segunda-feira, 4 de junho de 2012

Na homenagem aos peacekeepers, o reconhecimento do soldado brasileiro nas missões de paz


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Brasília, 01/06/2012 – A cerimônia no Ministério da Defesa (MD) em homenagem aos ex e atuais militares integrantes de missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) foi marcada pelo discurso comum dos palestrantes, que enfatizaram o quanto os soldados brasileiros são queridos no exterior.

Na exposição “A participação brasileira na Minustah”, o ex-force commander da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, general-de-brigada Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, explicou que “o Brasil que os haitianos conhecem são os nossos soldados. E a imagem que eles têm do nosso país é de um povo afável e gentil”.

Para o general, o sucesso do Brasil no país caribenho é resultado do bom preparo recebido pelos militares que vão às missões, o grande aparato de equipamentos disponibilizados para o desenvolvimento do trabalho e a semelhança de cenário social entre os dois país. “Felizmente ou infelizmente nosso soldado já viu sujeira na rua, ele já entrou em favela. Nossos soldados se adaptam com muita rapidez, brincam com as crianças, sorriem e não se chocam com a situação.”

Durante a apresentação, o general Ramos – que esteve à frente da missão no Haiti de março de 2011 a março de 2012 e comandou 9 mil homens – falou, ainda, sobre o panorama do país, os principais problemas enfrentados, como surtos de cólera e malária, a falta de saneamento básico e a extrema pobreza.

Unifil

O ex-comandante da Força-Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), vice-almirante Luiz Henrique Caroli, em sua palestra, também intensificou o sucesso dos militares brasileiros no exterior. “Eu preferia ir de camuflado que de civil quando eu saía porque a gente andava na rua e o pessoal falava: – Brasil, Brasil, tenho um parente lá. Realmente a presença do nosso país é forte lá fora.”

Durante a exposição “A participação brasileira na Unifil”, o almirante Caroli citou os problemas enfrentados com o grupo terrorista do hezbollah. “Eu não consigo ver, imaginar, o sul do Líbano sem a Unifil, realmente não consigo ver solução para esse conflito porque o dia-a-dia da guerra é muito interessante. Todo dia tem problema, troca de tiro, alguém que atravessa a fronteira e é preso...” 

Na Unifil, Caroli ficou no cargo de comando de fevereiro de 2011 a fevereiro de 2012. O almirante era responsável pela interrogação e inspeção de navios para evitar a entrada de armamentos ilegais no Líbano. Segundo ele, entre as consequências positivas da missão está o fato de que a marinha libanesa vai assumir o treinamento do seu pessoal. “Isso é a parte mais importante, para que a FTM possa ir embora”, finalizou.

Solenidade

As palestras aconteceram nesta quinta-feira (31/05), no auditório do MD e contaram com a presença de oficiais das três Forças. O ministro da Defesa, Celso Amorim, participou da abertura do evento. Na ocasião, após a leitura da Ordem do Dia assinada pelo ministro, Amorim discursou em homenagem aos peacekeepers.

“Conheci todos os comandantes dos batalhões do Haiti e pude testemunhar a capacidade das Forças brasileiras de se comunicarem adequadamente com a população, e de saber, inclusive, atuar diplomaticamente”, afirmou.

O trabalho humanitário dos militares desempenhado, principalmente, logo após o terremoto no país caribenho também foi lembrado pelo ministro. “Estamos contribuindo de maneira não ostensiva para a manutenção da paz.”


Fotos: Felipe Barra
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070


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