quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Postos policiais desativados em Juiz de Fora deixam moradores inseguros

No Alto dos Passos, eles lavaram o posto vazio para cobrar segurança.
PM diz que tem adotado novas estratégias em substituição aos postos.

Do G1 Zona da Mata

Moradores limpam posto policial abandonado em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)Moradores limpam posto policial abandonado em
Juiz de Fora  (Foto: Reprodução/TV Integração)
A desativação gradual de alguns postos de policiamento em Juiz de Fora tem causado insatisfação. Para mostrar que estão insatisfeitos, moradores se reuniram para lavar a estrutura, com água e sabão. O ato simbólico foi feito para cobrar mais segurança e questionar a inutilização de um espaço que deveria ser reservado à segurança.
Um dos postos fica no cruzamento das avenidas Rio Branco com a Brasil, no Bairro Manoel Honório. Ele está sem a presença dos policiais, trancado e vazio. Já no Parque Halfeld, o posto não existe mais. A estrutura, que havia sido doada por uma siderúrgica, foi retirada.
No Bairro Alto dos Passos, o posto foi implantado em 2005 e, segundo o  comerciante Juliano Botti, funcionou por pouco tempo. Eles disse que a desocupação do espaço acabou contribuindo para o aumento da violência no local. Agora pede o retorno do policiamento, que funcionava como uma referência na região. "O posto é patrimônio público. Ele está abandonado há oito anos e toda a sociedade do Alto dos Passos necessita urgente de um policiamento 24 horas. O posto tem que ser ocupado e a polícia sabe disso, o prefeito, todo mundo sabe," cobrou.
Sobre a desativação dos postos, a assessoria da Arcelor Mittal informou à produção do MGTV que fez a doação do posto há cerca de oito anos e não recebeu nenhum comunicado de retirada da Polícia Militar. A Votorantim Metais também foi procurada pela produção, mas não retornaram o contato.
De acordo com o assessor de comunicação do 2º Batalhão de Polícia Militar (PM) de Juiz de Fora, tenente Marcelo Alves, a PM tem adotado novas estratégias em substituição aos postos de observação e vigilância. "Nós temos utilizado a base comunitária móvel, que amplia o raio de atuação gerando maior visibilidade e atingindo o objetivo principal: a prevenção criminal", explicou.
Ainda segundo o Tenente Marcelo Alves, essa base comunitária móvel é composta por um veículo, três motos e bicicletas. "O carro possui computador com acesso à internet, o que permite o registro imediato do Boletim de Ocorrência", garantiu. 

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