sábado, 6 de março de 2021
ENVELHECER - PARA REFLETIR
ARMAS EM FUNERAL - CAP QAO WILTON PEREIRA
No dia de ontem um excelente amigo nos deixou, nosso querido Cap Wilton.
Quem teve a honra e a oportunidade de conviver com ele na caserna, em especial no 4º GAC L Mth, sabe do que estou me referindo. Eu tive esta honra e agradeço a Deus por isso.
Pessoa do bem, sempre pronto para ajudar e servir a todos.
Uma pessoa diferenciada.
Vá em paz meu amigo, missão cumprida.
Velório no cemitério Parque da Saudade, capela 4, e sepultamento hoje às 16h.
Nossos sentimentos aos familiares e amigos.
sexta-feira, 5 de março de 2021
quinta-feira, 4 de março de 2021
NOVOS SOLDADOS DO EFETIVO VARIÁVEL INICIAM O SERVIÇO MILITAR NO 10º BIL MTH
No dia 2 de março do corrente ano, o 10º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha (10º BIL Mth), realizou a formatura de incorporação dos 125 jovens soldados do efetivo variável, dos quais 121 pertencentes ao Batalhão 4 do 4º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército (4º CGCFEx), para o cumprimento do serviço militar.
O "Décimo de Montanha" recebeu para a seleção complementar, jovens da cidade de Juiz de Fora e região. No período de 18 de janeiro a 26 de fevereiro, foram realizadas diversas atividades tais como: revisão médica e odontológica, entrevistas, verificação de aptidão física e testes de habilidades. O efetivo incorporado colabora com as atividades e missões da Unidade, bem como executa missões de apoio administrativo e de segurança.
A abertura do Portão das Armas, realizada pelo jovem João Pedro Mendes do Carmo, o mais novo dentre os incorporados, marcou o início da solenidade, que culminou com a participação dos novos soldados na formatura presidida pelo Comandante do Batalhão.
Crédito fotos: Sd Wendell
4º GAC L MTH REALIZA AULA INAUGURAL DO NÚCLEO DE PREPARAÇÃO DE OFICIAIS DA RESERVA
No dia 2 de março, foi realizada a aula inaugural para os novos alunos do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva (NPOR) do 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha (4º GAC L Mth), “Grupo Marquês de Barbacena”.
A aula foi ministrada pelo 1º Tenente R2 Bruno Malvaccini D' Almeida e Mendes, aspirante a oficial de Artilharia pelo NPOR/4º GAC L Mth em 1997, onde também serviu como oficial subalterno no Grupo e Instrutor do NPOR. Dentre os assuntos abordados, explorou a importância do Curso do NPOR para o fortalecimento das virtudes cívicas e morais dos futuros oficiais da reserva do Exército Brasileiro.
Crédito fotos: Sd Santos
4º GAC L MTH REALIZA SOLENIDADE DE INCORPORAÇÃO DOS RECRUTAS DE 2021
No dia 3 de março, o 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve de Montanha (4º GAC L Mth), “Grupo Marquês de Barbacena”, realizou a solenidade de incorporação do efetivo de 183 soldados selecionados para prestarem o Serviço Militar Inicial no corrente ano. A atividade foi presidida pelo Diretor do Campo de Instrução de Juiz de Fora/Centro de Educação Ambiental e Cultura (CIJF/CEAC), Coronel Ronaldo da Silva Pires.
Os soldados incorporados receberão instruções voltadas para a formação básica militar e para a qualificação dentro das diversas características de uma Unidade de Artilharia. Além disto, todos os militares serão capacitados para serem empregados nas operações em ambiente de montanha, por meio da realização do Estágio Básico do Combatente de Montanha.
Crédito fotos: Sgt Barela, Sd Weverson e Sd Santos
TÁVOLA REDONDA, UM EXEMPLO - POR OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS
Dez horas da manhã, em uma segunda-feira de ressaca, após um clássico do campeonato carioca com a vitória por 1 x 0 do Fluminense diante do Vasco. Dois sujeitos bem humorados se encontram na porta de um boteco, ali no Largo do Machado, famoso reduto da boemia carioca, e transcorre o seguinte diálogo:
- e aí cara, tudo bem?
