Debates iniciais giraram em torno da participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato
AE
Em meio às expectativas sobre as denúncias de envolvimento de políticos na Operação Lava Jato, deputados instalaram nesta manhã a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara. Os trabalhos serão presididos pelo peemedebista Hugo Motta (PB) e a relatoria será do ex-ministro da Pesca e das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ).
Em plenário lotado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato. Ele pediu a destituição dos parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão Motta e Luiz Sérgio. Valente aproveitou para registrar a candidatura à presidência da CPI.
Em seguida, parlamentares rebateram o questionamento, alegando que as doações são legais e que não se pode colocar em dúvida a postura dos deputados que as receberam. "Não há doações que tenham sido feitas às escuras", disse o líder do André Moura (SE). "A questão de ordem do deputado Ivan Valente tem toda razão de ser", pontuou o líder do PPS Rubens Bueno (PR).
O foco da CPI é investigar as irregularidades na Petrobrás entre 2005 e 2015, denúncias de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o objetivo de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o afretamento de navios de transporte, plataformas e sondas e apurar supostas irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e venda de ativos da Petrobras na África.
A CPI tem 27 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser realizados em 120 dias.
Em plenário lotado, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento eleitoral das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato. Ele pediu a destituição dos parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras estão Motta e Luiz Sérgio. Valente aproveitou para registrar a candidatura à presidência da CPI.
Em seguida, parlamentares rebateram o questionamento, alegando que as doações são legais e que não se pode colocar em dúvida a postura dos deputados que as receberam. "Não há doações que tenham sido feitas às escuras", disse o líder do André Moura (SE). "A questão de ordem do deputado Ivan Valente tem toda razão de ser", pontuou o líder do PPS Rubens Bueno (PR).
O foco da CPI é investigar as irregularidades na Petrobrás entre 2005 e 2015, denúncias de superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades com o objetivo de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o afretamento de navios de transporte, plataformas e sondas e apurar supostas irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e venda de ativos da Petrobras na África.
A CPI tem 27 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser realizados em 120 dias.
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