Questionado sobre novos atrasos, secretário Helvécio Magalhães diz que “ainda não se sabe” (Beto Novaes/Em/D.A) Press
Quatro dias após o Governo de Minas admitir que o pagamento dos salários dos servidores estaduais referentes ao mês de dezembro de 2015 seriam quitados com atraso, em nota divulgada no último sábado, o Estado evita falar sobre novos contingenciamentos nos próximos meses. Após confirmar que o pagamento integral dos subsídios será efetuado no dia 13 de janeiro, e-mail encaminhado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão à reportagem afirma que “informações sobre os outros meses serão divulgadas nas próximas semanas”. A possibilidade de novos atrasos, contudo, não foi descartada pelo próprio secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, em discurso replicado pela imprensa de Belo Horizonte. “Ainda não se sabe (quando será pago o salário em fevereiro). Temos condições de pagar integralmente (o salário) em janeiro e fevereiro”, disse Magalhães, conforme divulgado pelo jornal “O Tempo”.
O titular do Planejamento também não descartou a possibilidade de que, nos próximos meses, o Governo opte pelo escalonamento do pagamento dos salários dos servidores. “Todas as alternativas estão sendo estudadas,” resumiu. Segundo a nota oficial da Administração estadual, o atraso se deve às dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado, destacando a queda na arrecadação do ICMS. Magalhães reforçou que há ainda um problema de fluxo de caixa. “O salário de dezembro tem uma coisa atípica, que está dentro do nosso planejamento, que é o 13º terceiro. A postergação é para ter a primeira entrada do decênio do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que entra no dia 10. O ICMS é muito significativo. É o imposto mais líquido que temos.”
O contingenciamento não ecoou bem nas representações dos servidores estaduais. Em nota, o diretor administrativo do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos-MG), Claudio Utsch, relatou indignação e questionou a maneira como a gestão do governador Fernando Pimentel (PT) tem dialogado com o funcionalismo. “É desrespeitoso publicar uma nota em um sábado à tarde, em meio um feriado nacional, avisando os servidores sobre o atraso no pagamento.” Para o sindicalista, a postergação no pagamento do subsídio para o dia 13 gera transtornos para a categoria, já que janeiro é um mês quando os profissionais precisam arcar com despesas como “IPTU, IPVA, matrícula e materiais escolares, entre outros”.
http://www.tribunademinas.com.br/salario-de-servidor-pode-ter-novo-atraso/
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