Dia após dia procurando abrigos,
e me vejo sozinho, sem amigos
aguardando o meu dia de Finados.
A vida que nos dá os seus recados,
que maltrata, que fere, dá castigos,
mostrará aos jovens que os mais antigos
também podem e devem ser amados.
Ela fará ver aos jovens de agora
que, no futuro, a sua ingratidão
terá uma paga muito cruel e forte.
E, lembrando-se dos velhos de outrora
Como eles, solitários estarão,
abandonados, esperando a morte.
Feliz aniversário para mim...
Soneto escrito a duas mãos, por mim e nosso saudoso Cláudio Coelho, em 30 de janeiro de 1992, em Cabo Frio, dia do aniversário do Cláudio. Hoje me lembrei dele, pois é meu aniversário e faço desse soneto o meu presente solitário.
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