quinta-feira, 2 de maio de 2013

Local de novo autódromo no Rio é considerado de risco máximo, diz rádio



Autódromo de Deodoro
Autódromo de Deodoro
Crédito da foto: Divulgação
Militares dizem que terreno de autódromo em Deodoro é considerado zona“vermelha”, com muito risco de explosão
O terreno cedido pelo exército para a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, em Deodoro, zona oeste da cidade, tem granadas que podem lançar estilhaços a até um quilômetro de distância.
Segundo reportagem da rádio CBN, militares estimam que seriam necessários 18 anos para concluir a varredura do local, desmentindo o que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse no início do ano. Há granadas de morteiro, canhão, de mão e de artilharia, e também detonadores com cargas e minas terrestres no local. A área deverá ser entregue para licitação em junho.
Com mais de 30 anos de experiência, o capitão da marinha Teotônio Toscano, especialista em explosivos, desaconselha a construção de qualquer empreendimento no local. Segundo ele, se as máquinas atingirem os explosivos, podem ser causados ferimentos graves e até morte.
“Ali é uma região muito perigosa. Tudo o que tem ali é classificado como artefato não detonado, então é um local de risco máximo”, falou à rádio.
“É realmente muito perigoso começar uma obra de um autódromo que você vai entrar com bate-estaca e retroescavadeira, sem você esteja com absoluta certeza de que você está com o campo limpo para poder fazer isso”.
O terreno era usado como Centro de instrução e operações especiais do exército, conhecido como Centro de Treinamento do Camboatá.
Desde janeiro começou a descontaminação do terreno, e as explosões são diárias, segundo os moradores da região. A MotoGP é por enquanto a categoria internacional que demonstra maior interesse em sediar uma corrida na nova pista.

Um comentário:

  1. Pior do que isso. Antes de ser o CIOpEsp (hoje em Niterói) que é uma OM recente, lá foi um velho paiol de munição de canhão (obuseiros), morteiros e tudo o mais., Em 1958, se não me falha a memória, ele explodiu e, portanto, há muita munição enterrada pela explosão... Munição de morteiro 81mm, velha, com seus produtos químicos (naquele tempo usava-se fulminato de mercúrio em espoletas, hoje abandonado por químicas mais estáveis) deteriorados, são muito instáveis e sujeitas a explosões. Imagine a cena de um carro parando no pit stop para abastecer e de repente, BUUUUUUUUUUUM!

    Só no Brasil mesmo!

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