domingo, 4 de novembro de 2012

DIA 04 DE NOVEMBRO - DIA DO OFICIAL DA RESERVA DO EXÉRCITO R/2


DIA DO OFICIAL R/2
ORDEM DO DIA DO PRESIDENTE DO CNOR


Exército Brasileiro.

Aqui está reunida a sua Reserva Atenta e Forte. Pelo sexto ano consecutivo os Oficiais R/2 comemoram o seu dia, criado pela Portaria nº 429, assinada pelo Comandante do Exército em 18 de julho de 2006.

A data de quatro de novembro, escolhida por sugestão do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, marca o nascimento do idealizador e patrono dos Órgãos de Formação de Oficiais da Reserva, o Tenente-Coronel de Artilharia Luiz de Araújo Correia Lima.

Nascido em 1891, gaúcho de Porto Alegre, descendia de uma família de militares: era filho do General de Divisão Gonçalo Correia Lima e de D. Ana Correia Lima. Sentou praça no Exército, como soldado, em 26 de setembro de 1907, no extinto 17º Batalhão de Infantaria. Desde muito jovem demonstrou a sua aptidão para a carreira das armas. Prestou concurso para a Escola Militar, tornando-se um dos seus alunos mais destacados.

Durante a primeira guerra mundial, integrando o 17º Grupo de Artilharia, participou da vigilância do litoral e da costa brasileira, na região do Rio Grande. Oficial inteligente, instrutor da Escola Militar do Realengo, exerceu com brilhantismo inúmeras comissões de relevo no Exército. Em 1924, lutou contra os revoltosos em São Paulo, incorporado ao 1º Grupo de Artilharia Pesada.

Desde 1921, já na vigência da doutrina da missão militar francesa, Correia Lima preocupava-se com os claros de oficiais subalternos em nosso exército. Estudioso dos mecanismos de convocação e recompletamento dos exércitos europeus na primeira guerra mundial, expôs suas idéias em conferências e artigos publicados em várias revistas militares. Comparecia fardado aos auditórios das academias e faculdades, procurando recrutar os futuros Oficiais R/2 entre os jovens representantes da elite da sociedade brasileira. Era um visionário.

Vencendo dificuldades de toda ordem, viu seus esforços serem recompensados com a criação, em 22 de abril de 1927, do CPOR do Rio de Janeiro, sendo ele nomeado seu primeiro comandante. Sediado inicialmente em São Cristóvão, no antigo quartel do então 1º Grupo de Artilharia Pesada, hoje denominado 21º Grupo de Artilharia de Campanha, o CPOR do Rio de Janeiro foi o precursor do atual sistema de formação de Oficiais da reserva do exército brasileiro.

Correia Lima não viveu para contemplar os frutos de sua obra. Aos 39 anos faleceu em combate durante a Revolução de 1930, já no posto de Major, quando comandava o 1º Grupo do 9º Regimento de Artilharia Montada, tendo seu quartel sido atacado pelos revoltosos. Foi promovido post-mortem, em 13 de outubro de 1930, ao posto de Tenente-Coronel, por ato de bravura.

Durante a II Guerra Mundial, há quase de setenta anos, 433 Oficiais R/2 empunharam suas armas no Teatro de Operações da Itália. Alguns daqueles bravos ainda estão entre nós. Merecem a eterna gratidão da nossa gente. Venceram, quando muito jovens, um inimigo traiçoeiro. Hoje exibem em seus cabelos brancos a satisfação da missão cumprida. Dos Oficiais combatentes da Força Expedicionária Brasileira que tombaram no cumprimento do dever, a metade era formada por Oficiais R/2. Deram à Pátria seu bem mais precioso – a vida.

Nos dias atuais, o Exército reverencia e homenageia a notável figura do Tenente-Coronel Correia Lima. Seu busto encontra-se em local de destaque no pátio “Major Apollo Miguel Rezk”, no CPOR do Rio de Janeiro, bem como na entrada do aquartelamento, onde se lê, em uma placa, os dizeres “nosso fundador, patrono e guia”, trecho da canção do CPOR.
O Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil, criado em 22 de abril de 1997, reúne hoje vinte Associações, com mais de nove mil Oficiais cadastrados.

Exército Brasileiro!

Aqui está a sua “Reserva Atenta e Forte”. Hoje, de volta à caserna, na certeza de que o Exército continua sendo a sua casa. Aqui se cultua orgulho, brio, dignidade, lealdade, companheirismo, auto-estima, civismo, patriotismo e honradez. Como formadores de opinião, estamos atuando intensamente no segmento civil da sociedade, contribuindo na preservação dos valores morais e éticos que caracterizam, historicamente, o povo e a pátria brasileira. 

Reafirmada a nossa vocação, resta-nos renovar o juramento de defender a Pátria, ainda que com o sacrifício da própria vida. E o faremos, intimamente, quando desfilarmos por todo o país em continência aos nossos chefes militares. Na cadência firme e no passo certo, cada um de nós estará renovando o juramento do Aspirantado.

E ao final, quando retornarmos às nossas atividades civis, a Reserva certamente fortalecida e ainda mais atenta, estará preparada para pugnar pela condução do Brasil ao seu destino de Pátria livre, desenvolvida e soberana.

                    Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2012
            Sérgio Pinto Monteiro - 2º Ten R/2 Art
                                                             Presidente do CNOR   

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