Custódio Mattos e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB |
Primeiro dos atores da política nacional a desembarcar nas eleições de Juiz de Fora, o senador Aécio Neves (PSDB) revelou ontem otimismo em relação à reeleição do prefeito Custódio Mattos (PSDB). "Estive aqui há quatro anos e disse: vamos ganhar as eleições. Eu acreditava naquele momento que nós venceríamos as eleições. Hoje, tenho absoluta convicção de que nós vamos vencer as eleições." Ele também aproveitou para criticar a interferência de personagens estranhos ao processo sucessório municipal mineiro, apesar de já ter anunciado agenda em São Paulo e no Nordeste para o mesmo fim. "Vejo gente de fora, sempre no momento pré-eleitoral, lideranças políticas que não são de Minas, que recebemos muito bem, mas que chegam aqui na propaganda eleitoral para dizer: 'Votem no meu candidato que ele é melhor, votem na minha candidata que será melhor'. Melhor para quem? Será que é melhor para Juiz de Fora ou para os seus projetos políticos? Tenho dito com muita clareza: quem resolve os problemas e decide sobre Minas somos nós que vivemos aqui e sabemos em quem confiar."
O senador chegou em Juiz de Fora no final da tarde e participou do lançamento do programa de governo de Custódio. Antes, ele gravou nova participação para o programa eleitoral gratuito do correligionário e conversou com jornalistas. Questionado quanto ao fato de o prefeito figurar em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Aécio lembrou que, em 2008, a situação era semelhante e "a virada" aconteceu. Ele, como tem feito o próprio Custódio, citou as dificuldades enfrentadas no início da atual gestão municipal e disse que, no percurso entre o aeroporto e o local no evento, na área central da cidade, já foi possível observar mudanças. "As pessoas que ainda não perceberam a mudança vão perceber." Em relação ao andamento das obras viárias, prometidas há quatro anos com seu aval, o senador contemporizou o atraso. "Tivemos atraso, que é natural. Isso acontece em todas as partes." Em seguida, renovou seu apoio irrestrito e o do governador Antonio Anastasia (PSDB) a Custódio.
Como tem feito em suas aparições públicas, Aécio considerou o julgamento do mensalão como um espécie de divisor de águas da política brasileira. "A impunidade que grassava de forma absolutamente descontrolada e ilimitada no país acho que vai sofrer um recuo. Todos nós vamos tirar desse episódio um ensinamento: o que é público é público e o que é privado é privado. Não podemos ter um estado a serviço de um partido político. Os partidos, ao contrário, é que devem se colocar a serviço do estado, a serviço do país. O PT há muito tempo inverteu essa lógica e colocou o estado a serviço de um projeto de poder." Ainda com foco sobre o PT, ele defendeu a necessidade de uma nova alternativa de poder. "O PT não tem um novo projeto para o Brasil. O PT perdeu a capacidade da iniciativa, das grandes reformas estruturais no campo político, previdenciário, administrativo e da própria reforma do estado. Temos que reencontrar o caminho de um novo e ousado projeto de desenvolvimento para o Brasil, pois, em minha opinião, esse (modelo atual) exauriu-se."
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