05 de Julho de 2014 - 07:00
Por Tribuna
O Minas Láctea, considerado o principal evento laticinista da América
Latina, com movimentação estimada em R$ 200 milhões em negócios, não
será realizado este ano.
Apesar de a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ter chegando a anunciar a data de 18 a 20 de novembro para a feira, tradicional no mês de julho em Juiz de Fora, nesta sexta-feira (4), por meio de comunicado, foram oficializadas a transferência da próxima edição para 2015 e a mudança da periodicidade, de anual para bienal.
Nesta sexta, a Tribuna tentou contato com o chefe geral do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), Leandro Viana, sem êxito. Segundo a assessoria, ele estaria em trânsito. O posicionamento divulgado foi que, em reunião realizada quarta-feira entre diretoria executiva e representantes do empresariado expositor, ficou decidido que a próxima edição acontece em julho de 2015. "Baseada na vontade, expressa por votação, da grande maioria dos expositores, o evento passará também a ser bienal." A informação é que o período de julho, a cidade de Juiz de Fora e o Expominas "devem ser mantidos". Sobre perdas econômicas decorrentes das alterações, a posicionamento é que a intenção é "minimizar quaisquer impactos".
Conforme a assessoria, todos os expositores foram convidados, além de terem sido informados de que as decisões tomadas pela maioria dos presentes seriam acatadas. "Muitas empresas que não puderam comparecer na reunião manifestaram-se oficialmente sobre a vontade de adiamento e bienalidade do evento." A Epamig considera que a decisão tomada será a melhor opção para "garantir o habitual sucesso do evento".
Insatisfação
Assim como o anúncio da perspectiva de adiamento, em maio, a transferência para 2015 e a mudança de periodicidade provocou insatisfação entre empresários da cidade. O presidente da Associação Comercial, Aloísio Vasconcelos, comentou que irá se encontrar com o chefe geral do ILCT na segunda-feira para tratar do assunto. "Não podemos aceitar passivamente, porque gera prejuízo grande para a cidade." Segundo ele, o empenho será para reverter o quadro. "É uma conquista de Juiz de Fora, que não podemos abrir mão."
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)/Regional Zona da Mata, João de Matos Neto, também foi convidado para o encontro. Segundo ele, o anúncio causa estranheza, já que o empresariado desconhecia que estas possibilidades estavam sendo cogitadas. Na avaliação de João, não cabe à entidade discutir assuntos técnicos com a Epamig, mas ele vê com tristeza a decisão. "É um evento bem consolidado, cuja comercialização de espaços acontecia com facilidade, e que movimenta o cenário local, em termos de hospedagem e alimentação fora do lar."
Desde a criação do então Congresso Nacional de Laticínios, há mais de 40 anos, nunca houve a terceirização do evento. Para a Epamig, no entanto, o modelo de concessão é o mais adequado para "assegurar agilidade e qualidade à logística do Minas Láctea e também para que pesquisadores e acadêmicos foquem na troca de conhecimento tecnológico".
O evento
O Minas Láctea reúne seis eventos: Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq); Exposição de Produtos Lácteos (Expolac); Concurso Nacional de Produtos Lácteos; Fino Paladar e Lac'Ideia, além do Congresso Nacional de Laticínios. Em 2013, o público chegou a 14 mil pessoas nos três dias de evento, alta de 16% ante o ano anterior.
http://www.tribunademinas.com.br/economia/minas-lactea-deste-ano-e-cancelado-1.1476053
Apesar de a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ter chegando a anunciar a data de 18 a 20 de novembro para a feira, tradicional no mês de julho em Juiz de Fora, nesta sexta-feira (4), por meio de comunicado, foram oficializadas a transferência da próxima edição para 2015 e a mudança da periodicidade, de anual para bienal.
Nesta sexta, a Tribuna tentou contato com o chefe geral do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), Leandro Viana, sem êxito. Segundo a assessoria, ele estaria em trânsito. O posicionamento divulgado foi que, em reunião realizada quarta-feira entre diretoria executiva e representantes do empresariado expositor, ficou decidido que a próxima edição acontece em julho de 2015. "Baseada na vontade, expressa por votação, da grande maioria dos expositores, o evento passará também a ser bienal." A informação é que o período de julho, a cidade de Juiz de Fora e o Expominas "devem ser mantidos". Sobre perdas econômicas decorrentes das alterações, a posicionamento é que a intenção é "minimizar quaisquer impactos".
Conforme a assessoria, todos os expositores foram convidados, além de terem sido informados de que as decisões tomadas pela maioria dos presentes seriam acatadas. "Muitas empresas que não puderam comparecer na reunião manifestaram-se oficialmente sobre a vontade de adiamento e bienalidade do evento." A Epamig considera que a decisão tomada será a melhor opção para "garantir o habitual sucesso do evento".
Insatisfação
Assim como o anúncio da perspectiva de adiamento, em maio, a transferência para 2015 e a mudança de periodicidade provocou insatisfação entre empresários da cidade. O presidente da Associação Comercial, Aloísio Vasconcelos, comentou que irá se encontrar com o chefe geral do ILCT na segunda-feira para tratar do assunto. "Não podemos aceitar passivamente, porque gera prejuízo grande para a cidade." Segundo ele, o empenho será para reverter o quadro. "É uma conquista de Juiz de Fora, que não podemos abrir mão."
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)/Regional Zona da Mata, João de Matos Neto, também foi convidado para o encontro. Segundo ele, o anúncio causa estranheza, já que o empresariado desconhecia que estas possibilidades estavam sendo cogitadas. Na avaliação de João, não cabe à entidade discutir assuntos técnicos com a Epamig, mas ele vê com tristeza a decisão. "É um evento bem consolidado, cuja comercialização de espaços acontecia com facilidade, e que movimenta o cenário local, em termos de hospedagem e alimentação fora do lar."
Licitação foi frustrada
Em maio, a Epamig anunciou a possibilidade de adiamento do evento por três motivos: a Copa do Mundo, o período eleitoral e a inviabilidade de parceria com iniciativa privada. Em janeiro, havia sido publicado edital de concorrência pública para a concessão de parte da "Minas Láctea 2014". A concessão incluiria os serviços de administração, gestão financeira, fiscal e jurídica, comercialização, segurança, comunicação e marketing, dentre outros. O anúncio da empresa vencedora estava previsto para março. Apesar de a instituição ter afirmado, anteriormente, que não houve empresas privadas interessadas na concorrência, em maio o posicionamento era que os interessados não apresentaram os requisitos de qualificação técnica necessários. "Infelizmente, a licitação não foi bem-sucedida, nenhuma das empresas atendeu os requisitos técnicos pedidos. Esse processo foi concluído no primeiro semestre deste ano, já muito próximo à data do evento, o que inviabilizou sua preparação e realização", afirmou a entidade nesta sexta.Desde a criação do então Congresso Nacional de Laticínios, há mais de 40 anos, nunca houve a terceirização do evento. Para a Epamig, no entanto, o modelo de concessão é o mais adequado para "assegurar agilidade e qualidade à logística do Minas Láctea e também para que pesquisadores e acadêmicos foquem na troca de conhecimento tecnológico".
O evento
O Minas Láctea reúne seis eventos: Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq); Exposição de Produtos Lácteos (Expolac); Concurso Nacional de Produtos Lácteos; Fino Paladar e Lac'Ideia, além do Congresso Nacional de Laticínios. Em 2013, o público chegou a 14 mil pessoas nos três dias de evento, alta de 16% ante o ano anterior.
http://www.tribunademinas.com.br/economia/minas-lactea-deste-ano-e-cancelado-1.1476053
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