca do partido do presidente desta Casa, reconhecidamente cabo eleitoral de uma candidatura à Prefeitura. Também é do mesmo partido;

• a organização do debate disponibilizou o vídeo de “chamada” de 30 segundos para o debate na TV, e o referido vídeo apresentava os candidatos em ordem que não a alfabética. Por coincidência ou não, o primeiro candidato apresentado no vídeo era da candidatura defendida pelo presidente da Casa, pela esposa do coordenador da TV, apresentadora do programa eleitoral, e por quatro membros da Mesa Diretora, incluindo um que é o candidato a vice-prefeito. O vídeo causou estranheza no grupo de WhatsApp dos representantes das demais candidaturas, e o mesmo teve que ser modificado, já que o organizador, segundo mensagem dele mesmo no grupo, disse que “tenho tentado mostrar a imparcialidade da TV Câmara”. “Tenho tentado”.

Pelos fatos acima expostos, a Coligação Juiz de Fora é Meu Amor, respeitosamente, agradece o convite e declara que a participação torna-se inviável com tantas sombras e incertezas lançadas sobre a imparcialidade de um debate que seria de suma importância para o processo de sucessão à Prefeitura Municipal de Juiz de Fora.

Respeitosamente, esperamos por dias de maior transparência e lisura nos processos que envolvem a TV legislativa, e convidamos a todos a assistirem/ouvirem ao debate da CBN/Tribuna de Minas, no próximo dia 12 de novembro, às 9h da manhã.


Att,

Eduardo Moreira de Rezende

Representante da Coligação Juiz de Fora é Meu Amor


https://wilsonrezato40.com/blog/f/ao-exmo-presidente-da-mesa-diretora-da-c%C3%A2mara-municipal-de-jf

NOTA DO DELEGADO FEDERAL CLÁUDIO NOGUEIRA

 


As atribuições da Polícia Federal estão definidas na Constituição Federal e em diversas leis que elencam um extenso rol de investigação de crimes, dentre os quais, contrabando, terrorismo, tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro, pirataria e biopirataria, evasão de divisas e organização criminosa. Somem-se ainda os crimes cibernéticos que rompem fronteiras, numa criminalidade cada vez mais estruturada e transnacional e nesses tenebrosos tempos de pandemia, todos os crimes relacionados ao desvio de recursos públicos tendo como subterfugio a decretação do Estado de Calamidade Pública e as consequências advindas do uso irregular das verbas públicas federais.

Para tão variado rol de atribuições da Polícia Federal, seus policiais precisam ter competência e expertise no uso de técnicas de investigação visando analisar e definir com precisão cada uma dessas modalidades de crimes, suas nuances e rede de conexões.
A atividade de investigação exige do policial federal atributos como perspicácia, criatividade, dedicação e DISCRIÇÃO, bem como traços de personalidade como, persistência, paciência, memorização, habilidade para dissimulação, representação e uso de técnicas avançadas de investigação, para que se tenha uma maior eficácia na investigação e resulte no cometimento de JUSTIÇA .
De um modo geral, as investigações de crimes complexos e de organizações criminosas demandam o emprego da inteligência policial e a realização de ações que são decididas e implementadas em tempo real, de acordo com a dinâmica e a cronologia dos fatos, adequando em um resultado de mais eficiência e eficácia na elucidação de crimes.
Lamentável portanto o comportamento contemplado, visando o oportunismo político, precipitando levianamente uma "denúncia de crime" de que foi contemplado com informações privilegiadas, onde deveria ter sido adotadas as precauções necessárias para o deslinde completo do suposto crime, no que poderia ter acarretado a possibilidade da não elucidação da atividade criminosa e a não condenação dos verdadeiros culpados por falta de provas concretas.
Esperamos que se tenha o mínimo de discernimento e responsabilidade quando do encaminhamento de supostas práticas criminosas aos órgãos competentes, pois o objetivo primordial é adotar as medidas necessárias e adequadas para apurar com isenção dos fatos, SEM VIÉS POLÍTICO. Certo de que a Polícia Federal continuará sempre procurando garantir a transparência e seriedade do uso adequado das verbas advindas para o real combate à essa pandemia e as catastróficas consequências sociais que resultará no uso inadequado desses valores.
Tenho certeza que os órgãos responsáveis pela persecução penal, Polícia Federal e Ministério Público, tomaram todas as medidas necessárias para o deslinde da atividade criminosa. Falta apenas a Justiça advertir determinados candidatos sobre o oportunismo político dos fatos. Lamentável, antiético e imoral.
Cuidado Juiz de Fora, votem consciente, as consequências serão catastróficas.

