MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CNOR PARA O DIA DO OFICIAL R/2
O Comandante do Exército, através da Portaria nº 429, de 18 de julho de 2006, em atendimento a uma proposta do Conselho Nacional de Oficiais da Reserva, instituiu o DIA DO OFICIAL R/2. A data escolhida - 4 de novembro - marca o nascimento do TenenteCoronel Luiz de Araújo Correia Lima, idealizador dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva do Exército Brasileiro.
Nascido em Porto Alegre no ano de 1891, Correia Lima era filho do General de Divisão Gonçalo Correia Lima e de D. Ana Correia Lima. Cursou o ensino fundamental no Colégio Militar de Porto Alegre. Sentou praça no exército, como soldado, em 26 de setembro de 1907, no extinto 17º Batalhão de Infantaria, na época sediado em Porto Alegre. Aprovado em concurso para a Escola Militar, foi aluno destacado. Em 1916 casou-se com a senhora Marina de Sousa Melo, com a qual teve cinco filhos. Oficial da arma de artilharia, Correia Lima, militar estudioso e inteligente, exerceu com brilhantismo inúmeras comissões no exército. Na Primeira Guerra Mundial participou da vigilância da costa brasileira na região do Rio Grande, integrando o 17º Grupo de Artilharia. Lutou contra os revoltosos de 1924, incorporado ao 1º Grupo de Artilharia Pesada.
A Primeira Guerra Mundial deixara a evidência que, além dos praças reservistas, era necessário que os exércitos formassem oficiais da reserva para exercer o comando de pequenas frações de tropa. Assim, em 1919, surgiu o ROTC do exército americano. No Brasil, em 1920, com o advento da missão militar francesa, foram feitas algumas tentativas isoladas de formar oficiais da reserva da arma de artilharia com alunos da Escola Politécnica. Mas somente graças aos esforços do Capitão Correia Lima - que visitava fardado as universidades em busca de apoio no meio acadêmico - o exército criou, em 22 de abril de 1927, o CPOR do Rio de Janeiro, primeiro do sistema OFOR, sediado inicialmente no quartel do 1º Regimento de Artilharia Pesada Curta, mais tarde denominado 21º Grupo de Artilharia de Campanha, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro.
Não quis o destino que o bravo militar - primeiro comandante do CPOR - vivenciasse o acerto dos seus ideais. Então major, aos 39 anos, Correia Lima, foi morto na defesa de seu comando no 1º Grupo do 9º Regimento de Artilharia Montada, em Curitiba, atacado pelos revoltosos de 1930. Nesse mesmo ano, em 13 de outubro, foi promovido post-mortem, por bravura, ao posto de tenente-coronel.
A Segunda Guerra Mundial comprovou as teses de Correia Lima. A Força Expedicionária Brasileira incorporou 433 oficiais R/2 entre os seus 1070 oficiais subalternos. Dos 12 oficiais combatentes tombados no cumprimento do dever, a metade era da reserva. O único militar febiano condecorado pelos Estados Unidos com a Distinguished-Service Cross foi o 1º Ten R/2 Convocado Apollo Miguel Rezk, “por extraordinário heroísmo em ação, comando inspirado e persistente coragem.”
CONSELHO NACIONAL DE OFICIAIS DA RESERVA (antigo Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil) Fundado em 22 de Abril de 1997 Sede Nacional: Rio de Janeiro (Quartel do CPOR/RJ) Rio de Janeiro - São Paulo - Belo Horizonte - Recife - Petrópolis - Pelotas - Cuiabá - P. Grossa - Brasília J. Pessoa - Maceió - Belém - Manaus - Curitiba - C. Grande - Vila Velha - Fortaleza - Joinville - Goiânia Av. Brasil, 5292 - Rio de Janeiro (RJ) - CEP 21040-361 Tel. (21)2560-6584; (21)98187-1558 www.cnor.org.br * cnor@cnor.org.br
Na paz e na guerra os herdeiros de Correia Lima estão presentes na história militar brasileira. Em tempo de paz, completando as necessidades da Força. Na guerra, cumprindo seu dever e, muitas vezes, oferecendo à Pátria o seu bem maior. Na data de hoje, os Tenentes estão de volta à caserna. De onde, verdadeiramente, nunca se afastaram. O exército, para todos nós, será sempre a extensão da casa paterna. Como soldados, nada pedimos além do reconhecimento de nossa orgulhosa condição de militares da reserva.
O exército nos acolhe ainda meninos e nos transforma, além de oficiais, em cidadãos bem formados e em líderes. Estamos presentes em todos os segmentos da sociedade brasileira. Geralmente em situação de relevância. Muitas vezes em posição estratégica. Mas sempre prontos para as missões que nos forem destinadas. A bipolaridade de nossa formação civil/militar, de quando em quando, nos impõe este retorno: para despoluir as nossas mentes; para fortalecer a capacidade de resistir; para remuniciar nosso arsenal cívico na luta por melhores dias, em busca de novos rumos, na defesa de uma Pátria soberana, desenvolvida, livre e democrática. Como diz a nossa canção, “somos a reserva atenta e forte”.
ESTAMOS ATENTOS E CADA VEZ MAIS FORTES E COESOS.
Ao Comandante do Exército Brasileiro, reiteramos e renovamos nossa gratidão e a mais profunda lealdade.
BRASIL!
Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2015
SÉRGIO PINTO MONTEIRO - 2º TEN R/2 ART
PRESIDENTE DO CNOR
Aos companheiros R/2 da guarnição de Juiz de Fora, Zona da Mata e Campo das Vertentes, desejo os meus parabéns pela data de hoje, tão marcante para todos nós que temos a pele verde oliva.
Sei que que neste momento está ocorrendo, nas dependências do 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve, uma solenidade comemorativa, pois fui informado por diversos companheiros que receberam o convite, mas como não fui convidado não irei, pois não posso estar presente em um local que não me querem.
Fui o idealizador, criador e um dos fundadores da AJOREx - Associação Juizforana de Oficiais da Reserva do Exército, hoje AORE/JF, mas parece que nem isso sensibilizou os organizadores da solenidade comemorativa na cidade de Juiz de Fora. Vida que segue.
MONTANHA!
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