A quinta-feira, 17 de abril, já era o primeiro dia de um feriadão de uma semana, que vai até a quarta-feira dia 23, o que explicou o pequeno número de convidados.
Chegaram alguns antigos comandantes que passaram pelo tapete vermelho tradicional diante do Pavilhão de Comando, com a Guarda de Honra vestida com os uniformes históricos da Segunda Guerra Mundial.
Cheguei cedo, praticamente junto com o amigo Rafael Sayão, editor da formidável Revista Operacional, que já chegou distribuindo a de número 4 e que, coincidentemente, tem um artigo sobre as Fortalezas Históricas da Baía de Guanabara.
Como devem ter notado, este Editor já estava com saudades de voltar ao velho aquartelamento, desde a troca de Comando, quando o Coronel Lima foi para Brasília, assumindo o TC Simão que encontramos ontem na passagem de Comando da AD/1.
E falando de AD/1, seu Comandante, General Leonel, chegou para seu primeiro compromisso como Comandante daquela GU, e, também por coincidência, ainda hospedado como mencionou no Hotel de Trânsito do Imbuí (ou Imbuhy como gostamos de usar na grafia antiga) enquanto aguarda a liberação da residência oficial.
Por pior que seja estar ainda fora de “sua casa”, tenho certeza que o privilégio de ficar alguns dias hospedados naquele pedacinho de paraíso não deve estar de todo incomodando o Chefe e seus familiares...
Falo como “habitué” daquela praia e da cantina do Amorim, onde o Alexandre, o garçom, já nos serve há 15 anos...
Mas, deixando tais divagações e voltando para a formatura, logo nos dirigimos para o pátio Praça Presidente Médici, onde os convidados foram ocupando seus lugares nos palanques e a tropa aguardava com boa postura e apresentação.
Estava pensando como foi bom rever os amigos, os Majores Pimentel, Cenci, Baker e Vasconcellos e o Capitão Serra, meu Xará “Luiz Eugênio” que dava uma “dura” repassando a postura da Guarda de Honra, quando ouvi anunciarem que se aproximava do palanque, o General Zambão (antigo Comandante e irmão do CMG de mesmo nome que comandava a Base Naval de natal no Rio Potengi quando lá ocorreu um ENOREX) acompanhado do General Leonel, Comandante da Artilharia Divisionária Cordeiro de Farias cujo comando assumiu ontem (leia aqui) e do Tenente Coronel Célio Simão da Cruz, Comandante do 21º Grupo de Artilharia de Campanha.
Foram prestadas as honras militares ao General de Brigada João Batista Bezerra Leonel Filho e na sequencia, o Major Pimentel, Subcomandante do Grupo, apresentou a tropa e foi autorizado a prosseguir.
Foi cantada a canção do 21 GAC e em seguida, os Generais Zambão e Leonel acompanhados do Comandante, colocaram flores no busto do Barão do Rio Branco.
Foi lido pelo Tenente Coronel Simão um texto alusivo aos 278 de tantas histórias deste Grupo que retrata, desde 1701, a História do Brasil.
Em seguida ouvimos as palavras do General Leonel que elogiou a postura da tropa, ali imóvel no sol por bem uma hora, falando da importância da identidade do soldado e do cidadão, não a identidade no cartão com nome e dados e sim dos valores éticos e morais de nossa educação familiar, o que tanta falta faz nos dias atuais.
Ao final tivemos o tradicional desfile à pé e motorizado com os poderosos Obuseiros de 155 mm e, quando já pesávamos ter a solenidade terminado surgiu ela, como nos bons tempos...
Lá no início do pátio de desfile estava ela surgindo, garbosa com seus vistosos uniformes escoceses, e vinham tocando suas já conhecidas gaitas de fole tendo o Mestre Gaiteiro à frente: a Banda Brazilian Pipers, descoberta pelo Comandante sucedido e que, pelo que vemos, se incorporou com tantas, às tradições desta histórica Unidade.
Mas estava diferente. Os nossos olhos acostumados a detalhes nada deixam passar. A Banda estava mais profissional, mais treinada, com duas “balizas” ladeando e evoluindo ao lado do Mestre Gaiteiro além de novos instrumentos.
Como sempre, pararam diante do palanque, o J. Paulo, Mestre Gaiteiro se apresentou e pediu permissão para uma demonstração, autorizado pelo General Leonel...
E assim, terminou mais uma linda manhã, naquele lugar preservado por Deus, uma reserva intocada de Ipês Amarelos de uma fatia preservada de mata Atlântica, cuidada por aqueles sentinelas da Baía.
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