A coluna Painel, da Folha, informa:
“Ministros do STF e o Palácio do Planalto reagiram com perplexidade diante da abertura da ação de cassação de mandato contra Dilma Rousseff pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ministros do Supremo que não atuam na Justiça Eleitoral avaliaram que a fragilidade política de Dilma é ‘sem precedentes’.”
Nunca antes na história deste país uma mulher sapiens esteve tão fragilizada.
“A cozinha do governo foi pega de surpresa com a maioria pró-investigação, apesar de a ministra Luciana Lóssio ter pedido vista – prazo com o qual auxiliares da presidente contavam.”
Sim: você leu direito. O governo contava com o pedido de vista de Luciana Lóssio. Como queríamos demonstrar, a ex-assessora da campanha de Dilma de 2010 cumpriu sua função de chutar a bola pro mato, quando a “ex”-chefe perdia de 4 a 1.
“O pedido de Henrique Neves [foto] para antecipar seu voto mesmo com o pedido de prazo enfureceu o entorno de Dilma. Palacianos lembravam que, há pouco tempo, o ministro estava em campanha ostensiva para ser reconduzido ao TSE.”
Traduzindo: os comparsas de Dilma Rousseff esperavam de Henrique Neves uma blindagem presidencial como retribuição política à sua recondução ao cargo em 14 de abril. Detalhes: é tradição no tribunal reconduzir o ministro cujo primeiro mandato venceu; e Dilma ainda levou seis meses para fazer isso com Neves.
Agora, os “palacianos” o atacam, jogando em sua cara a suposta ingratidão, como se fossem eles os donos do Estado brasileiro e credores dos servidores públicos. Essa gente tem de ser reconduzida à rua.
“As primeiras providências da ação de cassação devem ser solicitar material da Operação Lava Jato, de onde ministros acreditam que podem vir provas de crimes eleitorais da petista.”
Ótimo. Podem pedir, inclusive, as informações sobre os R$ 2 milhões repassados por Paulo Roberto Costa à campanha assessorada por Luciana Lóssio.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário