Descaso com o Cine Excelsior e com o Audiovisual de Juiz de Fora
Para quem o conhecia, a projeção cultural do Cine Excelsior mudou os parâmetros tecnológicos no mercado exibidor local, principalmente no decorrer dos anos de 1960 e 1970, proporcionando à cidade condições para que ela tivesse momentos de intensa atividade artístico-cultural através do meio cinematográfico, permitindo a exibição de filmes com grande experimentação técnica por meio de novas tecnologias.
Não resta dúvida, por tudo que lhe diz respeito, a importância do Cine Excelsior como espaço de interesse estritamente cultural, com elementos da Arquitetura Art Déco em transição ao Movimento Moderno da Arquitetura brasileira da década de 1950, tornando o cinema único como “uma joia rara da Arquitetura” de Cinemas (como atestou o Presidente do Instituto Art Déco Brasil — maior autoridade no assunto no país); como também o vínculo estabelecido com a população através da imaterialidade típica, dos laços de identificação afetiva e cultural; e finalmente a função cultural dentro do contexto geral da cidade de Juiz de Fora.
Entretanto, o órgão competente da municipalidade é incapaz de ouvir a vontade popular e, fechado em si mesmo, delibera contra o interesse do coletivo e decreta de forma inconsequente o fim deste ícone do que havia de melhor na cultura moderna em exibição da sétima arte no país.
O falso progresso, que não promove a inclusão social dissociado do desenvolvimento socioambiental, aliado ao descaso do Poder Público, impõe a perda do Patrimônio Cultural remanescente da cidade. A memória afetiva do povo juizforano vai sendo aos poucos fragmentada e apagada definitivamente de nossa história.
Falta sensibilidade política em nosso município, bem como visão empreendedora do setor cultural para elaborar estratégias de captação e realização de investimentos na preservação de nossas potencialidades e de desenvolvimento do turismo cultural de forma a enaltecer o riquíssimo legado de nossos antepassados, o mesmo deixado pela “era” da saudosa Manchester Mineira.
O investimento público, que é dever constitucional do poder público, de forma a fomentar o Turismo Cultural e de eventos, é propício para atrair milhares de turistas da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Fato que sem dúvida alguma criaria uma demanda de empregos e geração de renda de forma a oportunizar o retorno da vocação natural da cidade.
A atratividade de investimentos tem apoio declarado de Deputados, mas nosso poder municipal não sinaliza em nada neste sentido e se cala sobre o Excelsior. O lugar comum do discurso ralo da FUNALFA e COMPPAC parece ser restrito acerca do Museu Mariano Procópio e do Teatro Pascoal Carlos Magno, ambos exemplos de desgovernos e desprezo. Esquecem dos demais problemas da cultural local.
Episódios como a transformação do espaço do Cine Excelsior em “estacionamento” reflete o despreparo, o descaso e a falta de visão de nossos gestores da cultura e do governo municipal para com o desenvolvimento da cidade. Trata-se de uma flagrante violação da verdadeira função social da propriedade insculpida em nossa Constituição. Ou seja, sobrepondo o interesse puramente comercial acima do interesse coletivo; que é o da restauração e manutenção dos laços de afinidade cultural da cidade.
O Cine Excelsior não pode morrer!!! E a população não pode deixar isto acontecer! Não podemos deixar de nos indignarmos com tal situação!!!
Isto é o que temos para hoje.
Assinado
Associação de Amigos do Cine Excelsior
http://www.cinemaexcelsior.com.br/blog/descaso-com-o-cine-excelsior/
Para quem o conhecia, a projeção cultural do Cine Excelsior mudou os parâmetros tecnológicos no mercado exibidor local, principalmente no decorrer dos anos de 1960 e 1970, proporcionando à cidade condições para que ela tivesse momentos de intensa atividade artístico-cultural através do meio cinematográfico, permitindo a exibição de filmes com grande experimentação técnica por meio de novas tecnologias.
Não resta dúvida, por tudo que lhe diz respeito, a importância do Cine Excelsior como espaço de interesse estritamente cultural, com elementos da Arquitetura Art Déco em transição ao Movimento Moderno da Arquitetura brasileira da década de 1950, tornando o cinema único como “uma joia rara da Arquitetura” de Cinemas (como atestou o Presidente do Instituto Art Déco Brasil — maior autoridade no assunto no país); como também o vínculo estabelecido com a população através da imaterialidade típica, dos laços de identificação afetiva e cultural; e finalmente a função cultural dentro do contexto geral da cidade de Juiz de Fora.
Entretanto, o órgão competente da municipalidade é incapaz de ouvir a vontade popular e, fechado em si mesmo, delibera contra o interesse do coletivo e decreta de forma inconsequente o fim deste ícone do que havia de melhor na cultura moderna em exibição da sétima arte no país.
O falso progresso, que não promove a inclusão social dissociado do desenvolvimento socioambiental, aliado ao descaso do Poder Público, impõe a perda do Patrimônio Cultural remanescente da cidade. A memória afetiva do povo juizforano vai sendo aos poucos fragmentada e apagada definitivamente de nossa história.
Falta sensibilidade política em nosso município, bem como visão empreendedora do setor cultural para elaborar estratégias de captação e realização de investimentos na preservação de nossas potencialidades e de desenvolvimento do turismo cultural de forma a enaltecer o riquíssimo legado de nossos antepassados, o mesmo deixado pela “era” da saudosa Manchester Mineira.
O investimento público, que é dever constitucional do poder público, de forma a fomentar o Turismo Cultural e de eventos, é propício para atrair milhares de turistas da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Fato que sem dúvida alguma criaria uma demanda de empregos e geração de renda de forma a oportunizar o retorno da vocação natural da cidade.
A atratividade de investimentos tem apoio declarado de Deputados, mas nosso poder municipal não sinaliza em nada neste sentido e se cala sobre o Excelsior. O lugar comum do discurso ralo da FUNALFA e COMPPAC parece ser restrito acerca do Museu Mariano Procópio e do Teatro Pascoal Carlos Magno, ambos exemplos de desgovernos e desprezo. Esquecem dos demais problemas da cultural local.
Episódios como a transformação do espaço do Cine Excelsior em “estacionamento” reflete o despreparo, o descaso e a falta de visão de nossos gestores da cultura e do governo municipal para com o desenvolvimento da cidade. Trata-se de uma flagrante violação da verdadeira função social da propriedade insculpida em nossa Constituição. Ou seja, sobrepondo o interesse puramente comercial acima do interesse coletivo; que é o da restauração e manutenção dos laços de afinidade cultural da cidade.
O Cine Excelsior não pode morrer!!! E a população não pode deixar isto acontecer! Não podemos deixar de nos indignarmos com tal situação!!!
Isto é o que temos para hoje.
Assinado
Associação de Amigos do Cine Excelsior
http://www.cinemaexcelsior.com.br/blog/descaso-com-o-cine-excelsior/
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