http://www.tribunademinas.com.br/politica/rodrigo-tem-campanha-mais-cara-e-jucelio-a-mais-barata-1.1184534
Reeleito para seu terceiro mandato seguido como vereador, Rodrigo Mattos (PSDB) teve a campanha mais cara da futura Câmara Municipal. Seus gastos eleitorais, conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), totalizaram R$ 231.900. Considerando seus 2.930 votos obtidos nas urnas, o tucano registrou um custo por voto de R$ 79,15. Por outro lado, o estreante Jucélio Maria (PSB) precisou de apenas R$ 2,40 para conquistar cada um dos seus 1.452 eleitores, somando despesas de campanha de R$ 3.490. Considerando os 19 vereadores eleitos, a novo parlamento teve um custo total para se eleger de R$ 865.594,64. O gasto médio com cada voto foi de R$ 14,43. Todos os parlamentares reeleitos foram obrigados a aumentar o montante desembolsado em relação às eleições de 2008. De uma forma geral, a campanha para vereador deste ano ficou 43% mais cara do que há quatro anos. No mesmo período, a inflação medida com base no IPCA foi de 21%.
Além de Rodrigo, que lidera com folga o ranking das maiores despesas com campanha, Isauro Calais (PMN), Wanderson Castelar (PT), Noraldino Júnior (PSC) e Chico Evangelista (PP) foram aqueles com desembolso acima dos R$ 50 mil. Entre eles, três aparecem na lista dos mais votados: Isauro, Noraldino e Castelar. O tucano conseguiu apenas o décimo lugar na lista dos eleitos, e Chico Evangelista o 17º. Considerado a principal surpresa da eleição proporcional, Cido Reis (PPS) emplacou a segunda maior votação tendo gasto apenas R$ 20.930. Mas foi Jucelio quem ganhou o status de azarão. Além de ser dono da campanha mais modesta, ele conseguiu se eleger com incríveis 1.452 votos. Para se ter uma ideia, em 2004, José Emanuel (PSC) foi eleito com 1.938, então a menor votação. Naquela mesma eleição, o médico Waldir Silva registrou gastos eleitorais de R$ 890. O recorde de campanha vitoriosa mais barata, entretanto, pertence ao vereador Antônio Martins (Tico-Tico, PP). Em 2008, suas despesas totalizaram apenas R$ 715,56. Neste ano, ele gastou bem mais - R$ 11.400 -, mas sem sucesso.
Não apenas no caso de Tico-Tico, mas de uma forma geral as despesas eleitorais deste ano cresceram bem acima da inflação em relação a 2008. Da mesma forma, as receitas também tiveram reajuste, mas com um comportamento bem mais inusitado. Rodrigo, por exemplo, gastou R$ 231.900, embora tendo arrecadado R$ 270.884,22. Ou seja, sobraram R$ 38.984,22, que deverão ser destinados ao fundo partidário. As vultuosas sobras de campanha não acometeram apenas o vereador tucano. Chico Evangelista e Noraldino terminaram o processo eleitoral cada um com R$ 28 mil em caixa. O somatório do superávit registrado pelos comitês das 19 candidaturas eleitas é de R$ 219.873,23.
Os candidatos que participaram do primeiro turno das eleições 2012 tiveram, até a última terça-feira, para apresentar as prestações de contas finais de campanha à Justiça Eleitoral. O mesmo prazo valeu para comitês financeiros e partidos. Desde a noite de quarta-feira, o TSE começou a liberar as informações para consulta. O candidato que não apresentou as contas no prazo não terá a certidão de quitação eleitoral e ficará impedido de obter o registro de candidatura para a próxima eleição. Já os cem candidatos que concorreram ao segundo turno das eleições para prefeito, no último dia 28 de outubro, têm até dia 27 de novembro para entregar as prestações de contas finais.
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