Tudo nas Forças Armadas são detalhadas em normas gerais de ação e regulamentos, muitas vezes, publicados em grandes compêndios chamados Vade Mecum. Daí parecer enfadonho, a cada cerimônia, repetirmos sua sequencia de acontecimentos, já conhecidos de todos os militares e da maioria de civis que frequentam com certa assiduidade.
Mas temos também leitores não tão familiarizados assim e outros, que, apesar de frequentarem uma ou outra solenidade militar, não observou esses detalhes.
Uma passagem de Comando, Direção ou Chefia, tem cada passo, cada palavra e tudo o mais determinado em normas. Se ocorre em lugar coberto, se acontece ao ar livre. Tudo é previsto. E isso se repete há anos sem muitas alterações de forma ou conteúdo e a isso chamamos tradição.
Há pouco mais de dois anos houve uma mudança. Na verdade, no Exército, trocaram seis por meia dúzia já que usavam as expressões “substituto” e “substituído” e as trocaram por “sucessor” e “sucedido”.
Então, como dizíamos, uma passagem de Comando, Direção ou Chefia, tem basicamente duas solenidades distintas:
• A inauguração do retrato do “sucedido” na Galeria de Eternos Comandantes (esta foi uma boa mudança, trocando a expressão ‘eternos’ nas antigas Galerias de ex-Comandantes’)
• Troca de Comando propriamente dita.
Aqui, estaremos falando da primeira, que ocorreu no Gabinete do Comandante, local pequeno e por isso, com poucos convidados e familiares.
É o primeiro ato oficial do Comandante Sucessor que pede autorização à autoridade que preside, neste caso o próprio General Enzo, Comandante do Exército.
O General Modesto, promovido em julho ao último posto do Exército, fez questão de explicar todo esse procedimento e essa tradição para os convidados. Enalteceu a figura do Comandante Sucedido, o General de Exército Adriano Pereira Junior que, no centro, ouvia ao lado da esposa.
Em seguida, seguindo o que reza o regulamento, convidou o General Enzo, a autoridade que presidia a solenidade, a fazer o descerramento do retrato na Galeria.
Aí, o General Enzo informou que, apesar de ser o que rezam as normas, a tradição é que a honra e o privilégio seja passado à esposa do Sucedido e assim fez, convidando a esposa do General Adriano a descerrar sob aplausos o retrato. Houve entregas da flâmula e algumas lembranças de seus comandados.
A Tenente Erika Stokler que era a locutora, informou aos presentes que estava terminada a cerimônia, convidando a todos para se dirigirem ao Salão de Honra para a Passagem de Cargo.
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