Rio -  Centrais sindicais e entidades representativas dos aposentados já estão firmando alianças para garantir aumento real aos mais de 8 milhões de segurados do INSS que recebem acima do mínimo (R$ 622). A Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap) negocia uma reunião com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, na próxima quarta-feira, a fim de acertar um acordo de reajuste para 2013.
Ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, deve receber aposentados para reunião na próxima quarta | Foto: ABR
Ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, deve receber aposentados para reunião na próxima quarta | Foto: ABR
Assim como a Cobap, o Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical, quer um aumento de 7,35% (4,5% da inflação mais 2,73% do Produto Interno Bruto), igual ao oferecido aos segurados que ganham o piso previdenciário (que subirá de R$ 622 para R$ 667,75); ou 6,78% (4,5% da inflação mais 80% do PIB), mesmo valor concedido em 2010 pelo governo Lula. Para o presidente da Cobap, Warley Martins, quanto antes os aposentados fizerem pressão, ficará mais difícil para a presidenta Dilma Rousseff vetar o indicativo de aumento real previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013.
Outra proposta que corre por Brasília, e vista com bons olhos pelo ministro Garibaldi Alves Filho, é a de atrelar o reajuste dos aposentados ao crescimento da massa salarial e à inflação. Tendo como parâmetro o ano de 2012, o aumento seria da ordem de 7% a 7,5%, já que consideraria 4,5% da inflação mais 3% a 3,5% do crescimento médio do salário dos trabalhadores.
“É uma alternativa reconhecida pelo ministro como mais viável. Enquanto durar o recesso, atuaremos nos bastidores para garantir aumento real em 2013”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS).
Revisão de benefícios por invalidez

Já está nas mãos da desembargadora federal Marianina Galante, do Tribunal Federal de São Paulo, a petição do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, com a proposta de pagamento de atrasados e revisões de benefícios por invalidez, concedidos com erros após 1999 a quase 18 milhões de segurados. Se até o fim do dia de hoje o INSS não se pronunciar sobre a proposta do sindicato, apresentada informalmente em acordo na semana passada, caberá à juíza definir, por sentença, de que forma deverão ser feitas as correções.