quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pontes de Juiz de Fora precisam de manutenção, diz engenheiro

As primeiras foram construídas na década de 20.
Segundo Prefeitura, vistoria realizada em julho não encontrou problemas.

Do G1 Zona da Mata

ponte Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)Uma das novas pontes fica perto da Praça dos
Poderes  (Foto: Reprodução/TV Integração)
A região central de Juiz de Fora tem mais de dez pontes, sendo que muitas foram construídas no início do século passado e a infraestrutura não atende mais às necessidades do trânsito e fluxo de pedestres. Contudo, segundo a Secretaria de Obras, uma vistoria já foi realizada em julho de 2013 e nenhum problema estrutural foi constatado. Atualmente, outras duas são construídas com um orçamento de R$ 12 milhões. Porém, já vão ser implantadas com tempo de vida útil restrito.
As primeiras pontes da cidade foram planejadas na década de 20. Para evitar o desgaste, elas precisam de manutenção constante e preventiva. De acordo do engenheiro Eduardo Monteiro de Castro, cada ponte leva em conta as características da época em que foram planejadas. "Os tipos de veículos, de transporte e fluxo eram completamente diferentes. Atualmente, ela atende o movimento da cidade, mas foi projetada para as características de outra época”, disse.
Na Ponte da Praça da Estação são duas pistas, em sentido único, que estão em bom estado de conservação. Perto do local, na Ponte Antônio Carlos, a pista é mais estreita e não há proteção para dividir pedestres e veículos. Uma queixa comum é o acesso na cabeceira das pontes. Calçadas irregulares também incomodam os pedestres.
A Ponte Nelson Silva, em frente à Regional Leste, tem a base metálica e precisa de manutenção diferente. A fiação está exposta e algumas partes apresentam ferrugem. A junção da cabeceira também está desgastada. “Pelo que estamos vendo, falta manutenção de junta na pavimentação”, enfatizou o engenheiro Eduardo Monteiro.
Já na ponte de acesso ao Bairro de Lourdes, os veículos fluem normalmente e existe divisão para pedestres. Mas conforme o engenheiro, a estrutura não segue critérios de acessibilidade. Um problema recorrente em todas as pontes.
Segundo a assessoria da Secretaria de Obras, uma vistoria foi realizada nas pontes em julho deste ano e a fase agora é de elaboração de projetos. Em 2014, uma captação de recursos será feita para que em 2015 os serviços sejam executados. A assessoria ressaltou ainda que na última vistoria realizada nenhum problema estrutural foi constatado.
Duas novas pontes estão sendo construídas perto do Clube Tupynambás, no Bairro Santa Tereza, e na Praça dos Poderes, próximo à Prefeitura. O projeto de obras viárias é baseado no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e no de Transporte Urbano (PDTU). Esse plano teve estudos feitos há mais de 13 anos, quando as demandas da cidade eram outras. Por isso, o principal questionamento é se essas pontes, previstas há mais tempo, hoje são necessárias no ponto onde serão instaladas. De acordo com o chefe do Departamentos de Projetos da Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra), Marcelo Valente, as análises foram realizadas em 2011. “Os estudos foram feitos em 2011 e realizados a partir desses dados. Porém, pensando em uma transposição do rio com a ferrovia”, explicou.
A previsão da Prefeitura é de que as obras fiquem prontas em fevereiro. No entanto, como todo projeto viário, o serviço tem um prazo de validade. “Isso tudo tem um horizonte de projeto que, daqui a um tempo, já vai estar saturado. Logo terão outros projetos para cumprir com esse papel de aliviar o trânsito”, finalizou Marcelo Valente.

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