segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Polícia e fiscais fazem megaoperação e cercam feira da Av. Brasil

10 de Novembro de 2013 - 13:18


Alvo da ação foram os produtos piratas e contrabandeados; funerária que funcionava de forma clandestina foi fechada, e armas foram encontradas no local

Por Guilherme Arêas

Atualizada às 15h22 
Mais de 200 policiais militares e 50 fiscais da Secretaria de Atividades Urbanas (SAU) fizeram um cerco à feira da Avenida Brasil e ao entorno, na manhã deste domingo (10). A operação resultou na apreensão cinco toneladas de materiais diversos, como roupas, calçados e óculos. Mais de 3 mil mídias piratas e 715 pacotes de cigarro, além de maços avulsos também foram apreendidos. Armas também foram encontradas, e seis pessoas foram detidas. As fiscalizações e abordagens começaram por volta das 9h e se estenderam até o início da tarde. Foram ocupados tanto as pistas da Avenida Brasil na margem esquerda do Rio Paraibuna, onde funciona a chamada feira legalizada, quanto o outro lado da via, conhecido pelo mercado negro.
Uma funerária que funcionava de forma clandestina foi interditada pela SAU. Macas, materiais para embalsamar corpos e caixões foram encontrados pelos fiscais. No local, que fica na Rua Padre Júlio Maria, ainda foram apreendidos um morteiro de uso exclusivo das Forças Armadas, um revólver calibre 22, um simulacro de uma espingarda, além de uma besta, arma parecida com uma espingarda, com um arco de flechas acoplado. O dono do estabelecimento foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Ele ainda será autuado pela situação da funerária.
De acordo com o comandante da 3º Companhia de Missões Especiais (CME) da Polícia Militar, tenente-coronel Edelson Gleick, não é possível relacionar o material encontrado na funerária com a venda de armas na Avenida Brasil. É comum entre os suspeitos presos com armas de fogo em Juiz de Fora a justificativa de que os objetos foram comprados na feira clandestina. Inclusive essa explicação teria sido dada, na última sexta-feira (8), pelo adolescente de 16 anos que confessou ter matado com um tiro na nuca o taxista Marcelo Luna Alvarenga, de 33 anos. “Não dá para afirmar se esse é um discurso mais fácil. Mas temos a convicção de que algumas armas podem ter sido compradas aqui mesmo”, explica o tenente-coronel. “Este lado da feira é irregular e onde também ocorrem alguns crimes e contravenções, como a venda de mídias piratas e cigarros, normalmente provenientes de contrabando ou descaminho, e há também denúncias sobre a venda de armas”, completa.
 
 
Ruas de acesso fechadas
 
Durante a operação deste domingo, ruas que dão acesso à feira foram fechadas pelos policiais militares. Quem entrava ou saía do local precisava ser revistado. Entre os produtos apreendidos estavam óculos, tênis, camisas, cigarros e mídias piratas. O material lotou um ônibus e seria levado para a Polícia Federal.
Ruas no entorno da feira também foram alvo da operação
 
Segundo a chefe do Departamento de Fiscalização da SAU, Graciela Marques, todo o comércio feito na margem direita do Paraibuna pode ser considerado irregular. Mas como a apreensão de todos os produtos demandaria uma ação além da capacidade operacional do setor, “o foco da operação foram os produtos piratas e aqueles que podem causar algum tipo de prejuízo à saúde do consumidor”. Caso seja confirmada a irregularidade dos objetos vendidos, os proprietários serão autuados. Já os que comprovarem a situação regular poderão solicitar os materiais de volta. Conforme Graciela, algumas barracas já haviam sido mapeadas com antecedência pelos fiscais.
Lado onde funciona a feira legalizada também foi abordado
 
Por parte da PM, participaram homens da 3ª Companhia de Missões Especiais (CME), do 2º Batalhão, da Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário (IndMat), além do apoio do helicóptero Pégasus da Companhia de Radiopatrulhamento Aéreo (Corpaer).
Cigarros contrabandeados e mídias piratas apreendidos pela PM seriam levados para a Polícia Federal
http://www.tribunademinas.com.br/cidade/policia-e-fiscais-fazem-megaoperac-o-e-cercam-feira-da-av-brasil-1.1376997

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