Telespectadores flagraram alteração com fita crepe em dois veículos.
Responsável pela empresa Ansal já foi ouvido pela Polícia Civil.
Um telespectador de Juiz de Fora enviou à produção do MGTV uma foto de uma placa adulterada com fita crepe de um ônibus urbano da empresa Ansal. O registro foi feito na tarde desta terça-feira (3). No mesmo dia, o MGTV já havia mostrado outra placa adulterada da mesma empresa, em um ônibus que fazia a linha Santa Paula.
De acordo com a Polícia Civil, o gerente da Ansal foi ouvido na manhã desta quarta-feira (4) e alegou que o procedimento não foi feito dentro da empresa. Na manhã desta quarta, o G1entrou em contato com a Ansal, mas foi informado que o responsável só estaria no local após às 14h para conversar com a reportagem. À tarde, a equipe ligou novamente e foi informada que o responsável havia ido à empresa, mas tinha saído.
De acordo com a Polícia Civil, o gerente da Ansal foi ouvido na manhã desta quarta-feira (4) e alegou que o procedimento não foi feito dentro da empresa. Na manhã desta quarta, o G1entrou em contato com a Ansal, mas foi informado que o responsável só estaria no local após às 14h para conversar com a reportagem. À tarde, a equipe ligou novamente e foi informada que o responsável havia ido à empresa, mas tinha saído.
No caso flagrado pelo telespectador, a placa original tem o número 3589. Porém, a placa traseira foi alterada com fita crepe e passou a ser 3588. De acordo com o telespectador, o carro é de número 140 da empresa Ansal e, no dia da foto, atendia ao Bairro Marumbi.
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Já na reportagem que foi ao ar na terça-feira, outro telespectador também tirou fotos e enviou para a produção do telejornal. A equipe do MGTV esteve no ponto final e constatou que realmente a placa da linha Santa Paula tinha uma fita crepe para modificar o número zero, que passou a ser oito. Na ocasião, o motorista disse desconhecer a adulteração. Já o gerente da empresa também negou que isto tenha sido feito na própria garagem.
Em nota, a Secretaria de Trasporte e Trânsito (Settra) informou que o veículo 140 já recebeu vistoria há 20 dias e não foi constatada nenhuma modificação. Já o outro carro está programado para passar pela vistoria ainda nesta semana. A pasta destacou ainda que o processo de fiscalização é minucioso e que toda a estrutura dos ônibus é verificada, não havendo nenhuma possibilidade de qualquer alteração passar despercebida. Ainda no caso da linha 140, a Settra constatou que a placa adulterada (HDI 3588) recai em um outro ônibus da própria empresa Ansal.
Crime
A adulteração das placas fere também o Código Penal e o de Trânsito. De acordo com a delegada de trânsito da Polícia Civil, Patrícia Ribeiro, o gerente da empresa Ansal foi ouvido na manhã desta quarta-feira. "Ele alega que o procedimento não foi feito dentro da empresa, uma vez que não há interesse nenhum nessa adulteração de placa", disse.
Ainda segundo a delegada, serão ouvidos ainda o motorista e outras testemunhas para identificar o autor da alteração. "A pena seria de três a seis anos de prisão. Sabemos que na data que o fato foi flagrado, o veículo teria saído de dentro da empresa. Por isso estamos vendo se é feita uma fiscalização na saída do carro, na troca de motorista e nos locais de parada para ver a real responsabilidade da Ansal", finalizou Patrícia Ribeiro.
http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2015/03/policia-investiga-placas-adulteradas-em-onibus-de-juiz-de-fora.html
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