Turunas do Riachuelo e Real Grandeza dizem não ter verba suficiente.
SAU interditou escolas por falta de documentos exigidos pela legislação.
Faltando um pouco mais de quatro meses para o Carnaval de 2014, as quadras das escolas de samba ‘Real Grandeza’ e ‘Turunas do Riachuelo’ estão interditadas em Juiz de Fora. Segundo os responsáveis pelas escolas de samba, a ação feita pela Secretaria de Atividades Urbanas (SAU) devido à falta de documentos exigidos pela legislação, tem prejudicado os ensaios e a arrecadação de recursos.
O presidente da Turunas do Riachuelo, Frederico Arbex, informou por telefone ao G1, que por causa da falta de recursos, a escola de samba não vai participar do Carnaval em 2014. Segundo Arbex, apenas a verba de um pouco mais de R$ 55 mil distribuídas pela Prefeitura não cobre os gastos com o desfile que chega a R$ 200 mil. Ele disse ainda, que a escola foi interditada na última quinta-feira (17), mas foi liberada para um evento da Prefeitura na sexta-feira (18), já no domingo (20) voltou a ser interditada novamente. O G1 entrou em contato com a assessoria da SAU para obter informações sobre o que disse o presidente da Turunas, porém, as ligações não foram atendidas.
Já o presidente da Real Grandeza, Luiz Carlos Masson, disse que a escola está interditada há quatro dias e tem sofrido o reflexo da ação, pois não estão sendo realizados ensaios e a preparação para o Carnaval está sendo prejudicada devido à falta de recursos captados com o funcionamento das quadras. “Estamos tentando regularizar a situação para continuar os preparativos. Dependemos deles para fazer a vistoria e liberar a utilização da quadra. Nós vamos participar, não sei como, mas vamos, nem que seja com recursos individuais”, afirmou.
Sobre a vistoria na quadra da Real Grandeza, o G1 entrou em contato com o Corpo de Bombeiros. O tenente George André dos Santos informou que para fazer a vistoria a escola de samba precisa de um projeto de incêndio e pânico aprovado. Ainda conforme ele, só depois que o projeto for colocado em prática é que a mesma deve fazer o pedido de vistoria.
Mesmo diante do exposto pelas escolas, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora, Paulo Mancine, afirmou que todas as escolhas estão trabalhando normalmente e se preparando para o Carnaval. Ele também comentou que as duas escolas que tiveram as quadras interditadas estão esperando uma resposta do promotor para voltarem a realizar eventos, como almoços e ensaios.
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