Renê Matos luta por orçamento próprio (Alexandre Dornelas)
A reabertura do ambulatório e a busca por maior autonomia são algumas das prioridades do novo diretor do Hospital Regional Doutor João Penido, Renê Matos, conforme afirmou em entrevista à rádio CBN Juiz de Fora. Fechado desde abril do ano passado, o ambulatório da unidade tem sido alvo de constantes manifestações de moradores da região Nordeste, principalmente do Bairro Grama, onde está localizada a instituição.
A comunidade alega falta de atendimento de urgência e emergência nas proximidades, obrigando os moradores a se deslocarem até as unidades de pronto atendimento (UPA) dos bairros São Pedro, na Cidade Alta; Santa Luzia, na região Sul; e Nova Era, na Zona Norte. Renê afirma que está trabalhando para que a reabertura aconteça o mais rápido possível. “Como o hospital é regional, os municípios têm que se manifestar favoravelmente. Vamos discutir com os secretários de saúde e com o gestor da Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), mas ainda não temos prazos.”
Segundo o diretor, o retorno dos atendimentos de porta aberta depende de alguns fatores. Um deles é a finalização das obras do centro de tratamento intensivo (CTI), que foi transferido para o local onde funcionava o ambulatório de forma provisória. A previsão é que o setor esteja funcionando em cem dias. “Além disso, existia um quadro de profissionais que atendia essa parte do hospital. Esse pessoal foi realocado. Vamos ter que analisar como será feita essa readequação.”
A busca por maior autonomia também está entre as prioridades de Renê. “A Fhemig pretende fazer com que as unidades tenham vida própria. Hoje, eu reporto quase tudo a Belo Horizonte. Mas a ideia é que o hospital trabalhe com orçamento próprio. Para isso, é preciso que sejam repassados recursos suficientes, para abastecer o sistema de compras e de obras. Isso nos daria maior agilidade para gerir o hospital.”
O diretor lembra que a instituição é referência como maternidade, possuindo CTIs neonatal e pediátrica. No entanto, enfatiza as dificuldades de administrar a rede SUS e lidar com os usuários. “Por exemplo, se alguém da minha família tem um problema de saúde, isso gera um estresse. Eu vou querer o melhor e quero aqui e agora. E, às vezes, não tem como. Administrar esse sistema complexo é muito difícil.” O João Penido conta com 200 leitos e mais de mil funcionários.
http://www.tribunademinas.com.br/novo-diretor-pretende-reabrir-ambulatorio/
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