quinta-feira, 5 de maio de 2016

Banda Tenente Januário prepara comemoração de 80 anos de atividades ininterruptas

Integrantes da Banda lembraram de momentos históricos da bandaFoto: Jéssica Pereira
Conforme cantou Milton Nascimento em “Nos Bailes da Vida”, “Todo artista tem que ir aonde o povo está”. Seguindo o pensamento do cantor, a Banda Tenente Januário comemorará os 80 anos de atividades ininterruptas, e, para a comemoração, iniciou os preparativos e ensaios para duas apresentações para a população da cidade. O aniversário é no dia 12 de julho, mas as datas previstas para as apresentações são 2 de julho, na Praça João Pessoa, em frente ao Cine-Theatro Central, e a outra acontece no domingo, 30 de julho, no Parque da Lajinha.
A tradição da banda octagenária começou dentro da casa no bairro São Mateus, pertencente ao pai de um dos integrantes, conhecido como J Guedes, Joaquim Vicente Guedes.Ele foi o segundo maestro da banda e é um dos homenageados pelo grupo de músicos. O barracão no fundo do imóvel era o local em que os ensaios eram realizados, naquela época. Com o tempo, a Banda ganhou uma sede no bairro Paineiras e, para facilitar a participação, realiza os ensaios em um espaço da Orquestra Filarmônica. Outro integrante será honrado nas duas apresentações: o maestro Tim, apelido pelo qual era conhecido Walter Costa.
Apesar de ser uma banda civil, a tradição militar esteve presente desde a criação dela, tanto que o nome dela nasceu de uma divergência entre o primeiro maestro, Tenente Januário, com o Monsenhor Gustavo, que, à época, era responsável pela Igreja de São Mateus. “Ele morreu em 1939, se não me engano, portanto, ele ficou à frente da banda por três anos. Por conta daquele episódio e por esse trabalho, acabaram nomeando a banda como uma homenagem a ele”, exclama o tesoureiro da Tenente Januário, José Maurício Guedes.
Com o passar do tempo, muitos músicos passaram pela banda, como o maestro Jorge Rômulo da Silva, que é também arranjador, e, além dos dobrados militares, incorporou outras músicas ao repertório, como trilhas cinematográficas, Música Popular Brasileira (MPB), entre outras referências. “Além das músicas que integram a tradição, também estamos trabalhando com um repertório típico de orquestra, que também faz parte da homenagem aos dois maestros”, comenta Silva.
“Estamos muito empolgados. Esperamos que as pessoas compareçam e participem. Apesar das dificuldades financeiras, e das Bandas Instrumentais virem perdendo um pouco do espaço, sempre somos convidados para tocar em outras cidades, como Olaria, Goianá e Lima Duarte, que já se tornaram palcos habituais para nós. Também fazemos pelo menos uma apresentação anual na Praça do Paineiras, e é sempre muito bom”, comenta José Maurício Guedes.
A Banda deve levar entre 20 e 25 músicos para os cartões turísticos da cidade, e apresentará canções como Carinhoso de Pixinguinha, Papel de Pão, de Jorge Aragão, Strangers in the night, de Frank Sinatra, Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, entre outras. A apresentação inclui os sons do saxofone alto, saxofone tenor, trombone, clarinete, tuba, bombo, caixa, prato e eventualmente bateria e guitarra.
Guedes agradeceu ainda o apoio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), a qual ajuda a banda dentro de Juiz de Fora, pois esta não tem recursos para custeio de apresentações.
http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/3012-banda-tenente-januario-prepara-comemoracao-de-80-anos-de-atividades-ininterruptas
Nota do editor: Meu avô, José Pedro da Silva, tocou por mais de vinte anos na banda. Já no alto dos seus 90 anos já não podia mais carregar seu instrumento, tocava contrabaixo ou tuba, então eu e meu primo José Luiz Benatti o acompanhava em suas apresentações para conduzir o instrumento. Os dois últimos maestros que me lembro foi o senhor Dornellas  e o Tim, e a banda ensaiava em uma garagem em sua casa no início da rua Espirito Santo. Tempos bons. Parabéns a banda Ten Januários pelos 80 anos.
Minha avó Idelzuita e meu avô José Pedro da Silva

Na apresentação da banda em homenagem as comemorações dos 60 anos de casados de meus avós, a banda tocou no quintal de sua casa.

Na sua sede na rua Espírito Santo, tendo ao fundo o maestro Tim e seu famoso trompete.

Maestro Dornellas, meu avô Ruy Schmitz e meu avô José Pedro da Silva. Ao fundo, a direita, o olhar curioso de meu primo José Luiz Benatti 

Minha saudosa tia Nilza Benatti, meus avós e minha mãe Manoelina da Silva 





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