Trabalhadores da Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) em Juiz de Fora questionam ações de cortes de gastos feitos pela empresa no início deste mês, dentre elas, a não renovação do seguro de vida e a venda de casas funcionais onde moram parte dos funcionários. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plásticos de Juiz de Fora e Região (Sinquifar), o Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) pode ser acionado. Em novembro, a entidade irá se reunir com representantes dos sindicatos dos municípios de Itajubá (MG), Magé (RJ), Piquete (SP) e Rio de Janeiro, onde estariam ocorrendo ações similares, para trabalharem em conjunto.
O presidente do Sinquifar, Scipião Júnior, informou que foram feitas “tentativas amigáveis” para reverter a situação. “O retorno da diretoria é sempre o mesmo, de que estão cortando os gastos. O problema é que, para isso, estão prejudicando o trabalhador com uma série de ações que vão desde o corte do café da manhã até a venda das casas em que eles moram.” Segundo ele, são cerca de 70 unidades. Scipião diz que é grande a preocupação também com o fim do benefício do seguro de vida. “Estamos falando de uma indústria bélica, que mexe com artigos explosivos.”
Procurada pela Tribuna, a Imbel reiterou que as ações foram motivadas por corte de gastos. Sobre o seguro de vida, a empresa declarou que “não configura uma obrigação legal por parte do trabalhador, exceto para os guardas patrimoniais e estagiários que tiveram o benefício mantido”. O assessor de relações institucionais Malbatan Leal ressaltou que “continua vigendo o pagamento do auxílio-funeral a todos os trabalhadores” e “aqueles que são expostos a situações de risco recebem gratificação de periculosidade”.
Sobre a venda das casas funcionais, a empresa informou que “trata-se de um patrimônio oneroso, cujos custos de manutenção são extremamente elevados” e que as unidades estão “sendo oferecidas para venda, prioritariamente, aos atuais moradores e demais empregados da fábrica”. Hoje as casas abrigam 52 famílias de empregados da Imbel.
http://www.tribunademinas.com.br/imbel-vende-casas-funcionais/
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