Nota do editor: extraída do Facebook: https://www.facebook.com/claudionogueiradf

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Elogiada por militares, mensagem de Rêgo Barros reproduz queixas da caserna

 




Denise Rothenburg, Jorge Vasconcellos, Ingrid Soares, Augusto Fernandes

Recém-exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro, depois de ficar quase o ano inteiro sem promover as tradicionais coletivas de imprensa diárias no Palácio do Planalto, o general Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, voltou a ser o centro das atenções em Brasília. E em um ponto delicado: a atuação dos militares na agenda política nacional.


Em artigo publicado no Correio na última terça-feira, o general discorre sobre políticos que descumprem compromissos de campanha e se inebriam com os encantos do poder. Em analogia com a Roma antiga, Rêgo Barros critica também assessores que, por receio de contrariar o líder e por ambições pessoais, abrem mão da “discordância leal”, elemento essencial no bom funcionamento de um governo.


A mensagem de Rêgo Barros foi elogiada nos meios militares e, embora seja lida como um recado direto ao presidente Jair Bolsonaro, não foi vista com deslealdade. O objetivo, avaliam amigos do general, jamais foi criar celeuma. E sim alertar sobre o perigo de não se dar espaço ao que ele chama de “discordância leal”. É isso que hoje mais incomoda grande parte dos generais e de antigos apoiadores do presidente, que, diante dos novos amigos do Centrão, deixa de lado aqueles que o ajudaram a chegar ao Planalto e apostaram num projeto.
“Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal”, escreveu o general no artigo Memento mori.


Rêgo Barros, que foi porta-voz da Presidência, mas acabou isolado após um tempo, traduziu no artigo o sentimento que perpassa os militares, de que hoje o presidente confunde discordância leal com oposição e de que é preciso ter clareza de que nem toda discordância é deslealdade.


O artigo, aliás, fez com que muitos saíssem da “toca”, em solidariedade ao general. Alguns, inclusive, que se veem hoje quase que atirados à oposição, embora não tenham essa intenção. “Barbara Tuchman tinha razão: ‘A Marcha da Insensatez’ parece se repetir. Toda a minha solidariedade ao General Rêgo Barros pela atitude. Leitura precisa de um sombrio cenário. O mesmo cenário já repudiado por General Santos Cruz, Sergio Moro e outros atentos defensores da moralidade”, escreveu em seu Twitter o general Francisco Mamede de Brito Filho, que já atuou como chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste, numa referência aos ex-ministros de Bolsonaro e à historiadora, jornalista e escritora estadunidense, ganhadora de dois prêmios Pulitzer.


O que o general Brito menciona de público corre a caserna nas conversas reservadas. O artigo Memento mori vale para todos aqueles que, ao alcançar o coração do poder, deixam de lado os projetos pactuados com eleitor, sem levar em conta a próxima eleição e que é preciso manter a conexão com a realidade e não apenas com a bolha de seguidores nas redes sociais.


Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno disse ao Correio que Rêgo Barros “tem o direito de falar o que ele quiser”. “Para mim, não significa nada. Para o governo ou para alguém, pode significar. É um direito dele. Ele é um cidadão, paga imposto, vota. Então, é direito dele falar o que ele quiser”, declarou.


Em entrevista ao jornal O Globo, o general da reserva Paulo Chagas disse que foi “oportuno” o posicionamento do ex-porta-voz. “Todos nós acreditamos no lema do Brasil acima de tudo. Então, é preciso provar que vai mesmo ser o Brasil acima de tudo. Os compromissos de campanha precisam ser seguidos.”

Constrangimento


O artigo de Rêgo Barros vem na sequência de episódios constrangedores envolvendo generais que estão no governo Bolsonaro. Na semana passada, o titular do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, foi desautorizado publicamente pelo chefe, que cancelou a aquisição de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac. Após o cancelamento, o ministro disse, simplesmente, que “um manda, o outro obedece”.


A resposta de Pazuello rendeu um tuíte do general Santos Cruz, ex-titular da Secretaria de Governo. “Hierarquia e disciplina, na vida militar e civil, são princípios nobres. Não significam subserviência nem podem ser resumidos a uma coisa ‘simples assim, como um manda e o outro obedece’… Como mandar varrer a entrada do quartel”, escreveu ele, que deixou o governo após passar por um processo de fritura.


Também na última semana, outro militar alvo de ataques foi o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Ele entrou em atrito com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Como resposta, Salles pediu ao general para deixar de lado a “postura de #MariaFofoca”. A provocação do titular do Meio Ambiente teve apoio da ala ideológica do governo e de filhos de Bolsonaro.
O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ), ex-vice-líder do governo na Câmara, contestou as afirmações do general. “Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência da República, disse que os auxiliares do presidente são ‘seguidores subservientes’. Rêgo está confundindo subserviência com lealdade. A todo momento o presidente Jair Bolsonaro ouve e pede conselhos, que relação de subserviência seria essa?”, questionou.


