Por causa de suas diversas estruturas e a necessidade de respeito a hierarquia, fatos que dificultavam a agilidade na tomada de decisões, o exército optou por criar a Assessoria Especial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 (AJO). A iniciativa foi do Alto Comando da força militar, chefiado pelo general Enzo Peri, e deu outra dinâmica ao trabalho dos organizadores.
Para evitar qualquer tipo de problema hierárquico, foi nomeado para o comando da AJO um general de divisão da ativa e o escolhido foi Walter Braga Netto. Os demais integrantes da estrutura são todos integrantes da reserva.
– Antes, tínhamos uma subsecretaria dentro da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. Mas o exército percebeu a necessidade de voltar toda a atenção para os Jogos – disse Braga Netto.
Criada em junho, a constituição da AJO prevê 41 cargos. Atualmente, ela é formada por 15 militares: um general de divisão, três generais de brigada, nove coronéis e dois majores.
Nos últimos quatro meses, a AJO se integrou aos demais organizadores do Rio-2016 e passou a canalizar todos os assuntos referentes ao exército. Durante os Jogos, a área militar na região de Deodoro será um dos principais palcos, por receber diversas disputas.
– Antes era um pouco confuso, porque a pessoa não sabia a quem recorrer. Por vezes, aconteceram equívocos: pedir algo em Deodoro e o responsável era o Centro de Capacitação Física, na Urca – explicou o coordenador de Relações Institucionais da AJO, general de brigada Luis Antônio dos Santos.
Além de coordenar as ações do exército e atuar na articulação entre as estruturas militares e os organizadores olímpicos, a AJO tem por objetivo cuidar do legado da participação militar. Ao término dos Jogos, por exemplo, o Parque Radical será mantido em seus domínios e aberto ao público.
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