terça-feira, 8 de outubro de 2019

O pulso militar na Itaipu


Se há um lugar no poder público federal deste Brasil de meu Deus onde se está pondo ordem na casa antes do que qualquer vã filosofia pudesse imaginar, é na porção brasileira da Itaipu Binacional. E olha que isso nada tem a ver com economia de energia apagando lâmpadas onde a luz artificial é desnecessária, mas com o clareamento absoluto da destinação de milhões e milhões de reais antes investidos para satisfazer aos interesses do compadrio. 

Em apenas sete meses, a diretoria comandada pelo general Joaquim Silva e Luna e composta por vários outros membros fardados operou coisas inimagináveis até para quem acompanha a história dessa empresa gigante desde a assinatura do tratado Brasil-Paraguai, no já a perder de vista 1971. 

A economia alcançada só nos primeiros 100 dias chegou a R$ 163 milhões, metade dos R$ 323 milhões necessários para bancar a segunda ponte entre os dois países - que, diga-se de passagem, teve sua construção iniciada em tempo recorde. 

Novos números oficiais não foram divulgados, mas hoje esse valor certamente é bem maior, engordado que foi, dentre outras ações, pelo início do cumprimento da promessa da nova direção de desmoronar o castelo mantido pela Itaipu em Curitiba sem uma justificativa plausível. 

Dos quase 150 empregados que lá estavam, 39 já mudaram de mala e cuia para Foz do Iguaçu, 11 aderiram ao PDV (Programa e Desligamento Voluntário), nove foram desligados, quatro retornaram a seus órgãos de origem e um simplesmente pediu as contas. Outros 76 têm prazo para migrar até 20 de janeiro de 2020, quando a Itaipu passará a ter na capital do Estado apenas um modesto escritório com quatro funcionários. 

Isso representará uma economia superior a R$ 200 mil mensais em aluguel e uma verdadeira fortuna em despesas com diárias e passagens aéreas, uma mamata que só em 2014 custou R$ 8,8 milhões. 

Em tempo: em toda a história da Itaipu, o general Silva e Luna é o primeiro diretor-geral brasileiro a morar em Foz do Iguaçu durante o exercício da função.

https://www.alertaparana.com.br/noticia/5768/o-pulso-militar-na-itaipu

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