Hipótese de execução não é descartada pela Polícia CivilFoto: Jean Schwarz / Agencia RBS |
A morte, na noite desta quinta-feira, de um coronel do Exército reformado é investigada pela Polícia Civil. Júlio Miguel Molinas Dias, 78 anos, foi morto a tiros quando chegava em casa na Rua Professor Ulisses Cabral, no bairro Chácara das Pedras, em Porto Alegre.
O crime aconteceu por volta das 21h. Moradores relataram ter ouvido uma série de tiros. Ao saírem à rua, viram o corpo de Dias ao lado do carro, um C4 cor prata, em frente à residência em que ele morava. Segundo vizinhos, o militar era viúvo há pouco tempo.
— Estava na sala de casa e, de repente, ouvi uns estampidos de bala na rua. Devem ter sido entre 10 e 15 tiros — relata o vizinho Barton Habbab, 47 anos.
A Polícia Civil trabalha com duas linhas de investigação: tentativa de latrocínio (roubo com morte), embora nada tenha sido levado, e execução.
— Não descartamos a execução porque não foi levada a carteira, que tinha cerca de R$ 200, nem o carro — afirma o delegado Paulo Xavier, da equipe de volantes da Polícia Civil.
Segundo a Polícia Civil, o coronel reformado teria reagido após um carro vermelho ter cortado a frente do veículo em que ele estava. Não foi encontrada arma com a vítima, que foi alvejada com pelo menos seis tiros. No local do crime, foram encontradas cápsulas de três armas diferentes.
Molinas Dias era comandante do Destacamento de Operações Internas do Exército no Rio (DOI) durante o Caso Riocentro. Em 30 de abril de 1981, um sargento morreu quando carregava uma bomba que explodiu perto do local onde se realizaria uma concentração de artistas e políticos em protesto contra o regime militar.
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