Idealizador do projeto, o coronel Joel Francisco Correia espera ampliar a visitação ao forte. A construção recebe em média 3 mil visitantes por mês desde que foi reaberto ao público, em 2010. "As lunetas vão incentivar e proporcionar aos visitantes de um forte conhecer e visitar os demais, integrando os fortes e fortalezas ao imaginário do povo brasileiro."
Copacabana
O serviço também está sendo oferecido no Forte de Copacabana, na ponta oposta ao Morro do Leme. Mais conhecido entre as construções militares da cidade, o forte construído em 1914 chega a receber 20 mil visitantes por mês. Além das exposições, da programação cultural e da arquitetura da fortificação, os visitantes dispõem de três lunetas instaladas ao longo da sua alameda de pedra, que margeia o mar.
Direcionadas a diferentes paisagens, as lunetas permitem descobrir os morros e os fortes de Niterói, a Mata Atlântica do Leme, o lazer e a descontração dos banhistas no mar de Copacabana. Mostram também o cotidiano, as ruas, vielas e lajes do Morro Pavão-Pavãozinho.
"Ele é muito bonito e oferece uma forma diferente de ver o Rio, que é lindo de qualquer maneira", diz Adriana Amorim, de 42 anos, em visita ao Forte de Copacabana na última semana. Mineira de Belo Horizonte, Adriana visitava a cidade pela quarta vez quando decidiu conhecer o lugar.
Os próximos
Até novembro, outros três fortes da Baía de Guanabara receberão as lunetas. Em Niterói, a Fortaleza de Santa Cruz, o Forte do Pico e o Forte de São Luiz serão contemplados. A ideia é que também o Morro da Urca, o Pão de Açúcar e o Corcovado recebam os aparelhos, como forma de divulgar o projeto dos fortes aos turistas.
O conjunto arquitetônico dos fortes foi citado no parecer da Unesco que tombou a cidade do Rio como patrimônio cultural da humanidade. No período colonial, as fortificações eram utilizadas como defesa para a entrada da baía, vigiando a chegada de embarcações estrangeiras que tentavam invadir a cidade.
Também os cariocas são chamados a conhecer os fortes. Morador de Belford Roxo, Gabriel Silva, de 15 anos, conheceu o de Copacabana em uma visita escolar na última semana. "Estou impressionado", disse. Para o coronel Correia, esse é um tesouro da cidade que os cariocas precisam conhecer. "Com certeza, sairão encantados", afirma. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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