A Polícia Civil desmantelou um esquema de falsificação de cerveja e uma central clandestina de gravação de CDs e DVDs piratas durante operação da 5ª Delegacia, na manhã desta sexta-feira (28), no Bairro Linhares, Zona Leste. As adulterações eram feitas em duas residências da Rua Frederico Imbroisi. Enquanto os policiais cumpriam mandado de busca e apreensão na casa onde funcionava a pirataria de mídias, o suspeito de falsificar bebidas, que já era investigado, passou de carro em frente ao local e foi abordado. No porta-malas do veículo, havia garrafas de cerveja, e o homem, 43, foi conduzido até a residência dele para averiguação. Já na garagem, os policiais encontraram cerca de 20 engradados cheios e outros 30 com garrafas vazias, além de uma máquina para tampar os recipientes violados.
A suspeita é de que o morador comprava a bebida de marcas mais baratas, retirava o rótulo e tampa, que eram substituídos por outros de cerveja de qualidade superior, com valor mais alto de mercado. No segundo andar da casa, os investigadores localizaram sacolas que continham dezenas de tampinhas e rótulos, os quais, supostamente, seriam colocados nas garrafas adulteradas. Questionado pelos policiais, o suspeito revelou que os produtos falsificados eram comercializados em pequenas quantidades em estabelecimentos da região e transportados em seu próprio carro. Ele ainda informou que lucrava cerca de R$ 8 por cada engradado "montado". Peritos realizaram os levantamentos no local, e o homem foi levado para prestar declarações na sede da 5ª Delegacia, em Santa Terezinha.
10 mil CDs e DVDs
Durante a operação, os policiais apreenderam cerca de dez mil CDs e DVDs piratas e virgens no endereço onde funcionava a central clandestina de gravação. Em um cômodo do imóvel residencial havia uma espécie de laboratório de pirataria, com oito equipamentos de CPU de computador, cada um com dez gavetas para mídias. Ou seja, com o material seria possível fazer a cópia de 80 unidades por vez. Também foram recolhidas várias embalagens plásticas e capas de CDs e DVDs de música e filmes, inclusive 3D, com boa qualidade de impressão e semelhantes às originais. O produto gráfico seria adquirido em São Paulo. Dois suspeitos de fazerem parte do esquema, de 24 e 37 anos, foram conduzidos até a delegacia.
As investigações da Polícia Civil apontaram que as mídias piratas abasteciam o comércio ilegal da feira livre da Avenida Brasil e outros vendedores ambulantes que atuam em vários pontos da região central. "Nossa investigação apurou quem são os produtores do material pirata que abastecia a venda na cidade", destacou o titular da 5ª Delegacia, Rodrigo Massaud. Segundo ele, os objetos apreendidos vão ser encaminhados à perícia para comprovação do crime. Os homens detidos deverão responder por violação de direitos autorais, conforme o artigo 184 do Código Penal.
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