Por: Chailon Conceição 02/02/2014
Em quatro praias de Niterói, produtos como água mineral, água de coco e refrigerante podem sofrer alterações de até 100% de um lugar para outro
Nesses dias ensolarados de verão, a praia tem sido uma ótima saída refrescante para os niteroienses. No entanto, quem deseja desfrutar desse programa e aliviar esse calor escaldante já pode preparar o bolso. É que nesta época do ano até a água de coco tem ficado mais salgada. Isso porque, além dos preços elevados, eles têm variado conforme a localidade. Ao percorrer quatro das 13 praias da cidade, constatamos que produtos como água mineral, água de coco e refrigerantes podem sofrer alterações de até 100% de um lugar para outro.
Na praia de Itacoatiara, localizada na Região Oceânica de Niterói, sendo uma das mais frequentadas pela juventude, uma garrafa de água mineral 600 ml sem gás, nos dias úteis, custa cerca de R$3. Na orla de Camboinhas podemos encontrar o mesmo produto sendo vendido por R$4. Já na praia de Itaipu os valores variam entre R$5 e R$ 6. Uma diferença de 100% em relação ao valor mínimo encontrado. Em uma rede de supermercado por exemplo, o produto é vendido por menos R$ 1,50. De acordo com os banhistas, muitos turistas acabam pagando porque não têm opção ou porque não sabem o valor real do serviço ou produto.
Usuária constante das praias da cidade, Daniele Macedo conta que tem se assustado com inflação nas praias causada justamente pelas altas temperaturas que atingiu o Estado do Rio nas últimas semanas.
“Tem coisas que realmente estão mais abusivas, outras porém, se mantiveram caras como sempre. A verdade é que não dar mais para vir à praia com pouco dinheiro. Outro dia mesmo acabei consumindo em torno de R$90 em bebidas sem notar que estava gastando tudo aquilo”, ressalta.
Mas não é somente a água mineral que tem sido alvo de críticas dos visitantes. Desfrutar de uma água de coco gelada pode custar R$ 5 em Itaipu e até R$6 nas demais áreas. Um refrigerante lata 350 ml pode sair a R$ 4,50 na praia de Itacoatiara e R$6 reais em Camboinhas. O preço da cerveja latão 473 ml, por exemplo, varia entre R$6 reais nos quiosques de Piratininga e R$7 na orla de Itacoatiara. “O turista tem que sair para viajar já preparado”, comenta o compositor, Nelson Melo, se referindo ao valor das cervejas.
O aluguel de cadeiras e guarda-sóis também está inflacionado na avaliação dos banhistas e visitantes. Grande parte dos proprietários dos quiosques não admitem, mas de acordo com os turistas em Itaipu, a consumação mínima no local para usufruir do benefício é de R$40. Já em Itacoatiara é possível encontrar ambulantes que alugam uma cadeira com sombreiro a R$15.
Os quiosqueiros e comerciantes dos produtos de bebida e comida nas praias justificaram os valores como repasse do custo do produto aumentado pelos fornecedores. “Estamos com um preço razoável, até porque manter um quiosque tem lá uma série de custos que temos que pagar como luz, água, taxas da Neltur, contadores e por aí vai”, explica Cayo Martins, garçom e sócio de um quiosque em Camboinhas.
Cobrança ilegal para ducha em chuveirinhos de Camboinhas
Se antes os visitantes podiam contar de forma gratuita com as duchas oferecidas pelos concessionários de quiosques na orla de Niterói, agora essa realidade é um pouco diferente. De acordo com os banhistas, em Camboinhas, os poucos quiosques que ainda oferecem o chuveiro como opção para tirar o sal ou excesso de areia do corpo, têm cobrado um taxa de utilização entre R$ 2 e R$ 3. A alegação dos comerciantes é que o serviço foi “terceirizado” e que o chuveiro, agora, só funciona com fichas.
Alguns proprietários de quiosques revelam que não estão mais autorizados a oferecer o chuveirinho, muito menos cobrar por ele. Mesmo assim, O FLUMINENSE flagrou quiosques que ainda disponibilizam o serviço em Camboinhas.
A Prefeitura de Niterói informou, por meio da Secretaria de Ordem Pública (Seop), que a cobrança de banho de chuveiro em qualquer praia não é permitida. A Seop afirmou que vai fiscalizar esse tipo de prática e notificar proprietários de quiosques que estejam praticando a cobrança.
Ordem – Foi iniciada este mês um novo choque de ordem da operação “Verão”, coordenada pela Seop com o objetivo de coibir as irregularidades nas praias de Niterói.
Antes da realização da operação em Charitas foi solicitado a cada proprietário de quiosque que removesse os itens que estavam em desacordo com o código de posturas do município e do Termo de Ajustamento de Conduta, como placas, toldos, vasos de plantas, guarda-sóis e geladeiras.
De acordo com a Seop, para a Praia de Charitas, ficou estabelecido que cada quiosque poderia utilizar no máximo 15 conjuntos de mesas e cadeiras. Todos os materiais recolhidos foram encaminhados para o depósito da Seop, no Barreto. Outras praias da cidade devem receber a operação nos próximos dias.
http://www.ofluminense.com.br/editorias/cidades/precos-salgados-na-orla-de-niteroi
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