Em janeiro de 1978, há exatos 41 anos atrás, passei pela primeira vez pelo Portão da Armas do 4º Grupo de Artilharia de Campanha, em Juiz de Fora/MG.
Ali tive minha formação como Oficial da Reserva R/2 do Exército Brasileiro, chegando até o posto de 1º Ten.
Durante todos estes 41 anos tivemos como ministros do Exército os generais Walter Pires, Leônidas, Tinoco (Leônidas e Tinoco foram meus comandantes de Brigada) e Zenildo. Com a criação do ministério da Defesa tivemos como comandantes os generais Gleuber, Albuquerque e Enzo (que tive o prazer de conhecer pessoalmente na Força de Pacificação Arcanjo IV, na época sob o comando do Gen Rêgo Barros).
Em fevereiro de 2015 nosso comandante do Exército passou a ser o Gen Villas Bôas, gaúcho de Cruz Alta, nascido em 07 de janeiro de 1951.
Sem termos ainda consciência ganhávamos naquele momento não só um comandante, mas, também, um estadista.
Seu carisma e liderança logo contagiou a todos nós.
Nestes meus 41 anos como integrante do Exército Brasileiro não havia visto um comandante tão próximo aos seus comandados e preocupado com todos nós, quer da reserva remunerada ou não. Ele nunca diferenciou ninguém.
Para ter um contato mais próximo com a sociedade civil criou um canal de comunicação intitulado "Fala Comandante" e para o público militar criou o "Palavra do comandante".
Preocupado com os militares que estão na reserva e que as vezes são esquecidos criou a Reserva Pró-Ativa onde reuniões são realizadas pelos comandos militares para integrar Ativa e Reserva Pró-Ativa. É um sucesso. Aqui em Juiz de Fora, sob o comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha, estas reuniões são realizadas periodicamente com um elevado comparecimento da Reserva Pró-Ativa que se sente motivada e prestigiada.
Teve participação ativa nas redes sociais através de postagens, quase diárias, pelo twitter. Sendo uma delas, em 03 de abril de 2018, com um recado certeiro quando todos se calavam em um momento de aflição da nação brasileira, um dia antes do julgamento do ex-presidente Lula. Sem citar o julgamento ou o ex-presidente escreveu:
"Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?"
Mas a vida ainda apresentaria mais uma barreira a ser vencida pelo bravo comandante: Foi acometido de uma grave enfermidade que restringiu as suas condições motoras, mas o comandante não se abateu, foi a público e informou a toda nação o que estava acontecendo. Quem o admirava passou a admirar ainda mais, se manteve a frente da tropa e a comandou até o dia 31 de dezembro de 2018. Neste momento é que separamos os homens dos meninos.
Para dar voz aos graduados criou o cargo de Adjunto de Comando, exercido por um subtenente, onde cada oficial comandante tem ao seu lado um representante dos praças sob suas ordens. Visão de futuro.
Sua atuação institucional foi sempre impecável e decisiva para mostrar a nação brasileira o papel que cabe os cidadãos fardados em um estado democrático de direito, estabelecendo limites que ele sempre tratou de deixar bem claro. Foi um comandante estadista.
Gen Villas Bôas, fica aqui registrado o meu muito obrigado, neste simples canal de comunicação, que foi criado por mim há mais de dez anos para dar voz as atividades desenvolvidas pela nossa 4ª Brigada de Infantaria Leve e levar informações diversas de interesse ao público militar.
O senhor nos mostrou o que é ser um comandante de fato e de direito, onde se encaixa a antiga frase " As palavras convencem, mas os exemplos arrastam."
O senhor não só nos comandou, mas também, mostrou a nação brasileira a força do nosso Exército sempre preocupado com tudo e com todos.
Gen Villas Bôas, a missão foi cumprida.
Desejo ao senhor um bom e merecido descanso junto a sua família e que Deus, em sua infinita sabedoria, possa recompensá-lo por ser esta pessoa de ilibada índole e sempre preocupado como bem estar de nossa nação.
Um forte abraço de seu eterno e agradecido subordinado.
Montanha!
Luiz Eduardo da Silva Schmitz
1º Ten R/2 Art - Turma de 79 do NPOR do 4º GAC
Acompanhei, desde 2010, os posicionamentos de nosso Comandante! Por graça divina, conseguia ver, sempre, nas entrelinhas, as palavras não ditas. Possivelmente, pelos anos em que lecionei Cultura Brasileira, no Curso de Letras, aprendi a ver o sentido subjetivo das sentenças, pela escolha e posicionamento das palavras, dentro delas. Então, entendia o alcance das mensagens e suas razões. Eram sempre de defesa da Nação, das Instituições, dos Valores Culturais, numa expressão de profundo Patriotismo. E, enquanto alguns Intervencionistas o criticavam, eu os revidava, tentando mostrar-lhes o que estava sendo defendido e pretendido. Hoje, não tenho palavras para descrever a alegria que sinto, por termos conseguido a volta dos Militares ao Poder, pelo Voto popular, sem margem para os mimimis e as Ações Jurídicas da Esquerda, cortando--he as chances de reverter nosso sonho, tornado rrslireal pela Estratégia brilhante, usada por nosso Comandante! Tudo, sem derramamento de sangue, sem instalação do caos e Reeducando os brasileiros do Bem, na vivência da Política. Amadurecimento, foi o que conquistamos nesta Reconquista de nosso Brasil, Verde Amarelo! De Herói e a Medalha que eu, uma simples mulher que ama sua Pátria, desde a tenra infância e que, hoje, vê todo o sofrimento passado, como a parte que me coube, de sacrifício para tornar seu sonho uma sagrada realidade! Deus o abençoe e recompense com a junção dos sentimentos de felicidade de cada um dos brasileiros do Bem. Maria Ivete Becker. Socióloga sob o N° 098, do CNT, Brasília, DF.
ResponderExcluir