quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Família de idosa que morreu em Juiz de Fora denuncia negligência do hospital

Mulher era medicada desde a semana passada e morreu em Juiz de Fora.
Direção do hospital irá instaurar processo administrativo para apurar caso.


Família de paciente que morreu em hospital reclama de negligência (Foto: Reprodução/TV Integração)Família de paciente reclama de negligência
(Foto: Reprodução/TV Integração)
A família de uma idosa que morreu no Hospital Doutor João Felício, em Juiz de Fora, está revoltada e alega negligência dos profissionais e precariedade dos equipamentos. O velório ocorreu na manhã desta terça-feira (26) no Cemitério da Glória. Direção do hospital informou que abriu um procedimento administrativo para apurar os fatos.
A família explicou que a idosa de 63 anos estava sendo medicada desde a semana passada e, na sexta-feira (22), ficou internada, mas não recebeu o atendimento necessário. “Falaram que tinha que ser um neurologista para avaliar o caso dela, mas até segunda-feira o médico não tinha aparecido”, contou o marido da idosa, Luiz do Nascimento.
Na tarde desta segunda-feira (25), a idosa engasgou enquanto se alimentava. A equipe médica foi chamada, mas não conseguiu reanimar a vítima. A família disse que ela apresentava secreções, mas durante o final de semana nenhum médico ou enfermeira fez a limpeza. O filho Gutemberg Barbosa do Nascimento, que estava com ela na hora da crise, reclama da precariedade dos equipamentos, principalmente de dois desfibriladores, que não teriam funcionado. “Nenhuma tomada do quarto funcionava. Segundo a pessoa que estava internada com a minha mãe, ela tinha até mudado de quarto porque no outro estava chovendo e a campainha não funcionava”, completou.
De acordo com os familiares, houve dificuldade na liberação do atestado de óbito já que os médicos de plantão não quiseram assinar o documento. A família registrou o momento em que uma atendente ligou para direção do hospital para tentar resolver a situação, dizendo que ela não tinha que resolver, mas apenas fazer a ligação. “O hospital disse que já tinha dado baixa no sistema. Disse que, como a minha mãe já tinha falecido, que o prontuário não existia mais”, contou o filho. O documento foi liberado seis horas depois quando foi registrado um boletim de ocorrência.
A direção do Hospital João Felício disse que um processo administrativo será instaurado para apurar as denúncias apontadas pela família. No entanto, adiantou que, em nenhum momento, a paciente deixou de ser assistida pela equipe médica da unidade. O hospital também negou que algum equipamento tenha apresentado problemas no funcionamento. Sobre o tempo para liberação do atestado de óbito, a direção alega ser normal ocorrer atrasos.

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