“É doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais, com vistas a convencer-nos a depositar nosso voto nas urnas eletrônicas, são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais.”


“Os assessores leais — escravos modernos — que sussurram os conselhos de humildade e bom senso aos eleitos chegam a ficar roucos. Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal.”


“Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói! E se não há mais escravos discordantes leais a cochichar: ‘Lembra-te que és mortal’, a estabilidade política do império está sob risco.”


“As demais instituições dessa república — parte da tríade do poder — precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do ‘imperador imortal’.”
“A população, como árbitro supremo da atividade política, será obrigada a demarcar um rio Rubicão cuja ilegal transposição por um governante piromaníaco será rigorosamente punida pela sociedade. Por fim, assumindo o papel de escravo romano, ela deverá sussurrar aos ouvidos dos políticos que lhes mereceram seu voto: — ‘Lembra-te da próxima eleição!’”


https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2020/10/4885330-elogiada-por-militares-mensagem-de-rego-barros-reproduz-queixas-da-caserna.html?utm_source=push&&utm_medium=push

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Memento mori - Por Otávio Santana do Rêgo Barros

 


Foto: Divulgação internet

Legiões acampadas. Entusiasmo nas centúrias extasiadas pela vitória. Estandartes tomados aos inimigos são alçados ao vento, troféus das épicas conquistas. O general romano atravessa o lendário rio Rubicão. Aproxima-se calmamente das portas da Cidade Eterna. Vai ao encontro dos aplausos da plebe rude e ignara, e do reconhecimento dos nobres no Senado. Faz-se acompanhar apenas de uma pequena guarda e de escravos cuja missão é sussurrar incessantemente aos seus ouvidos vitoriosos: “Memento Mori!” — lembra-te que és mortal!

O escravo que se coloca ao lado do galardoado chefe, o faz recordar-se de sua natureza humana. A ovação de autoridades, de gente crédula e de muitos aduladores, poderá toldar-lhe o senso de realidade. Infelizmente, nos deparamos hoje com posturas que ofendem àqueles costumes romanos. Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião.

É doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais, com vistas a convencer-nos a depositar nosso voto nas urnas eletrônicas, são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais.

Tão logo o mandato se inicia, aqueles planos são paulatinamente esquecidos diante das dificuldades políticas por implementá-los ou mesmo por outros mesquinhos interesses. Os assessores leais — escravos modernos — que sussurram os conselhos de humildade e bom senso aos eleitos chegam a ficar roucos.

Alguns deixam de ser respeitados. Outros, abandonados ao longo do caminho, feridos pelas intrigas palacianas. O restante, por sobrevivência, assume uma confortável mudez. São esses, seguidores subservientes que não praticam, por interesses pessoais, a discordância leal.

Entendam a discordância leal, um conceito vigente em forças armadas profissionais, como a ação verbal bem pensada e bem-intencionada, às vezes contrária aos pensamentos em voga, para ajudar um líder a cumprir sua missão com sucesso.

A autoridade muito rapidamente incorpora a crença de ter sido alçada ao olimpo por decisão divina, razão pela qual não precisa e não quer escutar as vaias. Não aceita ser contradita. Basta-se a si mesmo. Sua audição seletiva acolhe apenas as palmas. A soberba lhe cai como veste. Vê-se sempre como o vencedor na batalha de Zama, nunca como o derrotado na batalha de Canas.

Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói! E se não há mais escravos discordantes leais a cochichar: “Lembra-te que és mortal”, a estabilidade política do império está sob risco.

As demais instituições dessa república — parte da tríade do poder — precisarão, então, blindar-se contra os atos indecorosos, desalinhados dos interesses da sociedade, que advirão como decisões do “imperador imortal”. Deverão ser firmes, não recuar diante de pressões. A imprensa, sempre ela, deverá fortalecer-se na ética para o cumprimento de seu papel de informar, esclarecendo à população os pontos de fragilidade e os de potencialidade nos atos do César.

A população, como árbitro supremo da atividade política, será obrigada a demarcar um rio Rubicão cuja ilegal transposição por um governante piromaníaco será rigorosamente punida pela sociedade. Por fim, assumindo o papel de escravo romano, ela deverá sussurrar aos ouvidos dos políticos que lhes mereceram seu voto: — “Lembra-te da próxima eleição!”

Paz e bem!

NOTA DO EDITOR: 

Otávio Santana do Rêgo Barros é general de divisão, já na reserva do Exército, ex-porta-voz  da Presidência da República, ex-comandante da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, em Juiz de Fora/MG, ex- chefe do Centro de Comunicação Social do Exército.