11 de Fevereiro de 2013 - 15:16
Por Tribuna
Reverenciados por passistas e destaques das agremiações da cidade, a corte real do carnaval de Juiz de Fora foi a primeira a desfilar na Passarela do Samba, em uma noite marcada pela tranquilidade e pela alegria. Após um pequeno atraso, a primeira escola do grupo A abriu os festejos, que só acabaram perto do sol raiar, às 6h, com cerca de uma hora a mais que o previsto. Para o superintendente da Funalfa, Toninho Dutra, o primeiro dia de desfiles teve um bom resultado.
Homenageando a sambista Beth Carvalho, a Unidos das Vilas do Retiro foi a primeira escola a desfilar, apresentando algumas falhas técnicas, mas uma grande energia em seus 640 integrantes. Vice-campeã de 2012, a Real Grandeza entrou na passarela, em seguida, para brigar pelo título, com o enredo "Paulinho da Viola... e um rio que passou em minha vida". Durante o desfile da Real Grandeza, uma senhora de 58 anos, componente da Mocidade Alegre, escola que desfilou na sequência, enfartou na concentração e foi encaminhada para o HPS, onde passa bem.
Explorando o medo, tido como um dos maiores inimigos do homem, a Mocidade Alegre levou para a avenida o enredo "Por que sois tão medrosos", que coloriu a passarela com cores até então pouco vistas na noite, como o roxo e o preto. Reverenciando o centenário do poetinha Vinicius de Moraes, a Unidos do Ladeira entrou na avenida e logo as cores amarelo, azul e branco predominaram nos camarotes e arquibancadas, evidenciando a popularidade da atual campeã do carnaval de Juiz de Fora.
Quinta escola da noite, a Mocidade Independente do Progresso adentrou a passarela anunciando uma passagem arrepiante com seus 650 componentes, entre eles, o único rei de bateria, Johny Miranda. Falando sobre a África e sua religiosidade, a agremiação foi uma das boas surpresas da noite, na luta pelo título desse ano. Já a agremiação com sede no Bairro Mariano Procópio, a Partido Alto, teve seu desfile marcado pelas dificuldades, algumas insolúveis a tempo de a escola cruzar a avenida. Falando sobre a previsão Maia, que advertia sobre um possível fim do mundo em 2012, a tradicional agremiação conseguiu contagiar com seu samba fácil e com a garra de seus 600 componentes.
Encerrando a primeira noite de desfiles, a mais antiga escola de samba de Minas Gerais, a Turunas do Riachuelo, cantou a bebida mais brasileira que existe, a cachaça. Apesar de passar com as arquibancadas, camarotes e mesas bastante esvaziados, a agremiação fez todo o percurso com muito luxo, contando a história do líquido que ganhou terras estrangeiras sob o rótulo verde e amarelo.
http://www.tribunademinas.com.br/carnaval-2013/com-samba-no-pe-e-alegria-grupo-a-abre-desfiles-em-jf-1.1229774
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