O presidente do Ibram, Angelo Oswaldo Araújo Santos, homenageado, falou em seu discurso de agradecimento, à sobremesa, das múltiplas ações do Ministério da Cultura, a começar pelo Cadastro Nacional de Museus, já reunindo 3.300 museus.
Angelo comemorou a assinatura, no último dia 18, da regulamentação do estatuto de museus, pela presidenta Dilma Rousseff, com forte atuação neste sentido da ministraMarta Suplicy, atendendo ao anseio dessa expressiva comunidade museológica, que, como ele bem disse no início de seu speech, abrange cerca de 3.300 instituições mapeadas pelo Ibram, fato muito importante, que representa a consolidação do Instituto Brasileiro de Museus.
No entusiasmo, que é próprio dele, e desde sempre, o homem das Minas Gerais, que tem sua história cultural intimamente ligada à preservação de Ouro Preto, falou do Museu da Moda, cuja obra de restauro, aos cuidados da Espírito Santo Cultura, visitou naquela manhã em São Cristóvão, antiga residência da Marquesa de Santos e do Barão de Mauá, e ficou impressionado com o progresso dos trabalhos.
Disse da importância de haver um museu da moda no Brasil e da parceria na implantação desse museu com o Instituto Zuzu Angel.
Diante de Douglas Fasolato, diretor do Museu Mariano Procópio, ali presente, lembrou que aquele deverá a ser o primeiro museu a entrar na categoria de Museu Nacional,com coleção nacional, prevista no novo estatuto dos museus.
Angelo Oswaldo lembrou o projeto da criação de um museu de percurso, de grandes coleções, ligadas pela Estrada União Indústria, passando por Petrópolis, chegando a Juiz de Fora, onde se situa o Mariano Procópio.
Enfim, foram tantas e tão boas notícias, ouvidas e assistidas por aquela plateia exclusiva, selecionada, de gente da cultura, pela cultura e para a cultura nacional, que não precisarei relacionar quem lá estava, pois as fotos falam por mil palavras.
Eram colecionadores do quilate de Gilberto Chateaubriand; diretoras de museu da estatura de Magali Cabral e Heloísa Aleixo Lustosa; curadoras com o prestígio e a sensibilidade de Vanda Klabin; artistas plásticos consagrados como Carlos Vergara; saber Jurídico das artes como os dos advogados colecionadores João Maurício de Araújo Pinho, do Rio, vice-presidente do MAM, e Modesto Carvalhosa, de São Paulo, onde presidiu o Patrimônio Histórico e foi o responsável pelo tombamento dos Jardins. De São Paulo, também, o diretor do Museu da Cidade de São Paulo (o Solar da Marquesa de Santos), Afonso Luz, cujo cargo abrange a direção de mais 13 unidades museológicas de São Paulo, inclusive a OCA. O Beco do Pinto, o Monumento à Independência, a Casa do Tatuapé, a Casa do Sertanista e a Casa do Bandeirante, no Butantã. O homem tem fôlego, juventude e competência.
Sem esquecer a competência do Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca, que tem dado grande impulso à abertura do Museu da Imagem e do Som, nesta fase final de obras, e todo o primeiro time da equipe da Secretaria de Estado de Cultura, de Adriana Rattes, ausente por motivo de doença na família.
E já que o assunto é o Instituto Zuzu Angel e sua coleção de moda, com seu importante acervo museológico, lá estavam nossas grandes damas da elegância e da moda,Carmen Mayrink Veiga, importante doadora, Lilibeth Monteiro de Carvalho, também doadora fundamental, e Lourdes Catão.
Um jantar que há de ser lembrado quando for escrito o livro sobre a História Museológica da Moda Brasileira.
Em tempo: o Instituto Zuzu Angel acaba de emprestar ao costureiro Hubert de Givenchy um modelo de seu acervo, da Coleção Carmen Mayrink Veiga, para ser exposto na grande retrospectiva que haverá ano que vem sobre o costureiro na cidade de Madri, na Espanha.
Fotos de Sebastião Marinho
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