- Escrito por Ten Mergulhão - Redator Chefe
O belo e majestoso Forte do Pico e sua magnífica vista do Rio de Janeiro, por tudo isso mereceu este artigo em separado.
Este Redator, nesta quarta-feira ensolarada, fez a visita àquele sitio arqueológico por duas vezes e portanto, este artigo complementa os seguintes:
complementa os seguintes:
21 GAC recebe comitiva do Exército Argentino
E vou usar as fotos tiradas pela manhã, acompanhando os militares argentinos, para ilustrar ambas as visitas.
Na Praia de Fora, hoje conhecida como praia do Forte Barão do Rio Branco, foi criado em 1555, um Observatório que, em 1567, é armado e transformado em Bateria, com a construção das primeiras bocas de fogo.
Essa Bateria derrota, em 1596, a esquadra holandesa chefiada por Van Noorth e, em 1710, a expedição francesa de Duclerc.
Os Fortes Barão do Rio Branco, São Luiz e do Pico formam um conjunto histórico aberto à visitação guiada.
O Rio Branco, localizado em Niterói no bairro de Jurujuba, sucedeu à primitiva Bateria da Praia de Fora ou daVargem, que, em 1711, contava com seis peças, e, em 1730, com 24 peças.
Em 1918, terminam as obras iniciadas pelo Marechal Hermes da Fonseca, que constrói uma fortificação mais moderna na parte mais elevada do terreno ocupado pelo Forte de São Luiz e Forte do Pico. O seu acervo inclui quatro canhões de 150 mm e uma área total construída de 5850 m2.
Fomos de van até a colossal entrada onde um portão magnífico que outrora teve uma ponte levadiça e guilhotina dava entrada a um sítio arqueológico bem preservado e arrumado.
De certa altura, mal comparando, claro, a vista das velhas edificações e o morro adiante, lembrava a milenarMachu Picchu (em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha").
Hoje placas vão ajudando ao visitante não só se situar mas conhecer um pouco da nossa história.
Logo na entrada, uma placa nos ensina:
Portal do Forte São Luiz
Na entrada do Forte permanece ainda a cartela em pedra de Lioz com a seguinte inscrição:
“Governador José I, Fidelíssimo Rei de Portugal, Providentíssimo Príncipe, foi consagrado este Forte São Luiz fundado em 1775”, e o seguinte texto:
“No referido, para repelir a invasão de inimigos, foram começados muros e em menos de três anos concluídos sob Luiz de Almeida, 2º Marquês de Lavradio, que para construção dessa obra, que até então ninguém ousara moveu toda pedra, tão grande trabalho tendo sido confiado a sua firme energia sob tumulto que debalde se opôs de iminente guerra com os espanhóis”.
Outra placa, nos ensina:
Forte São Luiz
A uma altura de 180 m, entre a Fortaleza de Santa Cruz e o Forte Barão do Rio Branco, estão localizadas as ruínas do antigo Forte São Luiz. Sua história remonta de 1567, com o estabelecimento no local de um posto de observação e vigilância da bateria Nossa Senhora da Guia. Sua construção data de 1775 sob as ordens do Marques de Lavradio. Da época de sua criação resta a portada de grandes pedras talhadas e argamassadas com óleo de baleia, formando muralhas de até 15 metros de altura.
No meio às ruínas, mais uma placa nos ensina a história do lugar:
A ação Militar mais conhecida
Ocorre já na República, por ocasião da rebelião liderada pelo 2º Sargento Silverio Macedo, em 1º de janeiro de 1882, com objetivo de restituir o governo de Deodoro da Fonseca. As tropas rebeladas tomaram a Fortaleza de Santa Cruz, libertaram os prisioneiros, tomaram posse dos canhões, de todo o armamento e prendem os oficiais, passando a atirar contra o Forte das Lajes.
Do Forte São Luiz saem dois batalhões que dominam os revoltosos já bombardeados, por mar, pelos navios comandados pelo próprio Ministro da marinha, Almirante Custódio de Melo. Mais tarde este Almirante lidera a Revolta da Armada, sendo derrotado exatamente pelas tropas da Fortaleza de Santa Cruz e Forte São Luiz, que se mantiveram fiéis ao governo republicano de Floriano Peixoto.
Outra placa nos ensina ainda neste sítio arqueológico:
Ponto Estratégico
Em virtude de sua posição estratégica, dominando parte da Bahia e parte da enseada de São Francisco, o forte dói artilhado, em 1773, com 16 canhões de ferro, servindo ainda como ponto de observação para controle da navegação. Por volta de 1863, por ordem do Imperador D. Pedro II, o Forte sofreu reformas em suas muralhas, torres de vigias e ameias tendo sido melhorado seu armamento.
Depois de visitarmos o local, uma subida nos levava até o Forte seguinte, não sem antes passarmos, no final destas muralhas com uma centenária figueira encravada na mesma, majestosa.
Uma praça – Nossa Sra de Fátima, com um toldo e militares servindo gelados côcos amenizou os efeitos do forte calor deste dia ensolarado. Foi daquele lugar, olhando as ruínas abaixo e o morro defronte, que vi certa semelhança com a milenar e famosíssima Machu Pichu peruana.
A vista mesmo antes de entrarmos no Forte do Pico, já era deslumbrante.
Antes de cruzarmos os portões de entrada, fomos a um lado de sua muralha voltada para o interior de Niterói, onde foi criada a Praça dos Portugueses, em 1999, construída em homenagem a Fernando Pessoa, o mais famoso poeta português.
Depois entramos, conhecemos um Museu da FEB montado logo na entrada, visitamos os velhos Obuseiros de 280 mm em número de quatro, gêmeos do Forte do Leme (Krup), e novamente nos extasiamos com a magnífica vista do Rio de Janeiro.
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