A Polícia Civil investiga três pessoas e seis empresas suspeitas de participar do suposto esquema da pirâmide financeira Mister Colibri, em Juiz de Fora. A informação foi divulgada ontem, pela delegada Mariana Veiga, da 7ª Delegacia Distrital, que está à frente do caso. Segundo ela, após nove dias de trabalhos, e, "diante de todas as declarações, verifica-se que o sistema criado (Mister Colibri) se sustenta apenas com investimento em dinheiro das vítimas, o que caracteriza uma pirâmide financeira". Além do responsável pela Dream Team Brasil, em Juiz de Fora, e um pastor evangélico, que já foram divulgados como suspeitos de comandar o suposto esquema, uma terceira pessoa agora é investigada. No entanto, a delegada disse que, por enquanto, não pode informar de quem se trata. Sobre as empresas, Mariana informou que as apurações levam a crer que elas foram criadas para dar mais credibilidade ao esquema.
A partir de agora, a delegada informou que aguarda os dados da quebra dos sigilos bancários e fiscais dos últimos 12 meses das pessoas e empresas envolvidas. Enquanto isso, os documentos apreendidos são analisados e comparados com os depoimentos já prestados pelos participantes. Conforme Mariana, a investigação realizada em Juiz de Fora deve contribuir para que polícias de outros estados iniciem os trabalhos.
Na condição de vítima, o ex-prefeito Alberto Bejani (PSL) compareceu à delegacia, na tarde de ontem, para prestar depoimento sobre o caso. Ele disse à Tribuna que está entre as mais de 20 mil pessoas que acreditaram no suposto esquema e ficou no prejuízo. "Não quero falar quanto investi, mas foi pouco. Compareci como vítima por livre e espontânea vontade e espero contribuir com as investigações." Segundo a delegada, no depoimento, o ex-prefeito relatou, com detalhes, como funcionava a Mister Colibri na cidade. Teria informado ainda que foi prejudicado com as mudanças nas regras.
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