- tudo bem, e você?
- levando né.
- pois é, tá difícil mesmo.
- e a família?
- tudo bem, e a tua?
- foi todo mundo embora. Não dava mais.
- que pena!
- domingo tem mengão, vamos torcer?
- vamos. Já vou cara, até mais.
Um outro sujeito sentado solitário em uma mesa próxima da entrada, já tendo tomado umas e outras, e para esticar papo, perguntou:
- conhece ele de onde?
- não conheço.
- não conhece?
- foi só para conversar. É assim mesmo gente boa. Ele não prestou atenção em nada do que eu disse, e eu não tenho a menor ideia do que ele me respondeu.
Essa típica conversa de botequim revela o espírito bonachão e irreverente do carioca. Ocorria diversas vezes, com os mais diversos personagens. Hoje não mais. O coronavírus fechou bares, lanchonetes, restaurantes, agora a conversa é por aplicativo. Ainda bem que eles existem e funcionam.
Poderíamos usá-la como paródia da amadora comunicação dos nossos governantes, no contexto de combate à pandemia do coronavírus.
As autoridades se habituaram a falar impensadamente qualquer coisa, com intenção de preencher o espaço narrativo na imprensa e nas mídias sociais. Elas estão na defensiva por total inabilidade na condução desta batalha.
A sociedade, por seu lado, entende qualquer outra coisa, desde que essa outra coisa não a prejudique e não a faça alterar os seus costumes diários. Ela é refém desses desatinos.
Nessa comunicação desestruturada, emitem-se (publicam-se) declarações pela manhã, para logo desfazê-las à tarde. Liga-se o celular em qualquer lugar, até mesmo dentro de carros em movimento, para transmitir um “laive”, justificando a repentina mudança de postura. Quanto mais rápido falar, mais rápido se é replicado pelos asseclas de plantão.
No dia seguinte, diante das manchetes dos jornais e comentários encolerizados no Twiter, Facebook ou WhatsApp com críticas aos desacertos, escala-se um culpado, afirmando, sem ruborizar, que foram distorcidos os comunicados.
Enquanto isso, números assustadores sobre o aumento de casos e de perdas em vidas humanas são expostos diariamente. Não se percebe vontade em alguns responsáveis de inserir-se no problema dos afetados. Chamamos a isso falta de empatia.
Tampouco se identifica a busca por soluções de consenso, discutidas em uma távola redonda, onde seriam depositadas as espadas da discórdia políticas, e se buscaria imediata ação pelo troca de opiniões e experiências pregressas.
Seria pedir-se demais?
A areia da ampulheta do tempo quase preencheu o bojo inferior. Hipnotizados, todos a olham fixamente. A ansiedade tomou corpo no corpo da sociedade.
Infelizmente, o trono de “alguns” encontra-se virado de costas para o desafio hercúleo que se faz presente. E o detentor, da janela de seu castelo, só tem olhos para a estrada que conduz à arena dos embates eleitorais futuros.
Repiquem os sinos, toquem os clarins, batam tambores, despertem todos deste pesadelo. O caminho está ficando intransitável com os corpos de vítimas da pandemia. Breve as palavras irrefletidas de nada servirão em defesa dos que as evocam.
Os caminhantes, mesmo os mais humildes, se negarão a trilhar a vereda, exigindo mais segurança, serenidade e estabilidade emocional dos gestores.
E se eles permanecerem insensíveis? Justiça neles (civil, penal, eleitoral, política)! É preciso fazê-los revelar-se fora de suas zonas de conforto.
Paz e Bem!
Otávio Santana do Rêgo Barros
General de Divisão R1
quarta-feira, 3 de março de 2021
TEN FERREIRA, CAPELÃO MILITAR, SE DESPEDE DA 4ª BRIGADA DE MONTANHA
Hoje, de modo restrito, foi a cerimônia de agradecimento pelos serviços prestados à 4ª Brigada de Montanha e despedida do nosso capelão Ten Ferreira.
