15 de Outubro de 2013 - 14:28
Por Sandra Zanella
A detenção de um flanelinha de 28 anos, realizada por um delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, 39, no final da manhã desta terça-feira (15), causou tumulto no Bairro São Mateus, Zona Sul. Comerciantes e moradores da região da Rua Comendador Francisco Brandi ouvidos pela Tribuna afirmaram que o policial, que estava de folga, chegou a realizar no local dois disparos para o chão. Ao ser questionado pela reportagem, no entanto, o delegado não confirmou as informações. "Só prendi o homem que tentou me assaltar", afirmou. A ocorrência mobilizou, pelo menos, três viaturas da Polícia Militar, que foram deslocadas para o endereço após denúncia de disparos em via pública. Ninguém ficou ferido.
Segundo informações do boletim de ocorrência registrado pela PM, o delegado havia deixado a filha para uma consulta e, quando estava manobrando o carro, foi abordado pelo suspeito, que teria pegado no punho de um facão que estava em sua cintura e anunciado o assalto. Ainda conforme o registro policial, o motorista conseguiu arrancar com o veículo, impedindo o roubo, e seguiu para o posto da PM no São Mateus, onde forneceu os dados para o registro da ocorrência de tentativa de assalto. A suspeita era de que o homem armado com faca havia fugido pela Avenida Itamar Franco e entrado na Rua Santo Antônio. Ao sair do posto, entretanto, o delegado retornou à Francisco Brandi e viu novamente o suspeito de tentar assaltá-lo. O homem foi abordado pelo policial e contido no local até a chegada da PM. Um facão que, conforme policiais militares, estaria dentro de uma bolsa pertencente ao suspeito, foi apreendido. O homem se apresentou à PM como flanelinha e disse que apenas havia pedido ao policial para tomar conta do carro dele.
De acordo com moradores e comerciantes da área, ao sair de seu veículo, o delegado teria começado a ameaçar o flanelinha. Em seguida, ele teria sacado a arma e atirado duas vezes contra o chão. "Este guardador atua nesta área há muitos anos e nunca nos trouxe transtornos. Jamais soubemos de casos de ameaça ou coação. Temos uma relação amistosa, e alguns comerciantes, inclusive, fornecem lanche a ele", disse um homem que vive no local há 15 anos e pediu para não ser identificado.
O caso foi encaminhado para o plantão da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, onde todos os envolvidos iriam prestar depoimento.
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