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Adilson Mattos, de Juiz de Fora, ressalta intercâmbio cultural e respeito de europeus dentro de quadra. Sobre a Copa, ele é patriota: ‘Preferi dizer que estava tudo certo’
Ao centro, Adilson Mattos apitou o Mundial de Futsal na Itália (Foto: Reprodução/Arquiivo Pessoal)
Convidado pela Federação de Esportes Escolares de Minas Gerais (FEEMG) e pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar, Adilson é o brasileiro que apitou mais vezes um mundial. O árbitro, que esteve presente em Fortaleza, em 2007, revela que ser novamente indicado para um campeonato deste nível mostra o reconhecimento do trabalho.
– É a coroação de uma carreira. Fico muito feliz, estou orgulhoso. Ser lembrado novamente por entidades tão sérias para apitar um mundial é algo gratificante para mim – afirmou Adilson, que foi um dos dois brasileiros que estiveram na arbitragem na Itália.
Á
esquerda e em pé, Adilson Mattos esteve ao lado da Seleção Brasileira
de futsal, campeã na categoria masculina (Foto: Givaldo Batista)
Adilson participou de jogos, tanto na categoria masculina, quanto na feminina. Entre os principais, ele apitou as quartas de final no masculino entre Holanda e Inglaterra e foi árbitro anotador na decisão do feminino, entre Turquia e Finlândia, onde as turcas se sagraram campeãs. Mesmo com as várias línguas utilizadas no torneio, com seleções de várias partes do mundo, o árbitro afirma que tudo foi calmo. De acordo com ele, o respeito com o qual os europeus e outros estrangeiros tratam a arbitragem facilita o trabalho.
– É outra coisa. Apitei jogos de seleções de vários continentes e é incrível o tratamento com os profissionais do apito, muito diferente do que vemos no Brasil e nos países sul-americanos em geral, onde geralmente temos dificuldades para levar os jogos – declarou Adilson, que disse não ter tido problemas de comunicação com outros árbitros, nem com a aplicação da regra.
INTERCÂMBIO CULTURAL E COPA DO MUNDO
Quem pensa que o Mundial de Futsal Escolar teve só bola, apito e quadra está muito enganado. Durante a competição, houve um momento dedicado apenas ao intercâmbio cultural. Segundo Adilson Mattos, esta foi uma das melhores partes da experiência.
– Havia um espaço na agenda apenas para confraternização entre as delegações. Os alunos e confederações levaram alguns objetos, alguns típicos, outros não, e fizeram trocas. Foi algo muito legal, pela descontração e pelo crescimento individual que esse intercâmbio proporciona – afirmou.
O fato da Copa do Mundo acontecer no Brasil também foi tema durante o mundial. A proximidade do evento fez com que Adilson Mattos fosse bastante assediado por colegas e chefes de delegações a respeito da competição. Mesmo sabendo das dificuldades encontradas pelo país para organizar o torneio mais importante do futebol mundial, Mattos adotou uma postura otimista.
– Era óbvio que eles me perguntassem a respeito. Preferi dizer que estava tudo certo. Não entrei muito no mérito das questões pedidas pela Fifa e preferi deixar o tom pejorativo e críticas fora disso – disse, bem humorado.
http://globoesporte.globo.com/mg/zona-da-mata-centro-oeste/noticia/2014/05/arbitro-mineiro-volta-de-mundial-na-italia-com-visao-diferente-sobre-futsal.html
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