Ele era Oficial Técnico Temporário e agora será oficial da ativa.
Está indo cursar a Escola de Formação Complementar do Exército, na cidade de Salvador/Bahia.
Deus o abençoe e o fortaleça nesta nova missão.
Obrigado Ten Ferreira por me acolher e me amparar na fé de Cristo na hora da maior dor de minha vida que foi o dia da perda de minha querida mãe. O senhor estará sempre em minhas orações e no meu coração.
Para frente e para o alto.
Montanha!
segunda-feira, 1 de março de 2021
CEL MALBATAN LEAL SE DESPEDE NO COMANDO DA 4ª BRIGADA DE MONTANHA
Por muitos anos tive a grata satisfação de conviver com o chefe e amigo Cel Malbatan Leal em diversas oportunidades e atividades no nosso querido Exército Brasileiro.Convive com ele quando foi o diretor do Campo de Instrução de Juiz de Fora, como chefe da Comunicação Social da 4ª Brigada de Montanha e na Força de Pacificação Arcanjo V.
Antes de ser o diretor do CIJF ele serviu no 10º Batalhão de Infantaria de Montanha, como capitão, tendo desempenhado as funções de comandante da 1ª Companhia de Fuzileiros e chefe da 3ª Seção, de 1992 a 1994.
Em agosto de 2013 se despediu do Serviço Ativo do Exército, onde prestou seus serviços por mais de 34 anos.
Juiz de Fora reconheceu o seu valor lhe concedendo o titulo de Cidadão Honorário por iniciativa do então vereador José Sóter Figueirôa, em 25 de abril de 2012.
Prezado Cel Malbatan, alguns amigos têm algo para falar para você nesse momento de despedida.
NOSSO GRITO DE GUERRA É MONTANHA!
Gen Bda JOÃO FELIPE DIAS ALVES
Cmt 4ª Bda Inf L Mth
Missão cumprida amigo Malbatan.
Muitas lembranças , a maioria de alegria, algumas de frustração, no entanto o balanço é de ganhos. Ganhos principalmente em amigos. Ao finalizar seu tempo na nossa brigada de montanha, não poderia deixar de cumprimentá-lo e agradecer seu apoio incondicional no momento em que eu estive à frente da nossa brigada. Momentos de elevado profissionalismo dos quais guardo especiais lembranças. Siga agora novos caminhos.
Seja sempre abençoado.
Do amigo
Gen Rêgo Barros, ex-comandante da 4ª Brigada de Montanha.
Sou suspeito para falar do Cel Malbatan, pois o considero um grande amigo. Serei breve, entretanto, terei que ser justo. O meu amigo Malba é o profissional que todo chefe quer ter em sua equipe. Ele equilibra, como poucos, a capacidade de assessorar com a capacidade de manter um ambiente de trabalho harmônico. Muito generoso com seus subordinados, ele é muito leal e honesto com seus chefes.
Foi um privilégio ter o Cel Malbatan em minha equipe; e foi uma honra desfrutar de sua amizade!
Desejo-lhe muita saúde e paz nesta nova etapa de sua vida!
Nosso grito de guerra é Montanha!
Gen Álcio Costa, ex-comandante da 4ª Brigada de Montanha.
Falar de um amigo é sempre um prazer, especialmente se ele é o grande Malbatan. Fomos contemporâneos na AMAN, tivemos experiências semelhantes de carreira, seja nos Batalhões de Infantaria, seja fora da força na Presidência da República. Admiro este profissional de escol por toda competência, dedicação e engajamento nas diversas missões que executou em prol do nosso EB. Sua fidalguia, modo afável e relacionamento fácil desenvolvidos durante a carreira, fizeram do Malba um vetor de comunicação social especial na vida das OM que serviu. Agradeço-lhe a amizade e lealdade com que me brindou nestes anos de convívio fraterno.
Montanha!
Gen Eduardo Paiva Maurmann, ex-comandante da 4ª Brigada de Montanha.
