Em aproximadamente 60 dias, a população recreiense sofreu com um colapso hídrico como nunca havia sofrido, acarretado pela intensa estiagem e por falta de recursos financeiros para investir na área. Diante da atual situação, o prefeito de Recreio, Zé Maria Barros, pleiteou na Secretaria de Estado de Cidades de Minas Gerais, os recursos para perfuração de poços artesianos e melhoria do sistema de fornecimento de água.
Em 2017, a crise chegou ao ápice com a publicação do decreto municipal nº 66/2017, assinado pelo prefeito no dia 16 de outubro, o qual decretou situação anormal em toda extensão territorial de Recreio provocado pela estiagem prolongada que reduziu os níveis de água acumulada nas bacias que abastecem a estação de tratamento. Esta condição foi caracterizada como de calamidade hídrica para que produzisse todos os devidos e legais efeitos. O documento pode ser prorrogado por 180 dias conforme a ocorrência dos fatos.
No manancial, localizado a 2 km da área urbana, na estrada da Serra das Virgens, a situação do reservatório chegou ao seu pior nível da história entre o final de outubro e início de novembro. Em alguns bairros, principalmente nas áreas mais altas, o fornecimento ficou comprometido. Por meio de redes sociais vários moradores se manifestaram e reclamaram da falta de água em seus reservatórios. A anormalidade hídrica em Recreio tem sido rotineira desde 2014. Naquele ano o racionamento foi adotado pela primeira vez, desde a criação do SAAE, em 1967.
Em menos de um ano à frente da Prefeitura Municipal, Zé Maria Barros, vivenciou um problema que deve permanecer durante toda a sua administração. Nos últimos meses foram várias medidas emergenciais: abertura de açudes de propriedade particular, recuperação de água que era desperdiçada na limpeza de filtros da Estação de Tratamento, instalação de bombas no manancial, dentre outros. Isso tudo em meio aos rompimentos de tubos da rede adutora em material de amianto de 50 anos atrás por tubos de PVC, em meio ao aumento das despesas do SAAE com gastos com pessoal, alimentação, combustível e energia elétrica para bombeamento dia e noite da pouca água que restava no manancial, a impaciência da população e os poucos recursos financeiros para investir na área.
Na terça-feira (14), o prefeito Zé Maria Barros entregou ao secretário de Estado de Cidades do Governo Fernando Pimentel, Carlos Murta, em Belo Horizonte, o projeto que pleiteia os recursos para perfuração de poços artesianos e melhoria no sistema de fornecimento de água. A expectativa é que nos próximos meses os recursos estejam disponíveis para iniciar a obra.
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