quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Apreendido terceiro suspeito de assalto à casa de ex-vereador

24 de Outubro de 2013 - 15:52


Adolescente, encontrado por policiais civis na região do Bairro Jardim Casablanca, também na Cidade Alta, confessou participação no roubo


A Polícia Civil apreendeu o terceiro suspeito de envolvimento no violento assalto à residência do ex-vereador e comerciante Juraci Scheffer, 48 anos, ocorrido na noite de terça-feira (22), no Bairro Bosque do Imperador, na Cidade Alta. De acordo com a delegada que está à frente do caso, Sheila Oliveira, o adolescente, 17, foi encontrado pela equipe policial, na tarde de quarta-feira (23), na região do Bairro Jardim Casablanca, também na Cidade Alta. Junto com os outros dois jovens, de 17 e 19, que haviam sido detidos em flagrante pela Polícia Militar na noite do crime, o rapaz confessou participação no roubo. Ele foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude e acautelado no Centro Socioeducativo, assim como o outro adolescente. Já o adulto, havia sido encaminhado ao Ceresp, permanecendo à disposição da Justiça.
Ainda conforme a futura titular da Delegacia Especializada de Roubos, que será inaugurada oficialmente na segunda-feira (28), apesar da apreensão e prisão dos três envolvidos na invasão à casa, o caso não será concluído, e as investigações continuam. O objetivo, segundo ela, é obter mais informações acerca das circunstâncias do assalto e identificar o paradeiro dos materiais roubados, já que os mais de R$ 50 mil em espécie levados pelo trio, além de joias, celulares, notebook e câmera fotográfica, não foram localizados.
Ainda durante as diligências realizadas pela equipe de policiais civis na quarta, um homem, 25, foi conduzido à 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Santa Terezinha, para prestar declarações. De acordo com a delegada, ele teria emprestado um Honda Civic ao adolescente apreendido pela equipe dela. O carro teria sido conduzido pelo jovem até o local do crime, junto com os comparsas, e usado na fuga. "Ele disse que havia alugado o carro por R$ 50 e alegou não saber que o Honda Civic seria usado na prática de crime. Mas ele vai responder por entregar veículo a pessoa não habilitada, e vamos investigar qual era a real participação dele."
Segundo Sheila, o trio capturado confirmou a prática do assalto e informou ter alugado as armas usadas na ação criminosa - uma escopeta calibre 12 e dois revólveres. No entanto, os jovens não deram qualquer informação sobre a procedência dos armamentos e sobre onde deixaram as armas, o dinheiro e materiais roubados. A delegada acredita que os envolvidos já tinham informações sobre a casa assaltada e a rotina da família. "Mas eram informações mais antigas. Perguntaram, por exemplo, sobre o caseiro, que já não trabalhava mais lá há seis meses." Embora o comerciante tivesse sacado os R$ 50 mil em um banco exatamente no dia em que teve a casa invadida por bandidos, Sheila disse que o trio não teria tido conhecimento prévio sobre o fato e até teria ficado surpreso diante da quantia.
Adolescente reincidente
A delegada confirmou nesta quinta-feira (24) que o adolescente de 17 anos detido em flagrante pela PM após o roubo já havia sido apreendido pela equipe chefiada por ela na ocasião do latrocínio do empresário Francisco José de Carvalho Carapinha, 48, morto com um tiro no tórax em assalto à residência dele, na Cidade Alta, em abril deste ano. "Ele teve participação efetiva no assalto à casa do Carapinha, mas não foi a pessoa que atirou." Na época do crime, o jovem chegou a ser acautelado pela Vara da Infância e Juventude no Centro Socioeducativo, mas as autoridades não informaram o período em que ele permaneceu na unidade e o motivo de estar em liberdade.
Ambos os crimes ocorridos em residências da Cidade Alta em um período de seis meses chocaram pela ousadia e violência dos bandidos. Na casa do ex-vereador, ele e duas filhas, de 13 e 19, foram aterrorizados durante a invasão, permanecendo reféns dos assaltantes por cerca de duas horas. A jovem de 19 estava sozinha no imóvel, por volta das 19h, quando foi rendida e ameaçada de morte. Mesmo com a chegada do pai e da irmã ao local, cerca de uma hora depois, ela ainda foi torturada com xingamentos e tapas no rosto, junto com a caçula. Já Sheffer, foi agredido a socos e chutes. A família também foi obrigada a ficar de joelhos e teve as armas engatilhadas apontadas pelos criminosos contra suas cabeças.

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