Acompanho a carreira do Cel Malbatan desde seus tempos de Cadete, no Curso de Infantaria da AMAN. Já ali se prenunciava sua sociabilidade, descortino, dedicação e capacidade profissional.
Já na Reserva, tive a satisfação de reencontrá-lo em Juiz de Fora, onde pude acompanhar seu empenho e operosidade no exercício do comando e nas atividades de assessoramento.
Cumprimento o prezado amigo pelo desempenho de sua desafiadora tarefa na Comunicação Social da nossa Brigada e formulo votos de muita felicidade. Abraço forte, Malbatan.
Cel Arthur Guerra, ex-comandante do 10º Batalhão de Montanha.
Cel Henrique, ex-chefe do Estado Maior da 4ª Brigada de Montanha.
Ao amigo Cel Malbatan, oficial a quem tenho a honra de conhecer desde minha formação, meu agradecimento pela forma sempre gentil com que sempre me tratou e pela amizade dispensada a mim e a minha família, em especial nesses últimos três anos em que tivemos a oportunidade de voltarmos a nos encontrar. Assim, desejo votos de muito sucesso em seus novos projetos pessoais e profissionais.
Cel Augusto Perez, ex-comandante do 4º Grupo de Artilharia de Montanha.
Empresário Marcos Saçço, proprietário dos Fogos Nicolino
domingo, 28 de fevereiro de 2021
VENCER A CORRENTEZA - POR OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS
As últimas semanas foram recheadas de acontecimentos que afrontaram o desejado equilíbrio entre os Poderes. Nada bom para o País.
Uma marcante característica da nossa República é a hegemonia do poder Executivo, detentor de muitas ferramentas de indução, até de pressão, para fazer valer seus objetivos políticos.
O mais claro desses alvos é a busca e a manutenção do poder. Aceito como natural esse apetite pelo mando (sucesso). Não há originalidade a quem demonstre essa tendência. Ressalto, entretanto, que os sinais dessa postura não devem se inclinar para o benefício de poucos, mas, ao revés, apontar para o amparo de todos.
A anomia moral que prevalece nesta Terra de Santa Cruz vem impactando o “andar da carruagem”, cujo passageiro é a sociedade tão sofrida.
Os cocheiros mostram-se imprudentes e negligentes ao escolherem o caminho mais acidentado e pouco iluminado que nos impede de discernir um futuro de estabilidade política com paz social.
Há poucos dias, um interlocutor, diante de minha aflição, me arguiu: quando se está no mar e somos tomados por uma forte correnteza, que opções podem ser adotadas? Camarada, ele adiantou: enfrentar a correnteza ou deixar-se levar.
Na primeira opção, as forças podem ser sugadas pelo esforço físico do embate e você perece sem alcançar a praia.
Na segunda, a correnteza pode levá-lo a tão longe que você perderá a referência, ficando incapaz de distinguir o contorno da praia.
A meu ver, nenhuma das alternativas deve ser adotada pelos que desejam sinceramente o bem do País.
Sozinhos não temos força para enfrentar o antagonismo da corrente. E se não tivermos força para enfrentá-la, ficaremos à deriva.
É necessário compreender o que se passa. Aliás, “compreender significa, em suma, encarar a realidade, espontânea e atentamente, e resistir a ela – qualquer que seja, venha a ser ou possa ter sido” (Hannah Arendt).
Resta-nos, como sociedade consciente de nossos anseios, assoprarmos os apitos de sobrevivência (lembram-se do filme Titanic) para que o som chegue a outros impactados do mesmo espírito de preservação.
Os gritos facilitarão a reunião. Juntos, reforçaremos o emocional. Traçaremos estratégias factíveis. Escoimaremos o pânico. Nos manteremos flutuando para enfrentarmos a astuciosa correnteza que teima em nos afastar de nossos anseios.
Ainda temos força e esperança. A praia está longe, mas à vista. E, sobretudo, percebe-se senso de urgência para a ação.
Paz e Bem!
Otávio Santana do Rêgo Barros
General de Divisão R1